A Batalha

Aquele verde imenso, de pontas frescas e linhas brancas, que seriam em breve percorridas, esperavam com o vento a chegada dos combatentes.

A euforia já se ouvia em volta do verde, numa enorme quantidade de cores e vultos a festejar e a rugir, enquanto os homens de uniformes de duas valentes nações chegavam ao campo.

Felizmente, o ser humano encontrou outras formas de guerrear, esta mais saudável, e não necessita de o fazer como outras nações com decisores maníacos e nos seus tronos que imaginam de ouro, mas sei que não passam de fumo e cinza.

A bola que percorreu a toda velocidade o verde, seguida de passos rápidos e nervosos, levantou voo e atingiu o branco de um poste. Um rugido assustado percorreu a plateia, que observava o jogo com euforia.

Duas nações completamente distintas, uma da Ásia, outra da Europa, uniram-se naquele espaço que rodeava o verde para observarem homens a tentarem meter uma bola dentro das balizas dos lados contrários.

Aqui, as pessoas esquecem os seus problemas e unem-se com uma outra cultura e país. Aqui, o problema de cada apoiante é querer que a sua nação vença e prossiga no caminho da glória, que será sempre passageira e supérflua.

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Enquanto decorre o jogo, parece que o mundo está bem. As pessoas no mundo deviam ter sempre uma bola para sorrir, cantar, gritar, correr, sentir a euforia pela vitória, mas também a aceitação pela derrota com a esperança na próxima glória.

Felizmente, o futebol não deixa o silêncio perdurar e os apitos entoam a loucura das nações. O apito do futebol é o som que a bola faz quando voa em direção a uma baliza, com um ímpeto inconsciente e que causa ao mesmo tempo o sorriso e o desgosto de milhões.

No fim de tudo, aquele verde do campo continua a ser verde, não perde a sua cor nem a sua vida, não se torna parte do nada e da balbúrdia dos destroços. E é bonito ver que o futebol, e muitos outros desportos, têm esse poder de unir as pessoas e trazer o prazer e alegria para cada pessoa de uma forma que preenche os vazios humanos.

E o apito final do jogo cria a euforia da plateia num estádio.

Vamos continuar a sorrir, a viver as emoções do futebol, a não esquecer que o mundo aqui ao lado tem um jogo diferente, mas sempre a acreditar que a brisa rápida da bola traz o sonho simples e sincero de cada ser para o bem comum da Humanidade.

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7 comentários

  1. Fabuloso texto que nos enche a alma e o coração! Parabéns Daniel pelo teu talento para a escrita e imaginação! Votos de um Natal muito feliz e que o Novo Ano te continue a trazer muito sucesso e inspiração! Beijinho grande.

  2. Se o verde é a cor da esperança, vamos acreditar que todos os campos de batalha se tornarão verdes e neles florescerá a paz e a harmonia.
    Que o teu belo texto seja uma mensagem de Natal para este mundo tão conturbado.

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