BICADAS DO MEU APARO: Pedofilia e assédios sexuais

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Artur Soares

Escritor d’ Aldeia *

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No início deste texto, quero denunciar-me: sou Católico Apostólico Romano, praticante público do Cristianismo, logo, fervoroso seguidor/estudante de Cristologia.

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Devido às últimas noticias no país, dos milhares de vítimas de pedofilia em França pelo Clero, esmiuçaram-se as mesmas possibilidades de pedofilia em Portugal. Parece-me que ninguém tem dúvidas de que essa massa estragada existe entre nós. Também me parece que tal “pecado e aberração” sempre existiu em qualquer parte do mundo e desde sempre: pedofilia, assédios e violências sexuais, incestos… sempre se praticaram e em muitos casos destes, por força de certas forças que nadam em dinheiro: tudo têm, tudo compram.

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A Igreja Clerical portuguesa conhece o problema. Ela sabe que também tem dentro (dela) essa massa estorvante que mina as suas estruturas, a sua Palavra, o seu Dom de apontar a felicidade aos homens, segundo a mensagem do próprio Cristo. A Igreja conhece os abusadores, mas tem dificuldades em os vigiar. Até na guerra de guerrilha, pode existir cem militares com dificuldade em agarrar o terrorista. Todavia, a Igreja Clerical tem trabalhado para resolver a podridão, com os cuidados que se lhe conhece, de forma que não haja injustiças, erros ou coisas do género.

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Mas a Igreja não é só o Clero. A Igreja é o Clero e todos os Leigos baptizados que voluntariamente a querem, a seguem. É, portanto, imperioso dizer-se que na pedofilia, assédios e violências sexuais, há Leigos na Igreja que são também tudo isso. Há Leigos responsáveis na Igreja e não responsáveis-directos nela, que são pedófilos e fazem o assédio sexual. Eu, infelizmente, conheço muitos. Mas o Clero sabe disso e, se não sabe tudo, conhece os fumos donde brotam essas aberrações. Só que, tantas vezes, para não atear fogos e não ser acusada de falta de tolerância e de amor ao próximo, deixa correr, mas está mal.

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Pedofilia, assédios e violência sexual, como disse, existe em qualquer canto do país: nos serviços de saúde, no ensino público e privado, nas empresas, no desporto, nos bancos e em qualquer ramo de actividade. Tem de se combater? Tem. Tem de haver leis que esmague tais facínoras da sociedade? Tem. Mas também tem de existir gente que denuncie, de modo especial os lesados de tais situações e garantindo a todos (lesados) a possibilidade de não serem ostracizados e pisados por quem quer que seja.

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Toda a Igreja – Clerical e Laical – tem de denunciar as aberrações da sociedade, seus podres e denunciar todas as atitudes que esmagam o ser humano. A Igreja tem de denunciar tudo que impeça o homem de crescer e de ter dignidade humana. Tem de denunciar tudo a que nos referimos já, como também a pobreza, a injustiça social, a prepotência dos poderosos e as manias dos salafrários que atiram para o lixo os débeis e os vencidos.

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Quem desconhece a Igreja simples, humilde, solidária e denunciadora que tem querido que seja, senão o Papa Francisco ao mundo católico? Quem como ele tem trabalhado para que o Mundo seja mais solidário, mais tolerante, mais justo e mais anunciador da mensagem do próprio Cristo? Ninguém. Sendo assim, a Igreja deve e tem de denunciar tudo o que prejudique o homem, tudo que seja injusto.

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A Igreja, Clerical e Laical, não precisa de grandes estudos ou de grandes canudos para denunciar o mal da humanidade. Toda a Igreja precisa de reflectir apenas na existência de S. João Baptista e na forma como morreu. S. João teve o arrojo de dizer ao rei Herodes, publicamente, de que não lhe era lícito ter Herodíades como mulher, porque mulher de seu irmão Filipe. Herodes, oportunamente mandou que cortassem a cabeça a S. João. (Mateus, 14 – 1,12).

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Afirmo acima, que a Igreja tem de denunciar as aberrações da sociedade, sejam de que género forem. Admirei o Padre Demetrius Santos Silva, quando o Ministério Público de São Paulo exigiu a retirada dos crucifixos de tudo que era “espaços públicos”, ao denunciar ao Brasil inteiro: “Sim. O Cristo da Cruz deve ser retirado. Aliás nunca gostei de ver a Cruz em Tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças traficadas, vendidas e compradas, existem. Não quero a Cruz nas Câmaras, onde a corrupção é moeda mais forte; não quero ver a Cruz em cadeias e quartéis, onde os pequenos são torturados, nem nos hospitais onde as pessoas morrem sem os devidos cuidados. Sim. Retirem-se as Cruzes das repartições e dos ministérios do Estado, porque Cristo não abençoa e não aceita palermices humanas”. O Sacerdote denunciou.

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* (O autor não segue o novo Acordo Ortográfico)    

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