Bicadas do meu Aparo: Tempos de Páscoa

Artur Soares

Escritor d’ Aldeia

Tu és Pedro…

 

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Para os cristãos mais atentos, mais preocupados, para os que sentem ser obrigação caminhar “para a perfeição” recomendada por Nazareno, conhecem as notícias de que em várias partes do mundo falta a liberdade religiosa, sobretudo a imposta por grupos fundamentalistas destes últimos tempos.

Tal gente, cresce como os ratos nos esgotos – em certos países europeus, debilmente cristianizados – reivindicam o que é legal ou não, são temidos em qualquer localidade ou em quaisquer ambientes, manifestam-se publicamente, mas não o permitem nos seus países.

 Os mais estudiosos do catolicismo, bem como o povo em geral, sabem que Cristo ensinou liberdade, convidou o homem à Fé, à Esperança e à Caridade e ensinou (até) que se amassem os inimigos. Mas deuses baratos ensinam que se deve matar tudo o que seja da casta dos “infiéis”, para ganharem o céu.

Cristo convivia com o povo, “deixou de ser dos seus para ser do povo”, amava-o, curava-o no corpo e na alma, insistia na prática do bem aos outros e dava testemunho de Deus-Pai.

Ora o cristianismo, a Igreja, existe porque Cristo sendo o Filho amado de Deus, a quis e instituiu na pessoa do Apóstolo Pedro: “…Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do abismo nada poderão contra ela”. É evidente que Cristo sabia das dificuldades que a Sua Igreja teria de passar. Por isso afirmou que “nada poderão contra ela”.

Sabe-se que onde existir o homem, pode sentir-se o Bem e o Mal. E a Igreja, o Catolicismo, tendo santos, tem os fingidos, os mornos do Evangelho, os desleais, os perseguidores/manipuladores de consciências e outros mais, de formas variadas!

“Igreja, minha Igreja – já o citei e afirmei em público – tu és um paradoxo vivo, um escândalo, pois se tu és Jesus Cristo continuado, tu és também a Encarnação em nossa carne pecadora. Esposa, é bem verdade, mas mil vezes violada pelos poderosos, a cujas carícias enganosas frequentemente te abandonaste!”

Os poderosos! Satanás é inimigo da Igreja – do homem – e o Naturalismo também. “Sede sóbrios e vigiai – dizia S. Paulo. “Porque o Diabo, vosso adversário, anda ao redor de vós, como um leão que ruge, buscando a quem devore”. E o Naturalismo é inimigo da Igreja, pois milita e nega a existência de Deus, dizendo que Deus é uma criação dos homens.

A Maçonaria é filha do Naturalismo e mais perigosa. Leão XIII advertiu os cristãos do perigo Maçon e há poucos anos a Santa Sé pronunciou-se com toda a clareza, através do Osservatore Romano escrevendo: “os princípios da maçonaria e os da fé cristã são naturalmente inconciliáveis”.

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Voltaire, escritor francês, escreveu a Damilaville, líder maçon, uma carta que dizia o seguinte: “a religião cristã é infame, abominável, um monstro que tem de ser trespassado por mãos invisíveis… É preciso que os filósofos corram para a destruir, da mesma forma que eles correm para a propagar. Tudo deve ser usado e arriscar para que esmaguemos a infame. É preciso tornar a Infame ridícula, assim como os seus fautores”.

Recordemos como muitos dos nossos políticos actuam em relação ao catolicismo!

Existem os radicalistas espíritas de Allan Kardec, que negam a criação da alma humana, recusa a união substancial entre corpo e alma, afirma que não há anjos e demónios, repudia os privilégios de Maria Santíssima, contesta a graça divina, não aceita o Purgatório e ridiculariza o Inferno, reprova a ressurreição da carne, desdenha o Juízo Final. Numa só frase, renuncia a tudo que é cristão. E o Agnosticismo e o Esoterismo? Por isso, a evangelização ou a “nova evangelização” permanece como o grande desafio posto à Igreja, que não tem fronteiras, nem geográficas nem humanas e para a qual não há soluções definitivas.

Assim, todos os cristãos – a Igreja – tem de conhecer e aprofundar a Fé, testemunha-la sem respeitos humanos, alimenta-la (sempre que possível) na Mesa da Eucaristia e ter a certeza de que a Igreja, sendo pecadora e santa também, defende e acolhe, sofre se vê sofrimento, é Mãe e é orientada pelo Espírito Santo. Logo, possui a Verdade de Cristo. Desse modo, nunca o homem, se quiser, estará só. Jamais estará!

 

(O autor não escreve segundo o novo acordo ortográfico)

                                                                                                                             

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