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Câmara de Arcos de Valdevez evocou Mário Soares como “o pai da democracia” que tem nome de avenida na vila desde 2013

A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, em reunião de 9 de janeiro, aprovou, por unanimidade, um voto de pesar pelo falecimento de Mário Soares, tendo sido guardado um minuto de silêncio.

Dos três partidos com representação camarária sobraram elogios ao carismático político que “será exemplo para as gerações vindouras”. Fernando Cabodeira, pelo PS, lembrou-o como alguém que “foi tudo na vida política: combateu a ditadura de Salazar e Caetano […], fundou o Partido Socialista, foi ministro dos Negócios Estrangeiros, primeiro-ministro, nas décadas de 70 e 80, e Presidente da República, de 1986 a 1996”.

Do extenso legado soarista, Cabodeira fez uma síntese. “Pai da democracia, herói da liberdade, europeísta convicto e com sentido universalista, […] Mário Soares é uma das grandes figuras da história portuguesa do século XX e do início do século XXI, e fundador do nosso regime democrático”, lê-se na declaração do PS, também subscrita pelo segundo vereador, José Albano Domingues.

O PSD, através do vereador (e vice-presidente) Hélder Barros, evocou “a figura política respeitada por seus pares a nível internacional, alguém que marcou de forma indelével a história contemporânea e política do país, tendo estado na génese da democracia portuguesa”.

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De igual modo, para o CDS, Mário Soares foi “o principal promotor da democracia em Portugal, ficando, para sempre, ligado à história de Portugal do pós-25 de Abril, pela participação intensa que teve em todos os atos políticos”, saudou o vereador Fernando Fonseca.

 

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O Município de Arcos de Valdevez, ao tempo do autarca Francisco Araújo, prestou duas homenagens a Mário Soares.

O primeiro tributo, em 2010, consistiu na organização do Concelho (com c, por se realizar no concelho de Arcos de Valdevez) de Estado, de homenagem ao antigo primeiro-ministro e Presidente da República. A iniciativa, que decorreu de 25 a 27 de junho de 2010, foi subordinada a temas como a “República”, a “União Europeia”, a “Descolonização e Geopolítica” e “Um futuro para Portugal”. O histórico socialista foi definido com “um perfeito republicano”, “o pai do atual sistema democrático” e “o mais ilustre português vivo”. Pelo parlatório passaram figuras como Eduardo Lourenço, Viriato Soromenho-Marques, Freitas do Amaral, Adriano Moreira, José Sócrates, Artur Santos Silva, Sobrinho Simões, António Almeida Santos e Miguel Veiga (estes dois últimos já falecidos).

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A segunda homenagem, inscrita na toponímia, foi realizada a 11 de julho de 2013, Dia do Concelho. O antigo chefe de Estado passou, desde então, a ser nome de rua – Avenida Dr. Mário Soares (contígua à Rotunda da Solidariedade) – na vila de Arcos de Valdevez.

Paradoxalmente, o ex-Presidente Mário Soares não tem nome na toponímia lisboeta, mas, na Capital, existe a regra de só inscrever nomes a título póstumo. O edil Fernando Medina já deu a entender, no entanto, que Lisboa vai ter nome de rua (que pode ser avenida ou praça). Entretanto, os restos mortais de Soares, com a alteração dos prazos na lei, só poderão ser trasladados para o Panteão Nacional daqui a vinte anos (para uma lápide há um período de carência de cinco anos).

 

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