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Castelo de Cerveira vai ser recuperado para projeto turístico

Vista aérea sobre o castelo

O Castelo de Vila Nova de Cerveira integra o conjunto de 30 edifícios públicos que o Governo quer concessionar a privados com vista à sua recuperação para fins turísticos. O anúncio foi feito esta quarta-feira, em Coimbra, durante a apresentação do programa Revive.

Fotos: Ricardo Brigadeiro

O Governo já escolheu os primeiros doze edifícios históricos que vai abrir à gestão de privados para desenvolver projetos de interesse turístico. O Castelo de Cerveira faz parte do lote de imóveis que, até ao final do ano, vão ser concessionados, com o compromisso de que sejam restaurados, preservados e acessíveis ao público.

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O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira já revelou uma “enorme satisfação pelo desenvolvimento futuro daquela que é a jóia da coroa do concelho”. Segundo Fernando Nogueira, a integração do Castelo de Cerveira como um dos imóveis prioritários de intervenção é o “desbloquear de um processo que já se arrastava há sete anos”.

Em causa está o castelo com origens no século XIII, mandado construir pelo rei D. Dinis,  onde funcionou a pousada com o mesmo nome inaugurada a 3 de setembro de 1982. No entanto, após 26 anos de funcionamento, a falta de viabilidade terá sido o argumento invocado para o encerramento definitivo da pousada em finais de 2008. Na altura, enquanto Pousada de Portugal, foi concessionada pelo grupo Pestana, que a encerrou e devolveu ao seu proprietário, o Estado, a pretexto de obras de reabilitação. Desde então, a degradação e os atos de vandalismo têm delapidado o que resta do edifício classificado como monumento nacional.

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Perante o impasse na sua recuperação, tanto o anterior executivo como o atual têm tentado travar o estado de degradação do imóvel. Com o recente programa de revalorização do património, o objetivo da autarquia cerveirense passa pela cedência da exploração do espaço, a título oneroso, por um prazo alargado, no qual pretende implementar um projeto de reconversão. “Ao longo destes anos de impasse, o Castelo de Cerveira suscitou um grande interesse de vários grupos particulares nacionais e estrangeiros e que com este programa pode ter uma concretização”, explica Fernando Nogueira.

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O programa Revive, uma iniciativa conjunta dos ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças, liderado pelo Turismo de Portugal, vai permitir a recuperação do Castelo de Cerveira e a atribuição de concessão do espaço que atualmente é um encargo financeiro para o Estado. Até ao final deste ano, pelo seu valor histórico e cultural, o imóvel tem capacidade para ser requalificado, gerando uma receita e um novo fluxo de turismo para o concelho. Para o autarca cerveirense, este programa “comprova a atenção para com o património e a sua utilização em prol da economia local e nacional, como de enorme potencial turístico-cultural”.

Fernando Nogueira acredita que, “além da requalificação do imóvel do Castelo com enorme valor histórico-patrimonial, quer pelo ícone em que se transformou quer pela localização idílica, esta medida irá contribuir para a valorização de Vila Nova de Cerveira, colocando aquele conjunto edificado ao serviço dos cerveirenses, da economia local e dos inúmeros turistas que elegem o Castelo como um dos ex-libris do concelho”.

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Ainda no início desta semana, dois representantes do Turismo de Portugal realizaram uma visita técnica ao Castelo de Cerveira, na qual recolheram imagens e vídeo e procederam a uma avaliação prévia do espaço.

O Castelo de Cerveira e os restantes edifícios históricos entregues à gestão de privados poderão ser convertidos em unidades hoteleiras, restaurantes ou mesmo espaços para concertos ou festivais. Cada concessão será objeto de concurso público e, no geral, poderá variar entre 30 e 50 anos. No final deste período, a concessão pode ser prorrogada ou, se o Governo da altura assim o entender, fazer estes imóveis regressarem à mão do Estado.

No total vão ser recuperados 30 edifícios de norte a sul do país, ao abrigo do programa Revive, que pretende valorizar o património público que se encontra ao abandono. O Governo prevê um encaixe no valor de 150 milhões de euros destinado a alavancar o investimento relativamente a todo o projeto.

Para além do Castelo de Cerveira, também faz parte do primeiro lote de espaços o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra; o Convento de São Paulo, em Elvas; o Forte do Guincho, em Cascais; a Fortaleza de Peniche; o Mosteiro de Arouca; os Pavilhões do Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha; a Quinta do Paço de Valdeverde, em Évora; o Mosteiro de São Salvador de Travanca, em Amarante; o Paço Real de Caxias; e o Castelo de Portalegre.

A lista integral dos edifícios públicos a reabilitar para converter em diversos projetos de âmbito turístico deverá ser anunciada até ao final do ano.

 

 

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