Germano Amorim reconduzido na liderança da Federação dos Bombeiros do Alto Minho

O mandato é de 3 anos. A Federação Distrital dos Bombeiros de Viana do Castelo foi a eleições e, novamente, todos os presidentes das associações, exceptuando a representação da Câmara de Viana do Castelo, foram reeleitos nas mais diversas funções.

O mesmo se diga de todos os comandantes, que viram o seu papel ainda mais reforçado, já que foi aprovada a criação de um novo órgão consultivo operacional que tem como principal função a emissão de pareceres técnicos que respeitam à parte operacional e ajudam na tomada de decisões conjuntas da Direcção e Assembleia.

Nas palavras do recém-eleito presidente, Germano Amorim, «a importância deste órgão será primordial na definição de algumas decisões necessárias à execução do “Plano Estratégico 23/33”, que é o documento orientador de acção para todo o distrito no que respeita à Protecção Civil, financiado pela CIM Alto Minho, com quem brevemente teremos uma reunião para discutirmos a sua implantação, bem como o seu essencial financiamento». Visivelmente entusiasmado e satisfeito, o conhecido advogado arcuense adiantou ao MD que «este é um documento estrutural que, apesar de mais lentamente do que julgávamos, será fundamental para aproximar “stakeholders” [partes interessadas] nos processos decisórios, tendo em vista criar um território mais coeso, homogéneo, que abarque os princípios de solidariedade, equidade, equidade, igualdade, reforçando-se, em simultâneo, o papel humano e a execução de obra necessária no território do distrito».

Germano Amorim não escamoteia o árduo caminho que tem pela frente. «Não temos abundância de recursos humanos e financeiros que permitam o luxo de cada um olhar apenas para a sua realidade como se a do vizinho não interessasse. Mesmo que tivéssemos essa capacidade, seria um absoluto desperdício e péssima gestão de recursos. O distrito funciona em rede e essa lógica tem de ser transversal a todas as necessidades dos corpos de bombeiros que o mesmo é dizer a todas as pessoas, animais e bens que necessitam da nossa intervenção». Desafios? «Pretendemos tornar o Alto Minho uma Região mais competitiva, atractiva, mais conectada e resiliente. Os objectivos da Prevenção e Protecção aprimorando medidas para prevenir incidentes e proteger as comunidades contra incêndios, cheias, secas, intempéries e outros riscos, assim garantindo uma capacidade eficaz de resposta a emergências para abordar pronta e eficientemente, todos os tipos de incidentes. Adoptar abordagens inovadoras, modernizando processos e tecnologias para melhorar a prestação de serviços».

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Permitirá, ainda segundo o reconduzido presidente da Federação dos Bombeiros «igualmente enfrentar o derradeiro desafio das mudanças climáticas e integrar práticas de sustentabilidade nas operações. Visa desta forma assegurar uma governance sólida, com monitorização do desempenho e melhoria contínua em toda a organização».

Fortalecer parcerias com as partes interessadas dos sectores públicos, privado e terceiro de forma aprimorar os esforços colectivos na garantia da segurança comunitária, são outros objectivos que estão na sua mira, bem como dos membros igualmente experientes que fazem parte da Direcção.

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Convicto e decidido, como é reconhecido entre os seus pares, Germano Amorim não esconde que «uma visão idílica de que isto já não vai apenas com pastorícia, boa vontade e voluntarismo, que deve ser colocada de parte, por não se compadecer com a enorme exigência que a multipilicidade de funções e as suas especificidades são exigidas diariamente aos bombeiros, nas suas mais diversas áreas de actuação e teatros de operação, que passam do socorro e emergência a pessoas, animais e bens, em qualquer tipo de contexto, seja florestal, urbano, industrial e outros, aliado às dificuldades técnicas no combate a novos tipos de incêndios associados à realidade eléctrica, quer na locomoção automóvel, ou, em painéis fotovoltaicos; à emergência pré-hospitalar (são os bombeiros que realizam cerca de 90% dos serviços); ao transporte de doentes não urgentes, lavagens de estrada, remoção de neve, abertura portas e um infindável ror de serviços que prestamos». «Não se pensou atempadamente o território no seu ordenamento florestal, urbano e muito menos demográfico, o que trouxe consequências terríveis para o nosso território distrital, ou sub-regional, como agora se quer fazer impôr, aliás, diga-se “en passant” que, até a reorganização administrativa do país parte de uma premissa errada que contraria a própria Constituição, ao quererem acabar com os distritos e retalhar os que existem em sub-regiões muitas vezes sem qualquer identidade territorial, cultural e histórica e que funcionam apenas como meros receptáculos para questões estatísticas para fins de financiamento de projectos comunitários. Uma herança pesada que agora aparenta não ter autoria política e muito menos responsabilidade e que só cria enormes confusões no pequeno território continental que temos».

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Para este Dirigente «O nosso foco são, acima de tudo, as pessoas. Valorizando e apoiando 754 Bombeiros do distrito, cerca dos quais, 430 trabalhadores, promovendo o seu bem-estar e investindo no seu desenvolvimento, será um esforço que resultará na melhoria de vida dos cidadãos, tornando o território mais seguro, competitivo e atractivo. As exigências aos bombeiros cada vez são mais e os recursos têm de ser disponibilizados para cumprir essas obrigações».

Não pode deixar de – acrescenta – «demonstrar regozijo e agrado pela forma unida, leal e séria como todos os corpos de bombeiros e as suas respectivas entidades detentoras estão a trabalhar, dando assim continuidade ao processo iniciado três anos atrás», enaltecendo «as boas relações com a CIM, ANEPC e Comissão Distrital de Protecção Civil que são fundamentais neste processo. Precisamos agora de lançar a boa influência aos nuestros hermanos na Galiza, junto da Axega e Junta de Galicia, principalmente para trocarmos saberes, experiências e melhor nos colocarmos no terreno para apresentação de candidaturas aos fundos nos próximos quadros comunitários de apoio. Estamos em óptimas condições para sermos portadores da confiança de quem gere e distribui os fundos comunitários, que, refira-se, têm de sair das suas torres de marfim e baixar ao povoado, andar mais pelos territórios, auscultar o pulsar das suas gentes e das suas necessidades». A terminar, Germano Amorim afirma que «Não basta o olhar intelectual académico se a isso não dermos o devido acompanhamento prático na acção e na concretização de projectos. O financiamento não pode ser desperdiçado, constituindo uma oportunidade única de reverter uma quase total obsolescência de meios que estão neste momento à disposição dos bombeiros».

«O futuro está assim lançado», reconhece com entusiasmo.

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