O que é que temos para celebrar nos 50 anos do 25 de Abril?

Por esta altura, há 50 anos atrás, estariam a planear o falhado golpe militar das Caldas e o regime, embora apodrecido não foi apanhado de surpresa fruto da má organização militar.

Não foi a 16 de Março, mas foi a 25 de Abril de 1974 que o golpe militar, melhor planeado, colheu frutos que nos permitiu sonhar com uma vida melhor. À partida mais livre, justa e democrática.

Hoje sabemos que não tem sido assim. Bem longe disso. Logo, no início, os militares, aproveitaram-se do facto de terem sido eles os heróis para, de seguida, se governarem e promoverem e instrumentalizar o país, em vez de deixar essa tarefa a cargo dos partidos políticos.

Portugal mergulhou num caos sem precedentes e o país parecia um a empresa sempre à beira da falência.

Com a extinção do Conselho da Revolução, em 1982, o país começa a ter um rumo diferente, para melhor, com os militares a confinaram-se nos seus devidos sítios: os quartéis

Pugnamos pela adesão à então CEE hoje UE, as nacionalizações foram revertidas e o país começou a ter uma gestão menos estatizante.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Com os rios de dinheiro vindos da CEE, a partir de 1985, (que continuam) o país deu um salto desenvolvimentista que era extremamente necessário, mas não tanto como os fundos levam a pensar.

A partir do final da década de 1990, Portugal deixou de ter planeamento de forma estruturada e até foram criadas clivagens perigosas, principalmente neste século. Pelo meio tivemos o país três vezes em situação de bancarrota, com a factura a ser paga por metade da população, aquela que não tem voz activa.

A última falência decorrente dos governos do PS de José Sócrates, com o pedido de ajuda financeira, decorreu entre 2011/14 e atirou os portugueses para um período amargo.

Por causa disso, muitos perderam o emprego, ou tiveram que emigrar? Não serão eles filhos da mesma pátria?

São-no só que não são funcionários do Estado nem professores, não tem as mesmas condições de mobilização nem poder de compra para o poder fazer, que os professores têm.

Nada me move contra os professores a até acho que são muito mal tratados, mas o que dizer das restantes classes que não pertencem ao Estado?

O Partido Socialista (PS) a quem cabem a autoria das três eminentes falências, tudo fez para que o culpado não tenha sido ele, mas o governo que teve que as executar, neste caso Passos Coelho.

Em 2015, o PS, embora perdendo as eleições, abocanhou o poder e criou a geringonça. As contas públicas e a nossa credibilidade externa, tinha sido recuperadas, as exportações cresciam a bom ritmo, havia folga orçamental e portanto estavam reunidas para voltar a desgovernar mesmo sem que essa tenha sido a vontade do povo.

Desde então até aos nossos dias, sempre, com o PS no poder, tivemos grande prosperidade no que a promessas diz respeito. O tempo restante foi utilizado para desmontar e transformar a palavra austeridade em contas certas.

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Temos que reconhecer que os socialistas são especialistas na matéria: Prometem, voltam a prometer e continuam a prometer, sempre as mesmas coisas, como se eles não estivessem, desde 201, no poder.

E é isto que vamos celebrar no dia 25 de Abril de 2024?

Um Serviço Nacional de Saúde (SNS) em pré-rotura, um ensino que anda pelas ruas da amargura. Uma justiça sem meios, lenta, e, portanto, ineficaz, ou uma habitação em que se ficou pelas promessas de promessas, perante o desespero de tantas famílias que não tem casa.

Para Costa e Pedro Nuno Santos, ter o problema da habitação resolvido até 2024 era uma questão de honra. Mais uma que se quedou pelo caminho.

A tudo isto, o PS diz: agora é que vai ser. E apresentam-se ao eleitorado com as mesmas promessas, as mesmas que utilizam desde 2015, fazendo do eleitorado uns mentecaptos.

É isto e muito mais que vamos celebrar nos 50 anos do vinte e cinco de Abril de 2024.?

 

(José Venade não segue o actual acordo ortográfico em vigor)

* O autor não segue o acordo ortográfico de 1990

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1 comentário

  1. O 25 de Abril para Portugal e para os Portugueses!
    Numa rápida lembrança vou descrever vários assuntos, pois estamos em campanha eleitoral e os portugueses o que querem é “pagode”!
    Quase a seguir ao 25 de Abril chegou o Soares dia 28! O Álvaro Cunhal chegou a 29!
    Juntarem-se Comunistas e Socialistas mais os locatários e partiram par a destruição de Portugal! Nacionalizaram quase tudo! Vou referir algumas das empresas que faziam crescer Portugal e os Portugueses. Sorefame, Altos Fornos, Grundforce, Tap, Margueira,Cuf, Sapec, Cmpor, Estaleiros Navais de Viana do Castelo, Casa do Douro, Efaceque, (Alentejo) as herdades, tudo o que fazia crescer Portugal “ficou” nas mãos dos comunistas e Socialistas, e o “pagode” a bater palmas, mas depois veio a fome! O Desemprego a emigração forçada, e ainda a operação “Nortada”! E aí foi o fim de quase tudo. Mais o 25 de Novembro, e aí vou cotar o episodio do dr. Mario Soares e o Meu irmão mais velho, passado no lugar das Corredouras da freguesia de Nogueira em Viana do Castelo. Estando Eu a dar apoio aos Meus Pais na casa deles, e trabalhando no quintal, vejo passar dois senhores que me pareceram o irmão e o dr. Soares!
    Passados “uns” minutos o Meu irmão abeirou-se de mim e perguntou pelo Pai, Ele disse-me que “estava com o Dr. Soares e quero que o chama-se que queria falar com Ele!
    Assim fiz “abeirei-me do nosso Pai e disse-lhe que estava em casa o Dr. Soares, que queria falar consigo.
    Lá fomos para casa e o Meu irmão disse ao Nosso Pai que vinham passar “uns dias aqui” porque por Lisboa “as coisas” estavam muito quentes!
    O Meu Pai virou-se para o Dr. Soares e disse-lhe na cara o seguinte! “Fraco é o General que abandona as tropas na hora da luta!” Rumaram de imediato a Lisboa e hoje temos “aquilo” que os Suxas e os Comunas quiseram! E agora em tempo de eleições dizem que são os melhores. Quem diz o que quer Ouve o que não quer! Portugueses tendes idade para “abrir os olhos” Já estivemos na falência várias vezes, é tempo de dar vós aqueles que nos tiraram da Lama! Professores, Médicos, Enfermeiros ,Serviços de Justiça, Polícias, Trabalhadores de Todos os ramos, serviços de Saúde, Transportes, ferrovia, em País inteiro fez greve, será que “agora” engolem uma patranha e vão votar “Neles” Por favor tenham dignidade.!

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