Preços das casas para arrendar em Portugal estabilizaram em outubro mas aumentam em Viana e revelamos estudo inédito sobre habitação

Arrendar casa em Portugal custa agora 15,3 euros/m2.

Preços subiram em cinco capitais de distrito. Setúbal (4,4%), Leiria (3,1%) e Viana do Castelo (3%) lideram subidas de preços. Preço do arrendamento em Lisboa e Faro estabilizou em outubro. Arrendar casa em Aveiro (-4,1%) e no Funchal (-3,2%) está mais barato. Em Portugal a variação trimestral foi de 2,2%.

Os preços das casas para arrendar em Portugal (-0,4%) mantiveram-se estáveis em outubro face ao mês anterior. Segundo o índice de preços do idealista, arrendar casa tinha um custo de 15,3 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de outubro deste ano, tendo em conta o valor mediano. Já em relação à variação trimestral, a subida foi de 2,2% e a anual de 26,3%.

Cidades capitais de distrito

O preço de arrendamento em outubro subiu em cinco capitais de distrito, com Setúbal (4,4%) a liderar a lista. Seguem-se Leiria (3,1%), Viana do Castelo (3%), Porto (2,1%) e Coimbra (2%). Por outro lado, os preços desceram em Aveiro (-4,1%), Funchal (-3,2%), Braga (-1,3%) e Évora (-0,5%). Já em Lisboa (0,1%), Faro (0%) e Viseu (-0,4%) preços mantiveram-se estáveis nesse período.

Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 20,9 euros/m2. Porto (16,5 euros/m2) e Funchal (13,7 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (12,5 euros/m2), Évora (11,7 euros/m2), Setúbal (11,5 euros/m2), Aveiro (11,5 euros/m2), Coimbra (10,1 euros/m2) e Braga (8,7 euros/m2).

Já as cidades mais económicas são Viseu (6,3 euros/m2), Viana do Castelo (8 euros/m2) e Leiria (8 euros/m2).

Distritos/Ilhas

Dos 17 distritos e ilhas analisados, os preços em outubro subiram em Beja (8%), Santarém (6,3%), Portalegre (4,6%), Porto (3,2%), Setúbal (3%) e Vila Real (0,5%). Por outro lado, os preços desceram em Viana do Castelo (-8,8%), Viseu (-7,4%), Coimbra (-4%), Évora (-3,2%), Leiria (-3%), Aveiro (-2,6%), Faro (-2,5%), Castelo Branco (-2,4%) e ilha da Madeira (-1,7%). Já em Lisboa (-0,1%) e Braga (-0,1%), os preços mantiveram-se estáveis nesse período.

De referir que o ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (19,1 euros/m2), seguido pelo Porto (14,7 euros/m2), Faro (13,2 euros/m2), ilha da Madeira (13 euros/m2), Setúbal (12,3 euros/m2), Évora (10,8 euros/m2), Aveiro (9,4 euros/m2), Coimbra (9,3 euros/m2), Beja (9 euros/m2), Braga (8,8 euros/m2), Leiria (8,7 euros/m2).

Os preços mais económicos encontram-se em Portalegre (6 euros/m2), Vila Real (6,3 euros/m2), Viseu (6,4 euros/m2), Castelo Branco (6,7 euros/m2), Santarém (7,4 euros/m2) e Viana do Castelo (8,3 euros/m2).

Regiões

Durante o mês de outubro, os preços das casas para arrendar subiram na Região Autónoma dos Açores (9,8%), Norte (2,7%) e Alentejo (2,7%). Em sentido contrário, desceram no Algarve (-2,5%), Centro (-1,8%) e Região Autónoma da Madeira (-1,8%). Já na Área Metropolitana de Lisboa (-0,1%), os preços mantiveram-se estáveis nesse período.

A Área Metropolitana de Lisboa, com 18,3 euros/m2, continua a ser a região mais cara, seguida pelo Norte (13,4 euros/m2), Algarve (13,2 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (12,9 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (8,6 euros/m2), a Região Autónoma dos Açores (9,6 euros/m2) e o Alentejo (9,8 euros/m2) que são as regiões mais baratas.

Fonte: Idealista

Barómetro da FFMS apresenta dados inéditos sobre a crise da habitação

O primeiro Barómetro da Fundação centra-se na crise da habitação em Portugal, dando a conhecer dados inéditos relativamente às condições de habitação, percepções e convicções da população residente em Portugal.

O Barómetro revela, entre outras conclusões, que 6 em cada 10 pessoas sentem dificuldade em fazer face aos custos mensais com a habitação; que dois terços identificam reparações ou melhorias urgentes a fazer na sua habitação; ou que 1 em cada 4 inquiridos já viu importantes decisões de vida condicionadas devido às dificuldades no acesso à habitação.

Os Barómetros da Fundação visam auscultar uma amostra representativa da população, procurando indagar a sua opinião sobre temas relevantes para a sociedade portuguesa.

Dando continuidade à sua missão de aprofundar o conhecimento sobre a realidade portuguesa e providenciar bases científicas que promovam o debate e contribuam para a tomada de decisões que definem o futuro do país, a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) estreia um novo formato de conteúdo, os Barómetros da Fundação. O primeiro Barómetro, centrado no tema da habitação, foi disponibilizado no dia 9 de novembro no site da FFMS, através de uma inovadora infografia interativa em que cada utilizador pode comparar as suas respostas com as dos inquiridos. Estará também disponível para download o relatório completo do inquérito.