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Valença, a sucata das pás eólicas da Europa?

Na zona industrial de Valença, situada na freguesia de Gandra, encontram-se milhares de escombros de pás eólicas oriundas de toda a Europa.

O terreno, com uma área de 32 mil metros quadrados de extensão, é propriedade da empresa Ventos Metódicos – Reciclagem, Lda., gerida por espanhóis, com sede e armazém no concelho vizinho de Monção, mais concretamente na freguesia de Cortes.

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Em declarações à redação do Minho Digital é assumido que a empresa recolhe as pás eólicas um pouco por toda a Europa, de parques desativados, pás defeituosas ou até abandonadas, armazenando-as em Valença.

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O destino final, ainda de acordo com a administração da empresa, será a sua transformação, nos armazéns de Monção, em peças de arte e de decoração. Até ver, o estado da “arte” é este…

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Pode ainda ler-se no site da empresa:

“A nossa principal diferença reside na reciclagem das pás eólicas. Em contraposição com o sector eólico de outros países, a partir da Ventos Metódicos Reciclagem garantimos que os resíduos sejam submetidos a um processo de reciclagem inovador que outros países não dispõem. Por exemplo, uma alta percentagem de pás são enterradas em países como os Estados Unidos, gerando um impacto nocivo no meio ambiente.”.

Porém tal como se constata nas imagens, estão em contacto com os solos, e conforme averiguou a nossa reportagem, já estão a utilizar terrenos vizinhos para armazenamento do produto, eventualmente, pela presumível falta de escoamento do mesmo.

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Consultando de novo o site da empresa, pode ainda ler-se: ” Quando as pás do aerogerador terminam o seu ciclo no sector eólico, começa o nosso trabalho. Os componentes e as estruturas que são extraídas destes elementos – são aproveitados na íntegra – depois de se proceder à sua desmontagem do respetivo aerogerador. Sem desperdiçar nenhum material, procede-se ao seu encaminhamento, graças a uma técnica de corte das pás, que vai permitir que se efetue o seu transporte de forma segura e eficaz”.

Para já, o que está à vista de todos em Valença, não passa de lixo com consequências imprevisíveis não só em termos de ambiente, como também para uma região que se quer atrativa e mobilizadora de um turismo nacional e estrangeiro, não descurando a visita de centenas de milhares de galegos ao longo de todo o ano.

Link da empresa: https://pt.ventosmetodicos.com/

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O Minho Digital tentou obter esclarecimentos da Câmara de Valença sobre a forma como se armazena tudo isto e sobre o tempo que pode estar a céu aberto. Até ao fecho da edição não foi possível.

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