«Verdadeiro e simplista» – assim se define o artista Mário Garrido

O seu nome, assim como a sua arte, são já sobejamente conhecidos no concelho de Caminha, mas também noutros locais do país. É um autodidacta e refere que , apesar de esta não ser a sua actividade principal e expondo-se desde 1981, com alguma doçura que «como vocação creio que desde que nasci».

A simplicidade é a sua principal característica e define a sua obra, e escolhendo um adjectivo Mário Garrido  assinala que o «“expressionista” quase na totalidade das suas vertentes». Verdadeiro e simplista é como gosta que o público o veja e na obra como «O trabalho e a imaginação, será o que mais me interessa na caracterização da minha obra».

                            Antes do pecado

                            Cristo

Nas suas obras a mensagem está sempre relacionada com a obra apresentada. Como trabalha por séries, cada fase pretende interagir com o espectador e “pretensiosamente” sugere a mensagem que influencia cada série.

No futuro, este artista já tem agenda.  Assim, neste momento estão na forja três séries para três exposições a determinar. Mas para ele «não há pressa… com a idade aprende-se a esperar», afirma com enorme seguridade Mário Garrido.

                           Minha casa

                           Adão e Eva

Sendo este artista de Caminha, o Minho Digital questionou-o sobre a vida dos artistas do concelho e do que fazem, e é peremptório em dizer que os apoios «não falta, mas que nunca é demais, porque uma sociedade sem Cultura é uma sociedade manobrável intelectualmente. Destaca o apoio da Câmara Municipal de Caminha na cedência da galeria municipal e da sala do museu para os artistas efectuarem as suas exposições, e ainda a recente associação Caminharte e espaços alternativos como o After Eight em Caminha.

É com um brilho nos olhos e algo de poético que se refere à sua carreira desta forma:« A navegar ao vento que lhe proponho…»

                      A Bela Adormecida

                      Pincepezinho

NOTA BIOGRÁFICA

Nasceu em Luanda, Angola e há mais de trinta e cinco anos que reside em Caminha.

Autodidacta, tem como áreas de intervenção a pintura, o desenho, a escultura e a arquitectura.

Expõe individualmente e colectivamente desde 1981 e teve como “mestres” e professores, pintores e escultores como Aníbal Alcino, Álvaro Rocha, Jaime Azinheira, Álvaro Torres entre outros.

Como influências guarda Gustav Klimt, Bual, Júlio Pomar, Eduardo Luís.