É comum vermos indígenas em desenhos, filmes e histórias fazendo a dança da chuva, um ritual para atrair as nuvens carregadas. Mas isso realmente acontecia?
A resposta não só é afirmativa, como algumas tribos indígenas ainda preservam esse ritual. Ela também não é uma exclusividade dos indígenas americanos, com cerimónias similares sendo encontradas na cultura de outros povos.
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A dança da chuva geralmente é muito associada aos povos nativos da América do Norte, com a figura de um xamã comandando o ritual. Ele é especificamente comum nas regiões mais áridas do continente, entre o norte do México e o sudoeste dos Estados Unidos.
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Provavelmente, esses rituais não tinham como intenção chamar a chuva a qualquer hora, mas sim em determinadas épocas do ano, com os anciões da tribo tendo conhecimento dos ciclos chuvosos e das estações do ano.
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A prática não é rara de ser encontrada até hoje, tanto pelos nativos da América do Norte, como forma de preservar sua cultura, ou até mesmo na África, continente que contém muitas regiões que também sofrem com a falta de chuva em determinadas épocas do ano.
Os rituais possuem semelhanças: geralmente são organizados em círculos, onde sacerdotes e xamãs locais realizam danças em êxtase, pedindo a divindades relacionadas à chuva ou a prosperidade, para que não deixem de a mandar de forma a que permita a colheita e a alimentação de todo o povo.
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AO REDOR DO MUNDO
Mas a dança da chuva não é exclusiva dos indígenas americanos e nativos da África. Na Europa, os povos eslavos mantêm algumas tradições similares, que também são praticadas até hoje.
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Os rituais possuem vários nomes, variando de região. Alguns deles são o Caloian, executado na Roménia, e o Dodola, também chamado Perperuna ou ainda Paparuda, nos Balcãs.
Há registos históricos antigos do oeste da China, também árido, onde magos conhecidos como Wu faziam longas e extenuantes sessões de danças em êxtase envolvendo fogo, para que o seu suor regasse o solo seco do deserto, trazendo assim a chuva necessária.