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Alvarinho Wine Fest | Monção e Melgaço em momento de glamour na capital

Cartaz

Durante tre?s dias, de 24 a 26 de Julho, tre?s dezenas de produtores de Monc?a?o e Melgac?o rumaram a Lisboa para expor, vender, dar a? prova e sobretudo comunicar a imagem da sub-regia?o de Monc?a?o/ Melgac?o enquanto territo?rio privilegiado para a produc?a?o dos vinhos Alvarinho.
A experie?ncia, com avaliac?a?o positiva por parte da autarquia e alguns produtores no que respeita a? construc?a?o da refere?ncia da sub-regia?o junto de um pu?blico diferente, precisara? no entanto de “alguns ajustes” a ter efeito na pro?xima edic?a?o, como notam alguns expositores com quem falamos no u?timo dia do festival.

Durante tre?s dias, de 24 a 26 de Julho, tre?s dezenas de produtores de Monc?a?o e Melgac?o rumaram a Lisboa para expor, vender, dar a? prova e sobretudo comunicar a imagem da sub-regia?o de Monc?a?o/ Melgac?o enquanto territo?rio privilegiado para a produc?a?o dos vinhos Alvarinho.
Nesta primeira edic?a?o do Alvarinho Wine Fest – Monc?a?o e Melgac?o, realizado sob a pala do Pavilha?o de Portugal, no Parque das Nac?o?es, a organizac?a?o estima terem passado pelo recinto mais de quatro mil visi- tantes. Eno?logos, chef’s e profissionais do sector protagonizaram algumas demonstrac?o?es de como melhor apreciar um produto que se mostra pela primeira vez em evento de grande escala fora do seu ‘terroir’.
A experie?ncia, com avaliac?a?o positiva por parte da autarquia e alguns produtores no que respeita a? construc?a?o da refere?ncia da sub-regia?o junto de um pu?blico diferente, precisara? no entanto de “alguns ajustes” a ter efeito na pro?xima edic?a?o, como notam alguns expositores com quem falamos no u?timo dia do festival. As provas comentadas, levadas a efeito pelos eno?logos e cri?ticos conhecidos do sector, nomeadamente Anselmo Mendes, Lui?s Cerdeira ou Fernando Melo, pro- curaram fundamentar a pano?plia de sensac?o?es que os provadores me- nos preparados experimentaram. No entanto, da gastronomia ao vinho, foram va?rias as harmonizac?o?es e contextos diferentes para os Alvarinhos, sem limitac?o?es.O autarca de Melgac?o, Manoel Batista, faz uma “excelente avaliac?a?o” desta montra de Monc?a?o e Melgac?o num dos locais de visita de refere?ncia da capital. “Um dos objectivos principais era promovermos de uma forma mais glamourosa o territo?rio de Monc?a?o e Melgac?o e os seus produtos, e isso foi claramente conseguido”, considera.
Trinta produtores de vinho Alvarinho, mas tambe?m de fumeiro, queijos e compotas responderam afirmativamente ao desafio proposto pelas autarquias, a pouco mais de dois meses do evento. A montra levada ate? Lisboa expo?e as princi- pais iguarias da sub-regia?o, mas alguns querem que o cabaz seja mais completo e que este festival sirva para “levar Monc?a?o e Melgac?o ate? Lisboa”.

“O evento foi o momento para se perceber as suas virtudes e problemas, portanto rapidamente teremos oportunidade para reunir com os produtores, o munici?pio e a organizac?a?o do evento e fazer um balanc?o daquilo que aconteceu e detalhes a melhorar”, refere Manoel Batista, manifestando a vontade de reforc?ar a presenc?a do fumeiro e da gastronomia local.
A data do evento, por ser ja? em peri?odo de fe?rias de muitos dos lisboetas e moradores daquela metro?pole, foi uma das principais cri?ticas dos expositores e as autarquias ja? prometeram estar atentas ao calenda?rio. A empresa parceira, segundo entendimento do autarca de Melgac?o, manter-se-a? a mesma. “Em equipa que ganha na?o se mexe”, indica. Relativamente a? data, “foi a data possi?vel, na?o foi a deseja?vel”, esclarece, apontando o me?s mais una?nime (Junho) como forte possibilidade para agenda- mento no pro?ximo ano.
Desta aposta, o autarca reconheceu “me?rito aos produtores, porque eles sim, arriscaram e apostaram para estar la?, para dar a cara pelos seus produtos e pelo territo?rio”.

“E? difi?cil comprar um Alvarinho e ficar desiludido”

Duarte Cordeiro, vice-presidente da Ca?mara Municipal de Lisboa, apreciador de vinho Alvarinho e conhecedor deste territo?rio, que confessa ja? ter visitado, realc?ou a pertine?ncia do evento que promove “vinho do melhor que se faz” naquele local. “Lisboa tem esse papel fundamental de ser um espac?o para divulgar o que de melhor ha? no nosso pai?s, em particular os vinhos. Esta zona do Parque das Nac?o?es e? fanta?stica, permite que durante o fim-de-semana muitas fami?lias em passeios desfrutem, e visitem estes eventos. E? difi?cil comprar aqui um vinho e sair desiludido”, conclui.

Exclusividade da DO Alvarinho era “uma situac?a?o conservadora e insustenta?vel”

Vindo de uma viagem oficial a? Colo?mbia, o Secreta?rio de Estado da Alimentac?a?o e Investigac?a?o Agro-alimentar, Nuno Vieira e Brito, visitou o evento antes de rumar a casa e trocou algumas impresso?es com este jornal.O representante governamental diz que esta e? a “aposta certa” da sub-regia?o pela motivac?a?o que tem em “promover a marca com ligac?a?o a Monc?a?o e Melgac?o”, sugerindo que esta deva “ser valorizada nos pro?ximos anos pela associac?a?o do Alvarinho com a gastronomia” junto de um nu?cleo na ordem dos 1,5 milho?es de consumidores.Sobre a legislac?a?o que determinara? o alargamento, que entra em vigor a 1 de Agosto e que o munici?pio de Melgac?o se prepara para contestar, o Secreta?rio de Estado reforc?a a consona?ncia do Governo com as concluso?es do Grupo de Trabalho do Alvarinho, subscritas pela maioria, mas diz que se manterá “particular atenção para que os alvarinhos de Monção e Melgaço se identifiquem com o ‘terroir’ e dessa forma consigam ter um espaço particular nesta coligação”.Segundo o Secretário de Estado, a exclusividade da sub­região no uso do selo qualitativo da DO Alvarinho era uma “situac?a?o conservadora e insustenta?vel”. “Acreditamos que com o tempo e este tipo de organizac?o?es, se permitira? ver que esta e? a melhor e u?nica soluc?a?o possi?vel para o sucesso do Alvarinho de Monc?a?o/Melgac?o”. 

VOZ DOS EXPOSITORES:

A opinião dos produtores em discurso directo

“É uma acção de comunicação, de transmissão da imagem do Alvarinho de Monção e de Melgaço e conseguimos fazê­lo numa zona nobre de Lisboa, ter público e até bastante seleccionado. Conseguimos transmitir a nossa imagem. Claro que é a primeira acção que estamos a fazer, temos de a repensar. Vão haver alturas para comunicar o Alvarinho fora da nossa região e será diferente daquela que temos no final de Abril, início de Maio em Melgaço, essa vai ser sempre uma festa diferente. É uma festa de consumo, em que as pessoas apresentam a colheita e esta vai ser sempre uma festa de seguimento ao mercado para apresentar o perfil dos vinhos e a gastronomia. Aqui, estamos mais interessados em dar provas do que vender a garrafa”.

Luís Cerdeira (Soalheiro)

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“Significa que ambos os municípios estão empenhados numa coisa que é fundamental, que é a marca Monção/Melgaço enquanto marca territorial. É vanguarda em municípios e em qualquer município, vender­se em termos de turismo, de promoção municipal e então nós, com esta polémica toda, de vendermos esta marca. O que é essencial é que temos um território fabuloso para a produção do alvarinho e isso tem de ser valorizado. 
Negativo foi o timming. Tenho outros dois eventos, mas fiz questão de estar aqui também para apoiar esse esforço que todos fizemos. Percebo que quisessem fazer alguma coisa ainda este Verão, mas o que é certo é que, quem conhece o mercado de Lisboa sabe que nesta altura está toda a gente de férias. Portanto, não terá tido o mesmo impacto mas há sempre que melhorar, que valorizar e estou certa de que para o ano vai ser muito melhor”.

Joana Santiago (Quinta de Santiago)

“Foi uma experiência nova. Sabemos que não podemos fazer aqui, nem nesta data. A partir daqui é sempre a somar. Temos de repensar o local, entre todos temos de ver a melhor solução. Quanto à data, julgo que a melhor seria no princípio de Junho. Quanto mais fresco o tempo estiver, mais vinho se bebe, começando a entrar o tempo quente, as pessoas preferem uma cerveja. Em relação ao local, o melhor sítio seria na zona da Baixa. Não sei se é possível, mas vamos tentar. Temos um ano para pensar isto e não dois meses. Mas seria bom continuar”.

Rui Esteves (Dom Ponciano)

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“Não vim para vender. Trouxe sessenta garrafas de vinho e o que queria era dar a conhecer o vinho. Tenho um distribuidor cá e que as pessoas soubessem onde comprar. Fiz saber ao distribuidor para que comunicasse aos clientes que iríamos estar cá. O espaço é muito bonito, mas não dá para um evento deste género. Nos não podemos relacionar o alvarinho com tascas de bifanas ou hambúrgueres. Deviam estar cá dois restaurantes, um de Monção e outro de Melgaço a dar a provar coisas típicas, trazer Monção e Melgaço a Lisboa, não só os vinhos. Deveria ter também um horário mais alargado à noite, mas agora na segunda edição aperfeiçoa-­se”.
José Adriano Afonso (Solar de Serrade)
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