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Arcuenses tiveram de abandonar casas devido aos incêndios no Canadá

Casas a arder

Pelo menos duas mulheres de Arcos de Valdevez (de Soajo) tiveram de ser retiradas da cidade canadiana de Fort McMurray, onde, desde o passado dia 1 de maio, começou a lavrar um devastador incêndio. “A minha filha está sã e salva”, diz o soajeiro Alexandre Lage, adiantando que a descendente abandonou a referida cidade quando as chamas se acercaram da casa.

“Devido ao incêndio, foi emitido um aviso de evacuação da localidade [Fort McMurray, província de Alberta] e a minha filha, apesar de não ter arredado pé durante horas, foi obrigada a deixar a zona com a roupa que tinha vestido, levando com ela os cães, mas felizmente encontra-se bem, em Edmonton [a 430 quilómetros de Fort McMurray], o mesmo acontecendo com uma luso-descendente, que tem raízes familiares em Soajo”, acrescenta Alexandre Lage.

No epicentro do incêndio, o Serviço de Alerta de Emergência Alberta emitiu, por volta das 16.00 (22.00 em Portugal Continental), do dia 3 de maio, aviso de retirada obrigatória para cerca de 110 mil habitantes que a cidade de Fort McMurray (e subúrbios) abriga, com exceção do setor em torno do aeroporto sudeste. Com tantas frentes por controlar, durante vários dias, as chamas destruíram cerca de 1100 casas, mas as habitações daquelas duas portuguesas não foram atingidas pelo inferno das chamas.

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Segundo a imprensa nacional, o consulado português “não foi contactado por cidadãos portugueses”, e fora estas duas situações, também “não tem conhecimento de mais portugueses que tivessem sido retirados da área afetada pelo incêndio”. Contactada pelo Minho Digital, uma fonte da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez referiu “desconhecer” estas ocorrências, comprometendo-se, porém, a fazer diligências no sentido de apurar “informações sobre o que se está a passar.”

Desde o passado dia 1 do corrente mês, mais de mil quilómetros quadrados de floresta acabaram reduzidos a cinzas, neste que é o maior desastre natural da história do Canadá. Segundo estimativas, a reconstrução da cidade de Fort McMurray acarretará um custo de 9 mil milhões de dólares canadianos, cerca de 6 mil milhões de euros.

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Fort McMurray tem população itinerante

De acordo com Maria João Boavida, cônsul-geral de Portugal em Vancouver, a cidade de Fort McMurray “tem uma população temporária muito importante, porque é a principal zona de exploração petrolífera de Alberta. Há muitos trabalhadores provenientes de outras províncias, como o Quebeque, Colúmbia Britânica ou da Nova Escócia, daí que o número de residentes possa, efetivamente, não corresponder aos habitantes registados na região”, referiu ao DN aquela responsável.

 

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Fotos: noticiasaominuto.com; sapo.pt; br.sputniknews.com

 

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