Bicadas do Meu Aparo: 10 de Junho – 2022, em Braga

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Artur Soares

Escritor d’ Aldeia *

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A partir de 2016, tem-se celebrado o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades fora do país. Tais celebrações, sempre com enorme carga política, obrigatoriamente, leva os mais atentos a recordarem a nossa história.

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Então, recordando o nosso Império, os monárquicos confirmaram a independência do Brasil há 200 anos; a primeira República – de rapaces e anarquistas – teve como único feito, defender as ex-colónias portuguesas; a segunda República, viu os militares fugirem de Goa, Damão e Diu, entregando esses territórios; a terceira República do 25/A/74, andou pelas florestas africanas à procura dos guerrilheiros (armados) que nos combatiam, para lhes entregar o que restava de Portugal; a quarta República – nascida do golpe das legislativas de 2015, por António Costa, e que deu origem ao seu Governo/Geringonça – tem-se limitado a celebrar tudo isso, sem esquecerem a presença do 10 de Junho de 2022, junto dos emigrantes em Londres.

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Segundo o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, estava-se a celebrar em Braga, neste 10 de Junho/2022, “o começo do fim do Império colonial português, como os 200 anos da independência do Brasil e os 20 anos da independência de Timor-Leste”. De seguida, rumou a Londres para, efusivamente fazer festa com os emigrantes lá residentes, profissionais (praticamente) todos licenciados nas nossa universidades e pagos pelos impostos do povo, mas que não têm empregos em Portugal, de harmonia com os seus graus académicos. Mas, haja festa!

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Jorge Miranda, filho de Braga e presidente da comissão organizadora destas comemorações do 10 de Junho em Braga, naturalmente foi tratante e discursante nas celebrações, afirmando (jubilosamente) que Portugal fez a abolição da pena de morte em 1867, o primeiro ou o segundo país do mundo a abolir tal sentença e focou os “importantes avanços na igualdade entre homens e mulheres”.

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Este Constitucionalista, referiu ainda no seu tratado, os acontecimentos portugueses “motivos de desgosto”, tais como “a expulsão dos judeus, a inquisição ou a escravatura” e o “atropelo que se vem fazendo à língua portuguesa”. Referia-se, pois, ao atropelo não oficializado, mas praticado, do denominado acordo ortográfico de 1990.

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Recorde-se que o presidente da República, no seu discurso em Portalegre, no 10 de Junho de 2019, falou das “exigências e seriedade na ética da vida pública”. Jorge Miranda, neste 10 de Junho/2022, afirmou que “Portugal não se limita ao território, nem se circunscreve aos portugueses que nele habita”. Sendo assim, “seriedade e ética, e não se “circunscrevendo (Portugal) aos portugueses que nele habita”, fico informado de que todos os portugueses cá dentro e os que rabeiam fora do país…, em todos os locais “há Portugalidade”. Bravooo!

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Sendo assim, obrigatoriamente há uma pergunta: se se comemora o 10 de Junho em várias localidades do país; se há 10 de Junho, em Londres; se há 10 de Junho, Dia de Portugal em Paris…, PORQUE NUNCA HOUVE 10 DE JUNHO EM OLIVENÇA, que é Portugal, em que toda a população é portuguesa? Todo o ar que em Olivença se respira é português, todas as couves, tomates e alfaces que lá crescem é terra portuguesa e, até os imóveis de Olivença, são de raça portuguesa: são imóveis, terra e ar alentejanos.

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Olivença é parte de Portugal desde sempre, 1297, e do tempo dos reis D. Dinis e D. Fernando IV de Castela, que em 1801 foi usurpada a Portugal por assinatura imposta a plenipotenciário português e que, mesmo assim, teria de ser ratificado pela França, o que nunca veio a acontecer, porque os dirigentes franceses de então conheciam a usurpação e nunca aceitou esse “Tratado de Badajoz” em favor da Espanha. Razão por que Portugal nunca reconheceu a rapace invasão administrativa espanhola.

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Salazar, em 1939, teve quase nas mãos a devolução de Olivença, mas a II guerra tudo travou. E o grande sonho do general Humberto Delgado, o “homem sem medo”, afirmou que se fosse eleito presidente da República, traria de volta Olivença, “porque é parte das terras alentejanas”, declarava.

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Concluindo: a II República de Salazar, lutou por reaver Olivença; a terceira República do 25/A/74, esqueceu Olivença e a IV República iniciada por António Costa, “desconhece” que Olivença é Portugal.

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O presidente Marcelo já celebrou o 10 de Junho em Portalegre, mas não respirou os aromas de Olivença; esta República de António Costa, aceitou que Goa, Damão e Diu eram terras indianas, mas, Olivença, não devem saber a quem pertence.

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Zeca Afonso, cantou Grândola Vila Morena e não era alentejano. A terceira e quarta República desconhecem Olivença e, até Fernando Farinha, Vitorino Salomé e Paco Bandeira, que são alentejanos, nunca cantaram Olivença é Portugal. Loucos!

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* O autor não segue o acordo ortográfico de 1990.

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