Bicadas do Meu Aparo: A mentira adoece a democracia

 

 

 

Escritor d’ Aldeia

 

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“Vencereis, mas não convencereis. Porque convencer significa persuadir e para persuadir necessitais de algo que vos falta nesta luta: verdade, razão, emoção e moral”. (Miguel Hunamuno – 1936).

 A mentira adoece a democracia e a corrupção mata-a.

É a realidade em Portugal: os governantes e políticos, salvo raras excepções, mentem, e distribuem publicidade (política) banhada em mentira; a corrupção, entre governantes e políticos, salvo raras excepções, faz-se do Minho ao Algarve em todos os sectores da vida nacional.

A acção política, em Portugal, vive aos solavancos, sem regras, sem verdade e despida de qualquer virtude. Esta nossa democracia, não convence, não ganha adeptos e o povo não confia em nada nem em ninguém. O povo foge.

Sabe-se que a democracia que se serve entre nós, é fabricada dentro dos partidos políticos, de forma que estes cresçam, dominem entre si e com as regras de tudo ser alcançado sem quaisquer limites: o partido quer, pode e manda e eis o alimento que dão ao povo.

Os líderes políticos do Portugal destas duas últimas décadas, são a prova de que o povo tem o que eles dão, nada. Só que milhões de portugueses, também pensam que a democracia é para os políticos exercerem. Basta-lhes, a esta gente abstracta, o dia de correr para as urnas de voto.

Recordemos Rui Rio: agarrou-se ao poder dentro do seu partido, não soube ser oposição ao Governo, não escutou os seus pares sobre caminhos a percorrer e facilitou toda a acção governativa, inclusivamente propôs que as reuniões na Assembleia da República, passassem de quinzenais para mensais. Ora isto não é zelar pelos interesses do país, nem muito menos – como oposição – fiscalizar e praticar democracia.

Recordemos José Sócrates: levou o país à bancarrota, destruiu a vida social e profissional, afundou a economia e deu-lhe guarida em benefícios próprios, roubou aos reformados do Estado metade de um subsídio de Natal e democraticamente, actuou como o fogo na serra: destruiu tudo, neste Portugal maltratado.

Recordemos António Costa: derrubou António José Seguro do seu partido, antidemocraticamente não respeitou os resultados das eleições, derrubando Pedro Passos Coelho; inventou uma geringonça governativa para ser primeiro ministro; prometeu devolver ordenados e pensões aos reformados do Estado e, ainda hoje, os reformados ainda não auferem o que recebiam em 2011, no tempo do famigerado socialista José Sócrates e, não teve pejo de em 2017, ir de férias para o Algarve, quando Portugal ardia e quando já existiam – devido aos fogos – mais de cem mortos.

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Recordemos Pedro Passos Coelho: foi badalo para as exigências da troyca, subserviente da troyca, radical na imposição da fome aos portugueses, apoiante da emigração, rapace nos vencimentos e nas reformas dos servidores do Estado, secou economicamente os cofres da Assistência na saúde dos funcionários públicos (ADSE), dinheiro que nem do Estado era, mas sim dinheiro – 3,5% mensais – que toda a função pública descontava/desconta e, foi político que afirmou contra Sócrates:

“estas medidas põem o país a pão e água. Não se põe um país a pão e água por precaução”; “Se formos governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários – como faz Sócrates – para sanear o sistema português e, “como é possível manter um governo em que o primeiro-ministro mente”? E, na verdade, Passos Coelho, roubou mais toda a função pública que o seu antecessor!

Recordemos Miguel Albuquerque, do PSD/Madeira: durante esta sua última campanha (deste ano de 2023) eleitoral na e pela Madeira, afirmou: “demito-me, caso a maioria absoluta da coligação Somos Madeira, não seja conseguida. Não se demitiu e para ter a maioria absoluta fez um acordo “animalista” com o partido PAN – dos animais.

Como bem se afirma, a mentira adoece a democracia, desacredita-a, enterra-a e depois aparecem os populistas, os arruaceiros da democracia.

A mentira é, sempre foi, a alma da traição. Quem mente trai o seu semelhante e verdade se diga: nestes últimos tempos, o povo nada tem, nada é, perdeu a esperança de uma vida minimamente digna, porque os políticos que nos têm governado, no tempo de Salazar nem para contínuos das repartições pública, serviam.

Vivemos numa paz apodrecida: o poder habita nas ruas das cidades. Todos reclamam, rodos reivindicam, falta tudo e o Governo, impávido, sereno, sorridente e a mentir, vão dizendo, vão pensando: “isto faz parte da democracia”. Os cães ladram? O que importa é que a caravana passe.

E Portugal tem o direito de ter paz social, e esperança, para construir o dia de amanhã e tem o direito de não ter medos que o sufocam.

* O autor não segue o acordo ortográfico de 1990

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