Bicadas do Meu Aparo: Plásticos, restos abortivos e devassidão

 

 

 

Escritor d’ Aldeia

 

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Quem lê o folheto que acompanha qualquer medicamento, fica a saber para que serve, quais os seus efeitos secundários, bem como outras informações de interesse médico: um porque receita e o utente porque o gastará.

Tudo bem, óptimo e viva a República!

Escrever sobre isto, a do folheto junto ao medicamento, porque consta-se que irão ser obrigadas as fábricas que fazem os cigarros, de colocarem nas respectivas embalagens a foto de pessoas mortas ou de doentes – estes, já assim acontece – pelo tabagismo, uma vez que no estrangeiro assim já se faz.

Não tenho nada com isso, tal atitude não me beneficia nem prejudica e desde que antecipadamente os mortos autorizem, não vejo grande mal ou mal nenhum.

Mas, vamos lá reflectir!

Não será verdade que neste mundo maluco e selvagem, na obcecação do lucro, se engarrafam, se embalam milhares de alimentos em plástico que podem ter vários efeitos (maus) secundários, contra quem os consome?

Porque não colocar fotos ou bonecos de gente obesa, derivado ao consumo de batatas fritas em pacotes plásticos ou de outros comestíveis semi-assassinados?

Porque não colocar também nas embalagens de cosméticos, fotografias ou informação, de que os produtos de beleza à venda em hipermercados e farmácias contêm gorduras de animais torturados ou de restos abortivos que muitos “interessados” encaminham para essas indústrias, cá e no estrangeiro, sobretudo em França?

Não será verdade que grande parte dos acidentes de automóvel e de mortos que (quase) diariamente se conhecem, são fruto de bebidas alcoólicas em excesso? Sendo assim, porque não colocar fotos de mortos por acidente com veículo, nas vias de circulação?

PUB

Come-se em excesso por vezes, gasta-se demasiado (por vezes) nos restaurantes, desperdiça-se dinheiro em qualquer canto e a qualquer hora e, gasta-se através de tantas torneiras água e luz desnecessariamente.

Porque não colocar nas facturas da água e da luz, os nomes de consumidores que entram em aberrações de consumo destes bens essenciais, e porque não colocar também as fotos daqueles que não gastam luz nem água, que é o caso dos sem-abrigo?

Creio bem, que os nossos antepassados, descobridores e conquistadores, dão saltos de revolta e de vergonha na tumba, por “verem” a nossa insignificância actual: povo de pedintes e espoliados, pela incompetência e mentira dos actuais políticos.

Salvo algumas excepções, os políticos da primeira república anarquizaram o povo nas ruas, aplicaram o gnosticismo da maçonaria, roubaram a Igreja e esbanjaram em favor dos seus bolsos.

A segunda República, cadeou o povo e juntou barras de ouro em prol da ignorância e da fome, que provocou a grande avalanche de tuberculosos. A actual, mente ao país, causa-lhe insegurança e medos, têm esbanjado o que vem emprestado de fora, fomenta o desemprego, governa governando em proveito próprio, atraiçoou os desalojados do Ultramar, vive em corrupção, rouba os ordenados dos seus servidores, ninguém sabe onde estão as toneladas de barras de ouro deixadas pela República anterior e fazem leis que não estão de harmonia com o povo e suas necessidades.

E políticos que fazem leis para substituir outras, procurando benefícios para o grupo ou para si mesmos, usam de rapacidade e são violadores da Lei. E as violações da Lei são devassidão.

E porque este país, esta república em agonia, tem políticos violadores da lei, corruptos e mentirosos, deviam os seus nomes ou as suas fotografias serem publicadas nas declarações de impostos, de molde a que todo o contribuinte saiba quem o vilipendiou e passe a preocupar-se mais na escolha de quem o deve representar no bem da vida económica e social do país.

No tempo do Estado Novo, havia trabalho para todos, respeito, educação, seriedade e podia-se caminhar a qualquer hora da noite sem o perigo de se ser atacado – porque não havia marginais – e amava-se o país, embora fosse perigoso dizer mal dos governantes.

Actualmente, pouco ou nada disso há, somente se vai podendo apontar defeitos. Porque terá de ser assim? Eles sabem porquê.

* O autor não segue o acordo ortográfico de 1990

  Partilhar este artigo

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *