Carlos Pontes Conquista Prémios no Festival de Vouzela

Carlos Pontes, natural de Ponte de Barca, destacou-se novamente pelo seu trabalho fotográfico, ao conquistar três dos oito prémios atribuídos no festival O Cinclus. Esta 7º edição, realizada em Vouzela, no distrito de Viseu, tem como objetivo promover a natureza e a sua conservação através de imagens. Ao longo de três dias, o evento acolheu exposições, workshops e convívios, contando ainda com a presença de grandes profissionais, o que só fez aumentar a sua importância e um maior destaque. Este é sem dúvida, um acontecimento nacional de grande atração para todos os fotógrafos amadores ou profissionais, que se queiram destacar através do seu trabalho. Talvez tenha sido essa razão do concurso receber cerca de 800 fotografias para avaliação.

O concurso fotográfico iniciou-se no dia 27 de janeiro, e para além de contar com a presença de reconhecidos fotógrafos nacionais, foi também agraciado com a presença de Angel Fitor e Theo Bosboom, ambos profissionais de grande renome na fotografia de natureza. O júri, composto por Luís Quinta, Francisco Calado e Jacinto Policarpo, foram os responsáveis pela avaliação das fotografias, divididas em quatro categorias – Paisagem, Flora e Fungos, Fauna, Aves. Em cada categoria, foram escolhidas apenas duas fotografias vencedoras e duas fotografias com direito a menções honrosas. Aos 1º prémios é-lhes atribuído um valor monetário, enquanto os 2º classificados têm direito a material fotográfico. Além disso, todas as fotografias premiadas serão publicadas, futuramente, na reconhecida revista National Geographic.

Categoria Aves – 1º Prémio.  Autor – Carlos Pontes

Quanto a Carlos Pontes, embora esta não tenha sido a sua primeira participação num concurso fotográfico nacional, a inscrição no Cinclus foi a estreia num evento de maior calibre e prestígio, onde se reúnem realmente, os melhores fotógrafos. Esta terá sido a principal razão da sua participação, tendo em conta a “qualidade da organização, projeção e júri que sabe realmente analisar imagens”. Carlos, adianta ainda, que uma das razões porque a sua participação não é frequente em Portugal é precisamente pela “má escolha do júri, (…) que não está ao nível de julgar imagens” e assim “simplesmente não participo”. 

Categoria Fauna – 2º Prémio.  Autor – Carlos Pontes

Apesar dos inúmeros registos fotográficos conseguidos nas suas saídas, não foi fácil escolher quais as fotos que iriam participar no concurso. Antes de mais, fez uma pré-seleção de todos os registos que cumpriam os critérios a serem analisados pelo regulamento, tendo principal atenção à qualidade de imagem, o que eliminou cerca de 60% das imagens. Numa segunda avaliação, mais pessoal, teve maior atenção ao valor histórico e à particular beleza das imagens. Essas fotografias, compõem assim, os verdadeiros “trunfos, guardadas especificamente para este tipo de situações ou para outras publicações”. 

Categoria Paisagem – 2º Prémio.  Autor – Carlos Pontes

Mesmo assim, a notícia veio como uma bomba “Sinceramente não estava à espera de conseguir conquistar um prémio, quanto mais três!”. Considerando o calibre acima da média, todos os anos a escolha de imagens se torna um desafio para os júris. “Dentro daquilo que tenho e posso, tento ser o mais perfeccionista possível, mas tenho a noção, que por vezes, apesar de quase conseguir a imagem idealizada por mim, ainda estou longe de alcançar aquilo que realmente queria. Este é um dos principais motivos pelo qual nunca imaginei conseguir um prémio”.

Para Carlos, foi com enorme satisfação que recebeu os prémios do seu reconhecido trabalho, “Subir aquele palco quatro vezes foi sem dúvida uma alegria imensa! É algo que realmente me traz muito valor pessoal e uma vontade imensa de fazer mais e melhor”.

Categoria Fauna – Menção Honrosa.  Autor – Carlos Pontes

Garante ainda a sua participação no Cinclus do próximo ano e defende este tipo de iniciativa, como uma das formas de dar a conhecer as histórias e trabalhos, por trás das imagens que se fazem em Portugal. Apesar da fotografia de natureza em Portugal ser pouca valorizada, já se faz notar um acréscimo nos últimos anos, que na sua opinião, ainda não é suficiente.

O grande vencedor do evento foi Gonçalo Rosa, com um registo fotográfico único de dois lobos. Gonçalo é já um reconhecido fotógrafo de natureza, acumulando já vários prémios outros concursos, assim como colaborações com a National Geographic.

O Minho Digital gostaria de felicitar, mais uma vez, Carlos Pontes, pelo seu fantástico trabalho, desejando a maior sorte para todo o seu futuro, como fotógrafo de natureza. Em modo de agradecimento a todos os seus seguidores e apoiantes, aqui fica um dos seus “trunfos”, destinado apenas a momentos especiais.