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De Viana a Trento: ‘Diário de Bordo’ – 3 do Diogo e do Miguel

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Miguel Teodoro e Diogo Ferreira

Os jovens do nosso orgulho vianense continuam no rasto de Frei Bartolomeu dos Mártires. A promessa de recriar o caminho quando o Santo foi ao Concílio de Trento (Itália), está prestes a concretizar-se. Leia mais um capítulo desta ‘epopeia’ que, semana a semana, temos o privilégio de receber, em exclusivo para o Minho Digital, das mãos dos protagonistas. E fotos que também ‘falam’ por si!

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CRÓNICA:

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Manarola / Num dos dias de estadia em Florença,  a tão ansiosa visita ao mar protagonizou-se: a cidade escolhida foi Manarola, uma das cidades de Cinque Terre que constitui a bela costa italiana que temos percorrido.

No comboio, pequenos pedaços de mar e céu enchiam de vez em vez as janelas, a água translúcida do Mediterrâneo ia refletindo no nosso olhar aumentando a expectativa.

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O confronto, o real e aconchegante confronto com o mar. Ainda na estação, ficamos perplexos com a imensidão da paisagem e com o toque do mar com o céu na linha ténue do horizonte.

De certo que esta cidade não protagoniza o itinerário do Frei, mas é o único contacto possível que tínhamos com o mar como ele igualmente teve a meio da jornada.

A cada passo que nos aproximávamos do mar, a irregular e rochosa costa erguia-se perante o nosso olhar e a necessidade de contemplar tudo como um todo ia aumentando.

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Os veleiros, no horizonte, iam ficando cada vez mais perto a cada degrau que subíamos por entre os campos da íngreme encosta. A clarividência do topo da montanha era ofegante, todos os inúmeros recortes da costa na sua enorme extensão do mar despertavam um entusiasmo em nós. Nesse momento de contemplação no topo da montanha, após uma longa caminhada, o nome Manarola começava a fazer todo o sentido, com o significado de altar dos Deuses, e com aquela magnífica paisagem mais não tínhamos se não concordar.

No regresso ao nível do mar a ambição de um contacto físico com o mar aumentava, a necessidade de mergulharmos no Mediterrâneo acabava por se concretizar poucos minutos depois.

A densa salinidade da água deixava com que os nossos corpos flutuassem para além da nossa vontade, aos poucos perdíamos o controlo da direção e íamo-nos deixando levar pelas correntes quentes do Mediterrâneo. As enseadas rochosas das ravinas traduziam o tempo e as vontades, o tempo de um mar e uma terra que em contacto construíram um todo e a vontade de uma protagonização tão característica dos portugueses. O contacto do Frei com o mar deu-se aquando do seu regresso, tentamos assim captar o encanto desse mesmo mar e dessas águas que também conosco e com ele viajam registando-as nas sensações visuais.

Manarola

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Siena / É uma cidade encantadora, tipicamente italiana, com ruas estreitas apertadas por edifícios ocres, avermelhados e amarelados. Nas varandas, roupa a secar e flores de cores efervescentes   contrastam com as cores terrenas das paredes.

A cidade encontra-se numa posição um pouco elevada e, por isso, consegue-se avistar a paisagem rural da Toscania que é espantosa. Elevações irregulares no terreno, intervalado por planícies e colinas, acolhem olivais e casas semeadas no solo fértil.

Palmilhando a planta medieval da cidade chegamos ao “El Doumo” , que se destaca imenso do resto da cidade pelas riscas horizontais de pedra branca e preta e pela sua monumental dimensão, em contraste com a pequena escala da cidade e com os seus tons tão característicos.

No interior da catedral, as riscas percorrem as paredes laterais e os pilares até ao altar central, azuis e dourados adornam o teto. Na ala lateral, uns frescos maravilhosos preenchem os recantos de uma das salas, na qual são guardados enormes livros com incríveis iluminuras.

Deixando-nos levar pelo ritmo da cidade chegamos a “Il Campo”, uma praça em anfiteatro bastante movimentada, é aí que nos despedimos de Siena, talvez a cidade mais pitoresca que visitámos até ao momento.

Piazza del Campo (Siena)

Piazza del Campo (Siena)

Siena

Siena

Roma / O encanto do império romano. É com este mote que chegamos à capital Italiana. O Frei visitou-a entre as fases do Concílio tendo acabado por tratar em Roma de assuntos relativos à sua Diocesse com o Papa Pio IV.

Perante isto, a nossa primeira estância em Roma foi a cidade do Vaticano, o centro de toda a devoção Cristã e de toda a magnificência desta mesma religião.

A aproximação das colunas dispostas numa circunferência incompleta predestinavam o amplo espaço que cobriam: a Praça de S.Pedro. As inúmeras pessoas iam tomando conta de cada pedaço da Praça, mas essa aglomeração não nos impediu de contemplar toda a componente arquitetónica e histórica do lugar onde estávamos. O som das fontes, símbolo do começo, meticulosamente dispostas ecoava por toda a Praça, permitindo que a água – como símbolo da vida – fosse ouvida na sua total plenitude.

Seguimos a passo lento pela capital, passando por igrejas e praças que íamos contemplado e registando entre uma e outra paragem. O sol baixando e a luz a meia haste ia dando um novo brilho à cidade. As cores quentes do sol enalteciam a mármore branca dos edifícios e refletiam tempos de um império glorioso que fora Roma. Enquanto isso, a noite cobria os céus e a nossa passagem por Roma ia sucumbindo às memórias e aos registos que tínhamos feito.

Coliseu de Roma

Vaticano (Roma)

Vaticano (Roma)

Link das fotografias do Diogo: 

https://tkxt7j.s.cld.pt/

Link dos Desenhos do Miguel: https://on5l41.s.cld.pt/

 

Florenza – Siena

Manarola

Roma (Coliseu)

Roma (Panteão)

Roma (Piaza Navona)

Roma (Vaticano)

Siena

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