E a culpa é do Covid?

A fazer fé no que algumas boas almas por tudo quanto é meio de Comunicação Social propagam, tudo o que de insensato e perturbante acontece cá pela quinta à beira mar espraiada, ou pelo universo em redor, sim, que a fazer fé no que o nosso querido e amado presidente Marcelo, que não é homem de brincar com coisas sérias, não se cansa de dizer, distribuindo medalhas ou tirando selfies, somos dos melhores do mundo.

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Acima dos portugueses, tirando este novo telescópio que já nos mandou umas fotos com a infância do espaço sideral, só mesmo um ou outro português emigrado, e que pode ser ou não, enfermeiro de um qualquer Boris em comissão de serviço num qualquer governo.

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Desde o vírus dos macacos, a guerra da Ucrânia, a subida dos combustíveis ou mais singelamente a nova era ambiental, que também serve para somar anos ás comissões que comissionam os grupos de trabalho que à mais de 50 anos ‘estudam’ a necessidade um novo aeroporto para Lisboa, onde e como ele deve ser feito, tudo, ou a tudo, a fazer fé nestas boas almas, é culpa do Covid. Claro que nesta equação, quem sabe talvez pela fraqueza que a matemática tem entre os alunos do ensino do básico, como ficou demonstrado nos exames, cujos resultados agora esta semana foram conhecidos, nesta equação não entra a (des)educação reinante, o direito à diferença’, fraturantemente consagrado pelas minorias políticas emergentes, iluminadas, e das leis fundamentais da estupidez humana, essa poderosa força negra que tem impedido o crescimento do bem-estar e da felicidade dos humanoides. E como a estupidez humana, segundo as cinco leis fundamentais que enformam o modelo, vai governar o mundo, deixemos que a sua presunção vença os inteligentes, sempre cheios dúvidas.

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GOSTA DESTE CONTEÚDO?

O Covid, que recentemente ia sendo destronado pelo vírus dos macacos, e um ou outro infetante com nome esquisito, mas sem estaleca, infeções com pouca consistência, de alcance insignificante, endémicos q.b., que não tiveram pernas para andar, o Covide tem servido para tudo, dizem as tais boas almas, políticas, económicas, militares, científicas, quando bem instalados, e até religiosas. E dizem-no com o ar mais angélico e petulante que conseguem arranjar. Ar de circunstância, como convém. Choroso ou alarve, que o indígena, portuga ou não, gosta de ser ‘convencida’ por gente que saiba pôr o ar a contento, convincente e, capaz de fazer chorar as pedras da calçada. Covide é, como no amar de Fernando Pessoa, ‘fogo que arde, sem se ver…’ dizem. E se estas boas almas o dizem, eloquentes, preocupadas, convenhamos que pouco nos resta como mortal eleito a ser salvo para intuir ou tal não desacreditar. Venham, pois, daí as explicações, oficiais e oficiosas para todos os males que apoquentam a natureza humana, façam elas parte ou não das notícias dos jornais, e constem ou não nos relatórios das policias. Mesmo que com letra pequenina. A culpa é e será, sempre, do Covid. E tudo ficará em paz.

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