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Encontro Transfronteiriço da Proteção Civil: Cerveira reflete sobre eventos climáticos extremos

Há mais de 20 anos que não chovia tanto num só dia. No Alto Minho, o dia 1 de janeiro de 2023 fica marcado pela queda de precipitação diária classificada pelo IPMA como ‘extremo absoluto’, provocando um grande volume de chamadas telefónicas e uma intervenção no terreno sem precedentes recentes.

A preocupação com eventuais repetições leva o Município de Vila Nova de Cerveira a debater este fenómeno com especialistas distritais, nacionais e da vizinha Galiza, procurando delinear uma estratégia conjunta transfronteiriça para a resiliência face a eventos extremos cada vez mais frequentes, decorrentes dos efeitos das alterações climáticas.

Enquadrado nas comemorações do mês da Proteção Civil Alto Minho, dinamizadas pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o Encontro Transfronteiriço da Proteção Civil – Eventos Extremos, agendado para dia 22 de março, tem como objetivo uma reflexão baseada na cooperação institucional transfronteiriça sobre os últimos eventos (inundações) e na capacidade de resposta e articulação, além da divulgação de investimentos e recursos euroregionais para a mitigação de riscos.

As características geográficas comuns do Alto Minho e a partilha de recursos naturais levam a que este território de fronteira sofra ameaças comuns no que toca aos efeitos causados pelas alterações climáticas. As inundações ocorridas a 01 de janeiro de 2023, com comportamentos e efeitos muito semelhantes nos leitos e cursos de água das duas margens do rio Minho, são prova disso mesmo.

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Os presidentes da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira e do Concello de Tomiño, Rui Teixeira e Sandra González, respetivamente, farão a sessão de abertura deste Encontro Transfronteiriço da Proteção Civil – Eventos Extremos, pelas 09h30, seguindo-se o painel “01 de janeiro de 2023 – O primeiro momento”, dedicado a uma reflexão sobre o primeiro impacto/reação, pela visão dos primeiros intervenientes em Vila Nova de Cerveira e Tomiño;  e duas mesas-redondas, uma dedicada à “Resposta e Articulação a Eventos Extremos” e outra relacionada com os “Recursos para a Mitigação de Riscos”. Cabe ao Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Macedo Fernandes, protagonizar a sessão de encerramento.

Recorrendo ao caso concreto de Vila Nova de Cerveira, o primeiro dia do ano de 2023 registou um valor extremo de precipitação diária de 177.4 mm – valor superior ao anterior máximo de 138.4 de 2001 – quando o valor mensal da quantidade de precipitação referente ao mês de janeiro foi de 477.0mm. Esta situação atípica motivou a ocorrência de quase 40 pedidos de auxílio da população em apenas 30 minutos, mobilizando dezenas de profissionais afetos à Proteção Civil.

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De sublinhar que a adaptação do território transfronteiriço às alterações climáticas, através da valorização dos ecossistemas e dos seus recursos comuns, na cooperação institucional transfronteiriça e no envolvimento dos atores locais, é um dos projetos que a Eurocidade Cerveira-Tomiño pretende implementar até 2026, num investimento de cerca de 700 mil euros, no âmbito da operação 0177_CT_ADAPT, cofinanciados em 75% pelo Feder, através do POCTEP, dando cumprimento ao processo participativo da Agenda Urbana Eurocidade Cerveira-Tomiño 2030.

 

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