‘A espuma e o pó… nos dias que correm ( 4 )!

José Andrade

Aposentado

Em artigo publicado no passado fim de semana num diário (Público), José Pacheco Pereira questionava – Por que é que o #MeToo e suas variantes são reaccionários e puritanos -. A propósito da campanha dita contra a ‘violência de género’, já aqui questionei, de modo brando, suave, mas incisivo, a bondade deste tipo de ‘bons corações’ que enformam e alimentam este tipo de ‘ondas sociais de indignação’.

Que são reaccionárias e puritanas, não há dúvidas, não tenho qualquer dúvida. Por muito que se multipliquem em colocar posts nas caixas de comentários dos artigos que os seus apaniguados conseguem publicar, dos jornais ao facebook, a realidade das coisas não se coaduna com o pretenso clamor que fingem emergir como opinião séria e válida do indigenato lusitano. O ‘bom povo’ sabe bem distinguir o que é sincera indignação, repulsa, nojo, perante uma malfeitoria, do folclore de oportunismo serôdio, pretensamente politico/partidário ou de ‘direitos’. Daí o desprezo com que presenteia este reaccionarismo e puritanismo, que não evita recorrer ao apelo à ‘morte’ dos que não comungam das suas ‘brilhantes cerebrações alucinogénias’. Ontem era o ‘sofrimento’ dos animais, a ‘violência’ contra as mulheres, o ‘meio-ambiente’, o não poderem fumar um charro em jeito de provocação.

Para os seguidores de hastags, #MeToo e quejandos, tudo o que cheire a regras de vivência em sociedade, isto é, condutas que os limitem na relação com os outros e o meio onde se movem, serve de pretexto e é motivo para ‘campanhas alternativas’ de fungagá. Eles são contra a policia, mas quando se manifestam, é a primeira entidade a quem recorrem, pedindo protecção, não vá alguém que discorde, usar os mesmos métodos que eles, perturbar o ‘passeio’. São contra a ‘ordem estabelecida’, mas a sua ‘luta’, é por um lugar à sombra do Estado, e uns generosos subsídios. Querem que se lhes reconheça o direito à diferença, e sendo pouco mais de um por cento, abusam da condescendência do viver em democracia, negando o Direito da maioria, que os tolera. A sua pretensa ‘modernidade’ não passa de um reaccionarismo abjecto, eivado de muito lixo. Mental e corporal.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Como não conhecem a História, assunto que lhes faz confusão e provoca espirros, funcionam como testas de ferro para o nascimento e proliferação dos populismos. É este o preço a pagar por viver-mos numa sociedade democrática? Será! Mas não convém abusar. Tudo tem um limite. E nem todos estão dispostos a suportar brincadeiras estúpidas. E o Inferno está cheio deste tipo de ‘boas almas’, ‘inocentes’ convenientes.

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