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Federação portuguesa defende que Caminho de Santiago não é uma rota de turismo

A presidente da Federação Portuguesa do Caminho de Santiago (FPCS), Ana Rita Dias, defende que o itinerário jacobeu “é uma rota de cultura e não de turismo”, pelo que é “preciso salvaguardar valores culturais” e realçar o que marca a peregrinação.

Falando nas comemorações do 20º aniversário da Associação Espaço Jacobeus, no sábado, dia 2, Ana Rita Dias disse aos participantes, “com muita clareza”, que a FPCS “pretende deixar a marca daquilo que é a peregrinação, um trabalho fraterno, de colaboração e de respeito na promoção” do itinerário, tal como fazem as associações jacobeias.
“O projeto da FPCS foi essencialmente pensado para levarmos a essência do caminho ao caminho. Ou seja, a essência partilhada nestas comemorações, as experiências, o apoio ao peregrino, esta rede de ajuda entre todos”, adiantou Ana Rita Dias.
“A visão da FPCS é que, efetivamente, o caminho de Santiago é um caminho de cultura, não é um caminho de turismo. E, portanto, é preciso salvaguardar os valores culturais; os valores da paz, fraternidade, direitos humanos, união, e é isso que nós também queremos salvaguardar”, explicou.
No entanto, afirmando não querer “enganar” os peregrinos, referiu que também há “uma estratégia política. Há uma estratégia política para o território, queremos dar a conhecer e levar peregrinos para o caminho, mas queremos uma peregrinação equilibrada, não um caminho de massas”.
“O caminho para ser sentido não pode ser feito à pressa para garantir lugar no albergue, tem de ser com tranquilidade, desfrutando da natureza, da paisagem”, adiantou Ana Rita Dias que, “puxando um pouco a brasa à sua sardinha”, afirmou ser esta a intenção em Vila Pouca de Aguiar (onde é vice-presidente da câmara municipal) em relação ao Caminho do Interior.
A presidente da FPCS considerou a Associação Espaço jacobeus “uma referência a nível nacional”, à qual deu os “parabéns pelo trabalho de excelência que tem feito”, com “associados ativos, dinâmicos e sempre interessados a fazer projetos novos e vencedores”.
“Independentemente das diferenças ou posições que possa haver, está no seu papel de associação de peregrinos defender os seus valores, interesses e de dizer quando não concorda com alguma coisa”, concluiu Ana Rita Dias.

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