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Fórum Cidadania, Cultura e Património

O Movimento de Cidadania Democrática dinamizou mais um fórum de reflexão dia 10 de setembro de 2022, no Museu da Indústria Têxtil do Vale do Ave, sobre Cidadania, Cultura e Património.

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«Não podia ter escolhido melhor local que este museu para homenagear a cultura e o património desta rica região» – assegurou um dos oradores que abriu as jornadas.

Imperativo de Cidadania, o Movimento de Cidadania Democrática congratulou-se pelos oradores que «nos brindaram» com os seus pensamentos e opiniões, «fulcrais numa sociedade cada vez mais submissa».

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«Património, palavra forte e rica mas quantas vezes incómoda e difícil de gerir. Herança do passado, deve ser hoje, cada vez mais, motivo de intervenção de cidadania».

Dos oradores participantes expressa-se, em síntese, as grandes ideias que procuraram partilhar.

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Paula Veiga falou sobre cultura e cidadania, «porque falar em património é também falar em cultura».

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Cidadania «como postura na vida, relaciona-se com os direitos e deveres humanos que regem uma sociedade», pelo que «é também conhecimento subjacente ao conjunto de comportamentos que formam o padrão identitário dum determinado grupo social».

A cultura enquanto expressão da cidadania «torna-nos melhores cidadãos, contribuindo para o crescimento pessoal dos indivíduos, numa primeira instância, bem como para o desenvolvimento do seu país» – advogou a docente Paula Veiga.

A multiculturalidade pode gerar conflitos que urge evitar pela aculturação, ou quando não possível por esta via, pela tolerância de valores e pela não discriminação.

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Na atualidade, cultura e cidadania, inseridas num «cenário de globalidade, podem sofrer algumas alterações que se tornam necessárias regular por via dos valores da inclusão».

«Portugal enquanto país aberto ao Mundo tem um papel fundamental na defesa do multiculturalismo» – no seu entender.

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Giovanni D’Amore, mais do que cidadão italiano ou português é um cidadão do Mundo que ama a cultura, a arte… a música.

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Para Giovanni, a cultura é o «sal da vida». Recordou com saudade a cultura do povo trabalhador do Vale do Ave, hoje bem retratado no Museu Têxtil da bacia do Ave. Na sua opinião, «estes espaços não devem ser espaços fechados, mas abertos à vida, para turistas e para todos os que precisam recordar o sabor da vida de outros tempos».

«Hoje, infelizmente temos uma falta de direitos face aos deveres que são precisos cumprir. O poder impõe-se sobre as nossas vidas quando devia dar liberdade para celebrar a cultura… a vida. Todas as formas de cultura deveriam ser acarinhadas e não apenas aquelas que nos querem impor».

Para Giovanni, cultura e cidadania devem «andar de braço dado pelo mundo, vencendo as barreiras impostas pelos países cada vez mais tecnológicos».

Giovanni defende as tradições, os valores, os sons, sabores e cheiros de cada lugar.

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Terminado o tempo de intervenção destes oradores foi dada oportunidade ao público presente de expressar as suas opiniões, ou para colocar as suas interrogações.

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Assim, sobre a polémica do ensino, na escola pública, da Cidadania e Desenvolvimento, enquanto disciplina, Paula Veiga teve a oportunidade de refutar que a mesma «é vista de forma crítica, uma vez que preocupa o seu carácter obrigatório, com conteúdos polémicos, dado que aborda temas de carácter ideológico que fere os valores das famílias». Na sua opinião «concorre-se para a despadronização das famílias», defendendo que «esta disciplina deve ser pensada de forma diferente na sua estrutura e na forma de lecionação».

Neste mesmo debate, sobre as questões relacionadas com a pandemia da Covid 19 ficou a nota da existência de liberdade de opiniões sobre a sua ou não existência, comprovando deste modo que quer nos fóruns já realizados, quer para o Movimento de Cidadania Democrática, «esta é a verdadeira fundamentação da sua realização e existência, que sabe ouvir à esquerda, à direita, o a favor e o contra».

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Na continuidade do Fórum Cidadania, Cultura e Património não podia faltar a viagem na cápsula do tempo, do património industrial e da cultura do trabalho das gentes da bacia do Ave. Do tecnológico à vivência humana, Lopes Cordeiro transmitiu com paixão o «pulsar de uma região de grande riqueza cultural». «O som das máquinas na produção dos fios e tecidos, que foi ouvido “in loco”, reproduziram a voz de cada cidadão que nasceu e cresceu com o têxtil».

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Renato Epifânio falou das PASC (Plataforma das Associações da Sociedade Civil), como grupo diversificado «que tem a mais valia de dar voz a cada membro, partilhando as suas dinâmicas». A PASC assume também iniciativas de eventos de cidadania, como por exemplo, a atribuição do Prémio de Cidadania. «Juntos somos mais fortes é um lema de relacionamento entre os diferentes pares».

Sobre lusofonia apresentou o MIL (Movimento Internacional Lusófono), e o devir associado a esta dimensão. Referiu que, cada iniciativa realizada ou participada «é sempre um desafio» para os tempos seguintes, porque «a defesa da lusofonia não pode ter fronteiras». Em conclusão Renato reivindica uma maior e mais agregadora cooperação entre a plataforma dos países da CPLP.

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Cândido Ferreira falou sobre a defesa do Património e Cultura – Pensar global, agir local, definindo-se, intimamente, como «uma pessoa que tem o interesse pelo conhecimento e, pelo sentido da justiça. Por isso, pensar global é um dos seus desafios que dá largas à paixão da escrita». Pessoa multifacetada em termos de interesses e vivências, mostrou imagens da sua coleção “de vida”, que traduz também a sua cultura.

Lamenta o «silenciamento a que foi muitas vezes votado, sem que para tal tenha contribuído».

O seu testemunho e contributo de cultura estará representado no novo Museu do Colecionismo, sediado em Cantanhede, numa coleção diversificada, que apresenta uma grande riqueza de quadros de pintores conceituados, moedas de diferentes épocas e peças arqueológicas de diferentes culturas.

O seu agir local fica patente «na vontade de dar a conhecer a cultura enquanto cidadão ao serviço das comunidades».

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No debate realizado no final das intervenções destes oradores ficou, uma vez mais, a nota defendida por Renato Epifânio de que a PASC é «uma plataforma aberta a todas as associações, independentemente do seu espaço geográfico, tendo como premissa a defesa da lusofonia».

Cândido Ferreira defendeu a ideia de que em termos de arqueologia, «vive-se hoje, tempos de uma profunda anarquia, talvez um certo desnorte que em nada favorece a cultura».

Por último, Lopes Cordeiro demonstrou a sua «paixão» pelo tema do Património Industrial, do qual «procurou dar uma imagem diferente da imagem tipificada. A evolução da designação de arqueologia Industrial para património Industrial é também uma forma de conhecimento dos séculos XIX e XX».

«De Portugal às ex-colónias esta área de estudo é fértil em conhecimento cultural. Contudo, em Portugal continua a faltar a defesa destes espaços de cultura que podem dignificar o nosso legado de Património Industrial» – acusou.

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No encerramento o Presidente do MCD, começou por assinalar que neste dia 10 de setembro se assinalam duzentos anos da independência do Brasil, «mas ainda existe muito para fazer»! O MCD vai apresentar um «Plano de resposta de emergência nacional, face a crise que vivemos e que se vai agravar». A data prevista para apresentação deste plano é o dia 5 de outubro de 2022, quando será realizado mais um fórum promovido pelo MCD.

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Deste modo terminou uma tarde de Cultura, de Cidadania e de defesa do Património, que o Movimento de Cidadania Democrática pretende valorizar.

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