Só por razões muito válidas poderiam surgir tantas greves em simultâneo por toda a Europa.
Já que estamos em época de eleições cá em Portugal, é oportuno reivindicar os acertos da inflação e os atrasos ou desleixos na progressão dos profissionais.
Por vezes, os políticos esquecem quando um cidadão escolhe uma profissão. Ele imagina uma carreira premiada pelo empenho e honestidade na procura permanente da competência sempre atualizada.
Mas esquecem também que todos nós investimos imenso capital na informação, na cultura e na formação dos bons cidadãos e dos bons profissionais.
Acontece que por muito que qualquer Governo invista nesta área, existem regras que devem ser respeitadas para que o cidadão comum, depois de todo este sacrificio, (sem considerar o ensino superior e a investigação), não resolva emigrar.
Para isso, parece-nos importante que todos os nossos governantes, gestores, diretores e administradores recordem as palavras do primeiro Parágrafo deste texto.
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Acontece que o ser humano, porque é um animal de hábitos, esquece com imensa facilidade que a competência daquele trabalhador é importantíssima para a “mais-valia“ da instituição ou do próprio país.
Por isso me parece fundamental que todos os gestores recorram com alguma insistência à “teoria da hierarquia das necessidades“ de Abraham Maslow que envolve:
- Necessidades fisiológicas: fome, sede e sexo;
- Necessidades de segurança: seguro em casa, no emprego, na religião, nas descobertas científicas e noutras;
- Necessidades de amor, afeição, sentimentos de pertença como afeto e carinho.
- Necessidades de estima, tais como, reconhecimento das nossas capacidades pessoais mas também pelos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos.
- Necessidade de auto realização. “Wat humans can be, they must be: they must be true to their own naturel“.
Quando este ciclo motivacional não é respeitado então surgem as frustrações que assumem determinadas atitudes:
- Comportamento ilógico ou anormal;
- Agressividade por não poder extravasar a insatisfação contida;
- Nervosismo, insónia, distúrbios circulatório-digestivos;
- Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos;
- Passividade, moral baixo, má vontade, pessimismo, resistência às modificações, insegurança, não colaboração, etc.
Por isso, talvez a tal falta de produtividade que algumas pessoas tanto apregoam para manterem e justificarem os nossos ordenados tão dispares dos da restante Europa, esteja patente na falta de cumprimento destas Leis de Maslow.
Dá para concluir que afinal o problema reside mais na falta de cultura dos nossos Governantes e investidores do que na produção dos cidadãos.