Editorial

Tantas greves!…
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Jorge VER de Melo

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Só por razões muito válidas poderiam surgir tantas greves em simultâneo por toda a Europa.

Já que estamos em época de eleições cá em Portugal, é oportuno reivindicar os acertos da inflação e os atrasos ou desleixos na progressão dos profissionais.

Por vezes, os políticos esquecem quando um cidadão escolhe uma profissão. Ele imagina uma carreira premiada pelo empenho e honestidade na procura permanente da competência sempre atualizada.

Mas esquecem também que todos nós investimos imenso capital na informação, na cultura e na formação dos bons cidadãos e dos bons profissionais.

Acontece que por muito que qualquer Governo invista nesta área, existem regras que devem ser respeitadas para que o cidadão comum, depois de todo este sacrificio, (sem considerar o ensino superior e a investigação), não resolva emigrar.

Para isso, parece-nos importante que todos os nossos governantes, gestores, diretores e administradores recordem as palavras do primeiro Parágrafo deste texto.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Acontece que o ser humano, porque é um animal de hábitos, esquece com imensa facilidade que a competência daquele trabalhador é importantíssima para a “mais-valia“  da instituição ou do próprio país.

Por isso me parece fundamental que todos os gestores recorram com alguma insistência à “teoria da hierarquia das necessidades“ de Abraham Maslow que envolve:

  • Necessidades fisiológicas: fome, sede e sexo;
  • Necessidades de segurança: seguro em casa, no emprego, na religião, nas descobertas científicas e noutras;
  • Necessidades de amor, afeição, sentimentos de pertença como afeto e carinho.
  • Necessidades de estima, tais como, reconhecimento das nossas capacidades pessoais mas também pelos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos.
  • Necessidade de auto realização. “Wat humans can be, they must be: they must be true to their own naturel“.

Quando este ciclo motivacional não é respeitado então surgem as frustrações que assumem determinadas atitudes:

  • Comportamento ilógico ou anormal;
  • Agressividade por não poder extravasar a insatisfação contida;
  • Nervosismo, insónia, distúrbios circulatório-digestivos;
  • Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos;
  • Passividade, moral baixo, má vontade, pessimismo, resistência às modificações, insegurança, não colaboração, etc.

Por isso, talvez a tal falta de produtividade que algumas pessoas tanto apregoam para manterem e justificarem os nossos ordenados tão dispares dos da restante Europa, esteja patente na falta de cumprimento destas Leis de Maslow.

Dá para concluir que afinal o problema reside mais na falta de cultura dos nossos Governantes e investidores do que na produção dos cidadãos.

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