O lançamento do segundo livro de Daniel Jorge, ‘Olhares de um Sol Escuro’, que se realizou no passado sábado, dia 28 de outubro, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga, com um auditório quase cheio, foi um momento rico e intenso de palavras e música.
A sessão iniciou com um momento musical. Ana José Marques, no Violino, encantou o auditório com o Sicilienne de kreisler. Depois do momento musical a palavra foi dada ao professor Nuno Sousa, apresentador do livro.
Nuno Sousa foi professor do 7º e 8º anos de português do Daniel e teve um papel fundamental neste gosto pelas palavras do Daniel. «O que me traz aqui é a amizade, não podia recusar o convite do Daniel. Olhares de um Sol Escuro é o segundo livro do Daniel. O Daniel tem 17 anos. Ele pára, ele olha, ele observa».
PUBNuno Sousa entrou nas palavras, revelou momentos do livro, leu excertos com uma mestria que deslumbrou a plateia, destacou a complexidade do escrever e a coragem da criação das palavras e dos textos. «Temos uma evolução de maturidade, uma escrita de uma profundidade surpreendente. Editar um livro hoje, quando há milhares de livros, é um acto de coragem; e termos o Daniel nesta idade a publicar um segundo livro é algo que a todos devia fazer reflectir, pela capacidade de paz que as palavras nos trazem, de liberdade, de leveza, de um certo olhar ainda jovem e tão amplo e aberto”.
«Os textos ganham densidade e reúnem estas imensas pessoas em redor do que se escreve». Para Nuno Sousa «o importante é sentirmo-nos felizes a criar. Esta coragem de nos trazer os seus textos é única e tem em cada palavra um olhar profundo das realidades atuais e imagina as que se aproximam» – acrescentou o docente.
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Depois da apresentação foram lidos curtos excertos do livro a que se seguiu um novo momento musical. Maria Miguel Marques, no Violoncelo, tocou a Sonata em Mi Menor – Adagio, de Benedetto Marcello.
PUBFalou de seguida o autor, Daniel Jorge, que, para além dos agradecimentos, falou de forma notável e entusiástica do seu livro, ‘Olhares de um Sol Escuro’. «O livro aborda muitos temas e carrega várias interpretações em cada conto, história e até crónica. As crónicas, que foram escritas para o jornal Minho Digital e Notícias da Barca, falam na maior parte das vezes sobre questões morais e atuais, seja a guerra, o meio ambiente, este absurdo de um mundo que é único, é de todos, e todos parecem estar contra ele e todos contra todos. E o meu desejo é que as palavras criem harmonia, criem paz, pensem com paz, tragam paz, tragam música; que as palavras sejam um bem do nosso coração, da nossa energia e que elas nos levem na evolução humana do respeito e da liberdade».
Falou brevemente dos contos, das histórias, que «são já as minhas tentativas de criar algo maior e mais sólido, um conto único, amplo, e é nisso que trabalho» e das reflexões, «pensamentos que pairam no na escuridão do sol e trazem o desejo da vida».
PUBComo o tempo já ia longo, o momento das perguntas teve de ser curto, pois a sessão de autógrafos foi longa e os sorrisos, as palavras, a amizade, encheram o espaço da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.
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2 comentários
Daniel: respeito e liberdade.
A receita.
A minha liberdade termina quando começa a do outro.
Tudo super. Muito bom. Achei excelente. Fiquei encantada com o livro do Daniel…vou comprar.