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Kelly Pires foi ao Quénia fazer voluntariado

Uma monçanense esteve sete semanas em Nairobi, Quénia, a ajudar crianças e jovens. A estudante de Medicina natural de Mazedo, Monção, quis cumprir um sonho antigo e contribuir para o desenvolvimento do país. Kelly Pires promete voltar e desafia quem quer ter uma experiência destas. Correu imensos riscos mas nem isso a fez parar. Após uma experiência que certamente a marcará para toda a sua vida, não esconde a disponibilidade de um dia ali voltar. Ou a outro país onde entenda que pode dar algo de si, ajudar a minorar a dores e carências dos outros, independentemente da cor da pele ou religião. Um exemplo que a todos silencia e convoca à reflexão … 
A natural de Mazedo e com 20 anos está a estudar medicina na Universidade do Minho. No dia 22 de julho partiu para o Quénia. Sete semanas depois regressava com o “coração cheio” e a vontade de regressar. “O meu projecto era de saúde, consistia em fazer “health check ups” a todas as crianças da instituição Mamma Africa ONLUS que me acolheu, assim como assistir na clínica vizinha na favela, Mathare”. Adiantando que chegando lá fez muito mais. “Acabei por fazer muito mais, desde dar aulas, fazer gestão de recursos, pintar paredes, dar aconselhamento psicológico e antidrogas, tudo que precisassem e eu pudesse ajudar”.
“Sair da zona de conforto” e dar uma resposta social foram os motivos, que levaram Kelly a fazer voluntariado. Defendendo: “O voluntariado é uma excelente experiência, damos um pouco de nós ao mundo e recebemos imenso em troca”.
Da experiência trouxe a vontade de repetir a experiência e a certeza de que “não temos limite” e devemos partilhar tudo o que temos e sabemos. “Tudo o que temos devemos dar”. Lembrando que “foi a melhor experiência que podia ter vivo. Desenvolvi-me imenso a nível académico e pessoal, conheci realidades completamente diferentes, pude tocar imensas vidas e fiz amizades para a vida. Não podia pedir mais”.

Num país onde tudo faz falta e os índices de corrupção são elevados, Kelly Pires trouxe a imagem de “um país lindíssimo, com pessoas muito dedicadas, mas que se veem presas na sua pobreza pela grande desorganização política e financeira do país. Nas favelas, por outro lado, as condições de habitação e saneamento são miseráveis, assim como a alimentação e a educação a que têm acesso. Ajuda humanitária começaria por material tanto de construção como escolar e médico”.
Apesar da falta de meios, no Quénia Kelly diz que encontrou “uma segunda casa, desejo muito regressar. Além de mais, habita lá a minha amiga Marta Baeta que criou a sua própria organização “From Kibera With Love” na segunda maior favela de África, tive o prazer de conhecer e quero muito continuar a ajudar”.
Aconselhando a todos a fazer uma experiência de voluntariado internacional, Kelly Pires deixa alguns conselhos: “Não se podem cingir a livros, documentários, opiniões ou qualquer outro meio de informação, não há outra maneira de saber o que se passa noutra parte do mundo a não ser com os nossos próprios olhos. Aconselho toda a gente a ir e ter mente aberta, certamente se vão apaixonar pelo país, pelas pessoas, pela vida”.

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