Lendas e Mitos do Leste Brasileiro: o Gigante de Pedra

O Gigante de Pedra ou Gigante Adormecido da Guanabara é o nome popular de uma formação rochosa situada no litoral da cidade do Rio de Janeiro.

Segundo a história, a silhueta do gigante dormindo pode ser vista nas montanhas da cidade – desde a cabeça, na Pedra da Gávea, aos pés, no Pão de Açúcar. A internet oferece vídeo contando a história. Vale conhecê-la  e por  meio desse vídeo e aprender uma brincadeira para se divertir-se com as crianças.

O conjunto de montanhas do Rio de Janeiro forma uma imagem de um gigante de pedra deitado. Essa formação é conhecida como o Gigante Adormecido do Rio de Janeiro ou, ainda, o Gigante Adormecido da Guanabara. O perfil completo do gigante se estende por 20 km e engloba sete bairros da cidade: Barra da Tijuca; São Conrado; Leblon; Ipanema; Copacabana; Botafogo; Urca.

A cabeça do gigante deitado é formada pela Pedra da Gávea. Já os pés do gigante adormecido são formados pelo Pão de Açúcar. E o corpo? Engloba a Pedra Bonita, o Morro Dois Irmãos, o Corcovado e parte do complexo da Lagoa Rodrigo de Freitas.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Diz a lenda, contada por Theobaldo Miranda Santos, que ao chegarmos ao Rio de Janeiro, pelo mar, podemos ver, de longe, formado pelas serras que circulam a Bahia da Guanabara, um vulto imenso que oferece a impressão de um homem deitado, distinguindo, com perfeição, a cabeça, o peito e as pernas.

Conta a lenda que esse vulto é o corpo de um Gigante, que há milhares de anos, é o guardião da Guanabara,  mas que, tendo assassinado uma formosa índia, foi castigado por Deus que o transformou em pedra.

Os pescadores dizem que o Gigante de Pedra, às vezes, levanta-se e vai passear. Para isso, chama as nuvens e cobre os morros para que ninguém possa notar sua ausência.

Esta lenda é contada em versos pelo poeta Wilson Rodrigues:

 

Dizem os homens do mar

Que, quando o gigante dorme, 

Parece que sonha com o sol!

 

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Nos dias de muita luz,

Quando saem para pescar,

Lá veem, deitado na serra, 

O gigante a sonhar.

 

Ai! quando há nevoeiro,

O gigante nos abandona.

Para onde o gigante vai?

 

Vai pelo caminho das estrelas?

Vai pelos vales distantes?

Ninguém sabe para onde ele vai…

 

Mas, o nevoeiro passa,

E o gigante volta

Para dormir sobre a serra,

Bem junto do mar…

 

Volta, gigante de pedra,

Dorme, que a luz do sol é o teu luar!

 

A pesquisa continuada pela internet mostra interessante conteúdo a respeito do

 

GIGANTE ADORMECIDO 

O vídeo do comercial “O gigante não está mais adormecido”, que a Johnnie Walker produziu em 2011 especialmente para o Brasil, celebra o progresso do país. Uma das inspirações da marca foi o verso “Gigante pela própria natureza”, do Hino Nacional (Joaquim Osório Duque Estrada, 1909). Mas quem conhece a cultura do Rio de Janeiro sabe da história do Gigante de Pedra, eternizado pelo poeta Gonçalves Dias (1823-1864) e por pinturas de artistas estrangeiros que passaram pela Cidade Maravilhosa, sobretudo no século XIX.

 

Na entrada, pelo Norte na Baía de Guanabara, é possível apreciar, de longe, uma cadeia de montanhas de 20 quilômetros, aproximadamente.

Com boa vontade, o formato lembra o de um “corpo de um homem deitado de costas”. Neste perfil, a cabeça é a Pedra da Gávea (842 metros de altitude) e os pés, o Pão de Açúcar (396 metros).

 

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Junto ao litoral carioca, o “vulto humano” se estende por bairros das zonas Sul e Oeste (Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e Urca), como se estivesse protegendo a costa.

No outro lado da Baía de Guanabara é possível apreciar a Serra dos Órgãos, que recebe esse nome devido aos picos que lembram os tubos de órgãos de igreja, incluindo o Dedo de Deus.

E o tom de Teresópolis parece não incomodar um outro gigante neste imenso anfiteatro, como mostra a silhueta do Pico da Tijuca, o ponto mais alto do Parque Nacional da Tijuca (1.021m), e do perfil superior dos seus demais vizinhos na Zona Norte.

Ele está quietinho em seu secular sono de pedra, com o nariz sendo o cume do PNT e o restante do corpo descendo em direção ao Grajaú.

Críticos de plantão aproveitam as formações bizarras para falarem de forma sarcástica que o Brasil está deitado de pernas para o ar.

Outras pessoas ironizam dizendo que que ele prefere ficar em sono profundo a fantasiar sensações, justamente para não sofrer acordado com as injustiças.

Há quem diga que dormiu em berço esplêndido, após perguntar para os céus “o que estão fazendo com o mundo?” e não encontrar respostas.

O pessimismo dos críticos corre na contramão de uma famosa campanha mundial da Johnnie Walker.

 

Segundo a propaganda, “uma lenda diz que o futuro pertencia ao gigante, mas que ele nunca acordaria e que o futuro seria para ele sempre isso: futuro.

No entanto, com o passar do tempo ficou claro que nem mesmo as lendas devem dizer ‘nunca’… acordou, ergueu-se sobre a terra da qual era parte e ficou de frente para o horizonte”.

Dádiva da natureza e produto da erosão, a estranheza das esculturas é prato cheio para os que acreditam em marcas da presença dos fenícios, obras de extraterrestres ou até mesmo significados esotéricos.

Por falar em lendas, os descobridores do Brasil teriam escutado dos índios uma série delas, entre elas a da batalha travada por Deuses em um planeta distante, com dois irmãos fugindo para a Terra em um pássaro voador.

 

A dupla foi perseguida por inimigos, em um outro pássaro de fogo, e acabou morrendo na luta ocorrida sobre as águas da Baía de Guanabara.

Em seguida, Deuses os homenagearam com marcas nas montanhas para deixá-los eternamente lembrados.

Segundo a lenda, eles foram enterrados em um local protegido das “maldições e bruxarias” daqueles seres.


No Morro Dois Irmãos, no Leblon, as duas formações rochosas unidas parecem usar mantos.

Já o pássaro seria a sombra no Pão de Açúcar batizada como Íbis, ave sagrada que era criada nos templos e enterrada mumificada junto aos faraós no antigo Egito.

De acordo com a mitologia egípcia, o gigante deitado com uma Íbis acorrentada aos pés só vai se levantar, indicando os destinos da humanidade, no dia em que a ave se livrar das amarras e voar.

 

António J. C. da Cunha

Empresário luso-brasileiro no Rio de Janeiro

Natural de Geraz do Minho – Portugal

Academia Duquecaxiense de Letras e Artes

Associado do Rotary Club Duque de Caxias – Distrito 4571

Membro da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade

Membro da CPA/UNIGRANRIO

Diretor Proprietário da Distribuidora de Material Escolar Caxias Ltda

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7 comentários

  1. Bom trabalho de recolha.
    A divulgação desta curiosa e bela natureza merece elogio.
    Continua primo com estes trabalhos que por certo te agradam e que ajudam muito o conhecimento a quem tem interesse . Mantém saúde. Grande abraço JVR

    1. Estimado primo Júlio Vale Rego: Mui grato pelo que acrescentas. Sinceramente sinto me bem na pesquisa e divulgação da cultura que integra brasileiros e portugueses. Sempre a serviço do bem. Mas a satisfação é maior quando sou levado a conhecer que pessoas cultas e mui queridas acompanham e demonstram interesse pelo conhecimento do que vos dou a saber. Haja para nós bons momentos de paz e muita saúde. Antônio J C da Cunha, um Vale Rego.

  2. Texto instigante e emoldurado com belas imagens. A menção à Serra dos Órgãos pode levar ã conclusão de que o maciço conhecido como “Dedo de Deus” está localizado no município de Teresópolis, quando de fato está totalmente inserido no território do município de Guapimirim, RJ.

  3. Estimado primo Júlio Vale Rego: Mui grato pelo que acrescentas. Sinceramente sinto me bem na pesquisa e divulgação da cultura que integra brasileiros e portugueses. Sempre a serviço do bem. Mas a satisfação é maior quando sou levado a conhecer que pessoas cultas e mui queridas acompanham e demonstram interesse pelo conhecimento do que vos dou a saber. Haja para nós bons momentos de paz e muita saúde. Antônio J C da Cunha, um Vale Rego.

  4. Meu agradecimento especial ao estimado e querido Antônio J C da Cunha – fico encantada com as mateiras enviadas – cultura clara e encantadora. Obrigada.

  5. O nosso Amigo Antônio JCCunha, nos brindar mais uma vez com as suas pesquisas sobre as mais variadas estórias desse rico acervo da cultura do nosso imenso Brasil e traz para nós que vivemos no Rio de Janeiro, que por certo a grande maioria desconhece , as imagens falam por si , mostrando que contamos com enorme guardião que pena que fique o tempo dormindo e só acorde quando não podemos vizualizar, o que estará fazendo nesse curto período, talvez esteja sambando ou indo ver o futebol que não resta nenhuma dúvida que tem bom gosto, mas, a nossa capital precisa que ele fique acordado por um tempo muito maior pra que ele possa conter os desmandos dos que governa este Estado e conter tantas mazelas em que os cidadãos de bem se submetem as suas vidas. Parabéns ??????

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