Lendas do Paraná (Brasil)

A edição de hoje é dedicada ao Estado Paraná, o penúltimo na ordem de aproximação saindo da região Leste com direção ao sul do País.

Pretendo, inicialmente, mostrar espetos geográficos e históricos, para depois prosseguir comentando sobre o assunto do qual tenho me ocupado ultimamente, mostrando algumas lendas. Aliás, este Estado, é riquíssimo em tudo que sobre ele se possa falar ou escrever, incluindo o seu folclore, com origem em inúmeras fontes.

 

HISTÓRIA DO PARANÁ

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

História do Paraná é uma série de conhecimentos da história do Brasil, que se volta para o estudo dos fatos históricos a partir das primeiras expedições exploradoras, no século XVI, até hoje. Entretanto, a história estadual se inicia antes do descobrimento do Brasil, no momento em que os primeiros moradores do que é hoje o território do estado foram os três povos indígenas, a saber: tupi-guaranis, caingangues e xoclengues. As primeiras cidades fundadas no Estado são: Paranaguá, Curitiba, Castro, Ponta Grossa, Palmeira,  Lapa, Guarapuava e Palmas. Os primeiros moradores das terras que hoje pertencem ao Estado do Paraná durante a época em que os portugueses descobriram o Brasil, são os carijós na costa, do grupo tupi e os caingangues do jê.

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No período pré-colonial, a região ficou, no século XVI, esquecida por Portugal e foi explorada outros países, que buscavam especialmente madeira de lei. As mais importantes expedições foram as espanholas, trazendo os religiosos da Companhia de Jesus, que fundaram centros de povoamento no oeste do Paraná, Estado cujo território pertencia em grande parte à coroa Espanhola. Entre 1521 e 1525, a região do quadrilátero fluvial formado pelos rios Paraná, Paranapanema, Tibagi e Iguaçu teria sido percorrida por Aleixo Garcia, liderando uma bandeira, a qual ultrapassou o Rio Paraná perto das Sete Quedas e chegou até a Cordilheira dos Andes. Em janeiro de 1542, o conquistador espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, seguindo pelo Caminho de Peabiru, chegou às Cataratas do Iguaçu, sendo o primeiro europeu a descrevê-las, na sua obra “Comentários”. Além de Cabeza de Vaca, também passaram pelo atual território do Estado do Paraná, os exploradores alemães Hans Staden, em 1549, e Ulrich Schmidl, em 1552. Em 1554, Ontiveros, a uma légua do Salto das Sete Quedas, foi fundada por Domingo Martínez de Irala, Governador do Paraguai. Posteriormente, há três léguas de Ontiveros, foi fundada a Ciudad Real del Guayrá, na foz do Rio Piquiri. Em 1576, os espanhóis fundaram à margem esquerda do rio ParanáVila Rica do Espírito Santo. Com três cidades e diversas “reduções” ou “pueblos” a região era à época conhecida como “Provincia Real del Guaira”. Nos primeiros anos do século XVII, depois de se descobrir ouro em terras paranaenses, os luso-brasileiros iniciaram a ocupação da região, através de bandeiras que saíam de São Vicente. Já em 1629, os estabelecimentos dos padres jesuítas, exceto Loreto e Santo Inácio, sofreram destruição completa dos bandeirantes paulistas e, em 1632, Antônio Raposo Tavares cercou e destruiu Vila Rica, último reduto espanhol com capacidade para que fosse oferecida resistência.

No Paraná, uma região aurífera foi descoberta, antes de Minas Gerais. Os povoadores se estabeleceram assim no litoral como no primeiro planalto paranaense. O povoamento era mais concentrado em Paranaguá, núcleo, por certa época, da sociedade mais meridional da América Portuguesa. Quarenta e quatro anos após Paranaguá ter sido fundada (1648), em 1693, Curitiba foi elevada à categoria de vila, sendo transformada no centro que comandaria a expansão territorial do Paraná. Era muito difícil explorar o ouro, porque não eram conhecidos métodos de exploração decentes, e também porque a mão de obra era escassa. Dessa forma, durante a descoberta de ouro em Minas Gerais, esse minério do Paraná deixou de ser totalmente importante. Apenas em 1820 o território ocidental do Paraná foi entregue à coroa portuguesa passando a ser politicamente anexo à Província de São Paulo, recebendo o nome de “Comarca de Curitiba”. O povo parnanguara começou a se dedicar à lavoura e o curitibano, à pecuária. Curitiba prosperou porque era necessário alimentar e transportar os mineradores das Minas Gerais. Com o Caminho Viamão-Sorocaba aberto, o qual fazia a ligação entre o Rio Grande do Sul e São Paulo por intermédio da região de Curitiba, teve início uma fase nova no histórico paranaense: o tropeirismo, o qual havia se estendido pelos séculos XVIII e XIX. Espalharam-se as fazendas de pecuária e a figura humana principal começou a ser o fazendeiro tropeiro, ou seja, aquele que vendia tropas de gado, principalmente muar.

A comarca de Paranaguá e Curitiba, que integrava a Capitania de São Paulo, foi fundada em 19 de novembro de 1811. Mesmo após a independência do Brasil ter sido proclamada, a região se subordinava continuamente à Província de São Paulo. Em 6 de fevereiro de 1842, Curitiba foi elevada à categoria de cidade por uma lei provincial paulista. Em 29 de agosto de 1853, enfim, o imperador Pedro II do Brasil assinou a Lei Imperial n.º 704, que criou a Província do Paraná, a qual foi criada por motivos diversos. Podem ser citados três: uma punição pela participação dos paulistas na Revolta Liberal de 1842, um acordo pelo apoio oferecido pelos paranaenses à Revolução Farroupilha e o cultivo lucrativo da erva-mate; Curitiba foi transformada em capital e Zacarias de Góis foi nomeado como o primeiro presidente da província. Naquele tempo, ademais do comércio de gado, a produção de erva-mate se expandiu muito. Devido à reduzida população provincial, foi iniciado um programa oficial de imigração europeia (especialmente polonesesalemães e italianos), o qual colaborou para que fossem expandidas a colonização e o aparecimento de novas economias. Após a República ter sido proclamada (1889), intensificou-se o povoamento do Paraná, principalmente na região das terras roxas do norte do estado. Ali, fazendas cafeeiras e cidades se fixaram nos talvegues dos três rios: ParanapanemaCinzas e Jataí. Durante a administração do presidente Floriano Peixoto, a Revolução Federalista e a Revolta da Armada repercutiram no Paraná, em que foram travados muitos combates. Em 1912, iniciou-se a Guerra do Contestado, duelo de oposição entre os habitantes empobrecidos da região que se situa dentre os rios UruguaiPelotasIguaçu e Negro, e as forças oficiais, além do Paraná e Santa Catarina disputarem a área, motivando a denominação e o conflito acabou em 1916.

ALGUMAS LENDAS DO ESTADO

Lenda do homem do saco

Conta a lenda que todo menino peralta devia se preocupar com um senhor de idade já bem avançada que andava por aí com um enorme saco nas costas, era o chamado velho do saco. A lenda não lhe dá nome e nem é bem clara em suas características, só dizia ser um velho de roupas rasgadas, dentes pretos e ralos, dizia também ser corcunda. Contavam que o velho do saco pegava meninos malcriados e que faziam travessuras, meninos que desrespeitavam os pais e bagunçavam nas escolas, colocava dentro do saco e levava para a casa dele. Também não dizia o que acontecia com os meninos capturados pelo velho e nem citava como exemplo algum dos que tinham sido vítimas do saco. Por causa dessa história, muitos meninos passavam a se comportar em suas casas, escolas, e com respeito diante dos mais velhos. Era o efeito velho do saco. Fonte: https://www.mitoselendas.com.br/2013/09/a-lenda-do-velho-dosaco.html Ensino Fundamental Fase I Ilustrado pela aluna: Ana Beatriz da Costa Doneda – 3º ano Escola Municipal Deusdete Ferreira de Cerqueira Neto Professora mediadora: Cintia Rosa da Silva Paranavaí – Paraná

Lenda da gralha-azul

Segundo uma das versões mais difundidas da lenda, a gralha-azul era uma ave totalmente preta, assim como a maior parte dos corvídeos.

Conta-se que, certo dia, a gralha-azul assumiu uma missão divina que a tornaria muito útil e a distinguiria de outros animais da sua espécie no que diz respeito à importância.

Deus havia feito um pedido de ajuda a todas as aves, pois precisava que as sementes de araucária fossem espalhadas de modo a darem origem a novos pinheiros.

A maioria das aves do local ignorou o pedido de Deus. A gralha-azul foi a única a se mostrar disponível para a tarefa. Assim, Deus deu a ela um pinhão.

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Gralha-azul com pinhão

 

Ao receber a semente, a ave a colocou no solo e bateu nela com seu bico até que todo o pinhão ficasse enterrado.

Esse ato foi repetido inúmeras vezes, com as diversas sementes que foi recebendo. Com o passar do tempo, as sementes começaram a brotar e posteriormente viraram belas árvores.

Assim, uma grande extensão do território foi sendo coberta por vegetação, dando origem a uma enorme floresta de araucária. Isso só foi possível graças à gralha-azul.

Como retribuição pelo empenho, Deus presenteou a ave com uma espécie de manto de cor azul que cobriu o seu corpo, fazendo dela a única ave a ter penas de tal tonalidade.

Atualmente uma Lei protege a existência da araucária tornando crime a sua derrubada a qualquer pretexto.

Em algumas viagens a serviço da Campanha Nacional de Escolas Comunidade, acompanhando o Dr. Felipe Tiago Gomes, pude ver inúmeras e belas árvores, conhecendo sua história e sua importância, A araucária é o pinheiro do Paraná. E dela são colhidos  frutos chamados “pinhões” e que são ricos alimentos que contribuem para a economia e sustento do povo do interior paranaense.

A gralha-azul vive em bandos de 4 a 15 elementos

 

Uma segunda versão da lenda conta que, uma vez, a gralha-azul estava dormindo e foi repentinamente acordada pelo barulho de um machado. Tratava-se de um lenhador que tentava derrubar o pinheiro no qual ela contemplava a natureza ao seu redor..

Assustada, a ave voou bem alto em direção ao céu. Lá, ouviu uma voz que pedia a ela que voltasse para a árvore e ajudasse a proteger a floresta, plantando cada vez mais pinheiros.

A gralha-azul atendeu prontamente o pedido. Como forma de agradecimento e recompensa pela ajuda, a ave foi contemplada com penas azuis como o céu.

Curiosidades sobre a gralha-azul

A gralha-azul é uma ave de aproximadamente 40 centímetros de comprimento, de corpo azul e cabeça preta.

A área de distribuição da ave no território brasileiro vai desde o estado do Rio de Janeiro, na Região Sudeste, até o Rio Grande do Sul.

Em 1984, ela foi consagrada como ave-símbolo do estado do Paraná, pela Lei Estadual nº 7957.

A gralha-azul também teve impacto na maior premiação paranaense atribuída a artistas de teatro, inspirando assim o Troféu gralha-azul.

Troféus da premiação de 2016/2017

 

De acordo com a lenda, há muito tempo, a gralha-azul era apenas uma gralha parda, semelhante a outras de sua espécie. Mas um dia, a gralha azul resolveu pedir para Deus lhe dar uma missão que a faria muito útil e importante.

Deus lhe deu, então,  um pinhão, que a gralha pegou com seu bico, com toda força e bastante cuidado. Abriu o fruto e comeu a parte mais fina. A outra parte mais gordinha resolveu guardar para depois, enterrando-a no solo. Porém, alguns Ela esqueceu o local onde havia enterrado o restante do pinhão. A gralha procurou muito, mas não encontrou aquela outra parte do fruto. Com o passar dos dias, porém, ela percebeu que nasceu uma pequena araucária na área onde havia enterrado a semente. Então, toda feliz, a gralha-azul cuidou daquela árvore com todo amor e carinho. Quando o pinheiro cresceu e começou a dar frutos, ela passou a comer uma parte dos pinhões e enterrar a parte mais gordinha (semente), dando origem a novas araucárias. Em pouco tempo, conseguiu cobrir grande parte do estado do Paraná com milhares de pinheiros, dando origem à floresta de Araucária. Quando Deus viu o trabalho da gralha-azul, resolveu dar um prêmio a ela: pintou suas penas da cor do céu, para que as pessoas pudessem reconhecer naquele pássaro- seu esforço e dedicação. Assim, a gralha, que era parda, tornou-se azul. Fonte: http://www.lendas-do-parana.noradar.com/lenda-da-gralha-azul/

CIDADE DE CASCAVEL

Origem do nome da cidade de Cascavel Paraná O termo ‘cascavel’ origina-se de uma variação do latim clássico “caccabus”, cujo significado é ‘borbulhar d’água fervendo’. Segundo a lenda, o nome surgiu de um grupo de colonos que, pernoitando nos arredores de um rio, descobriram um grande ninho de cobras cascavéis, denominando então o local como “Cascavel”. A sonoridade do guizo originou o nome da serpente: do latim “tintinnabulum”, literalmente “o badalar do chocalho”. Símbolo de poder e sabedoria, a serpente era cultuada na antiguidade. Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/cascavel/historico

 

Obs. Na próxima edição teremos a continuação da pesquisa .

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Naturalidade Portuguesa

Nacionalidade Brasileira – Ministério da Justiça do Brasil

Cidadão Duquecaxiense – Câmara Municipal Duque de Caxias

Academia Duquecaxiense de Letras e Artes

Associado do Rotary Club Duque de Caxias – Distrito 4571

Coordenador do Banco de Cadeiras de Rodas do RC Duque de Caxias

Membro do Conselho Central da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade

Cavaleiro Comendador da Ordem dos Cavaleiros de Santo André

Diretor Proprietário da Distribuidora de Material Escolar Caxias Ltda.

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2 comentários

  1. Antonio JC Cunha, meu amigo e meu padrinho em Rotary, no qual agradeço muito por passar a conviver com muitas pessoas que se interessam pela Humanidade . Sempre disposto a trazer para todos culturas do Brasil – Portugal – Espanha- Holandeses – Ingleses – Alemão – Africa , emfim muitos que estiveram nessa terra gêntil e fértil. Sem dúvidas a História do Nascimento do Estado do Paraná é muito rica e após quase alguns séculos se transformou num Estado que nos orgulham muito, poís se desenvolveu ricamente. A história do Velho do Saco, sem dúvidas se espalhou pro todo o Brasil, veja eu era uma criança entre os meus 5 a 8 anos, essa lenda do Velho do Saco , já ocorria na cidade de Jaguaruna – Ceará, por que digo isso, tinha um Senhor Velho que o tal muito se parecia com essa peersonagem, e eu os meus amiguinhos não podia vê-lo que nós corriamos pra dentro de casa e só saimos quando não podiamos vê-lo mais. Muito enriquecedor pra todos que gostam de saber sobre as curiosidades do nosso Brasil. Parabéns e obrigado.

  2. Muito importante a divulgação dessas lendas, que enriquece a língua portuguesa e ativa o imaginário infantil. PARABÉNS

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