A primeira Conferência sobre o Clima na Terra teve lugar em Marraquexe no ano de 1979.
A comunidade científica ali reunida lançou as bases para a definição da ameaça climática no planeta. Todavia, os lideres mundiais presentes não quiseram então avançar com medidas para travar as perigosas alterações climáticas que já se adivinhavam.
Foi, então, anunciado o lançamento do Programa Mundial do Clima, que viria a conhecer desenvolvimentos nos anos seguintes.
As grandes mudanças climáticas
São já conhecidas as principais consequências das mudanças climáticas e os problemas ambientais daí decorrentes, que estão já a afectar o mundo. A variação da incidência solar motivada pelo buraco no ozono protector, e as dinâmicas da litosfera que resultam em perturbações à superfície da Terra, e que têm origem maior na continuada queima dos combustíveis fósseis, são consideradas por muitos estudiosos e ambientalistas o principal factor das alterações no comportamento climático. Desde logo, o degelo das calotas polares e dos glaciares e o consequente aumento do nível do mar, terão como resultado que, a breve trecho, se verifique o aumento do nível dos mares, e a médio prazo a mudança das grandes correntes oceânicas. Espera-se que estas profundas alterações venham a contribuir para ainda mais gravosos resultados nas mudanças climáticas em todo o planeta.
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A temperatura da Terra conhece já aumentos significativos, o que torna (quase) irreversível a sua natural regeneração, ainda que parcial
Estudos científicos permitem estimar que, a este ritmo, até ao fim da sétima década deste milénio a temperatura global sofrerá um aumento médio de cerca de três graus, o que, segundo o Secretário Geral das Nações Unidas afirmou há dias terá consequências catastróficas para todas as espécies que habitam o planeta. Registe-se que no ano 2016 foi batido o recorde quanto ao aumento da temperatura média anual, sendo considerado o ano mais quente da história.
O grande aumento de gases na atmosfera, tem elevado a temperatura do ar e ocasionando o que se entende como aquecimento global. A não ser contido, este aumento está muito perto de ser considerado irreversível.
O exponencial aumento de fenómenos climáticos extremos
O aquecimento global tem precipitado o aumento das inundações em múltiplas geografias do planeta, causando grandes tragédias e deixando sem lar muitas centenas de milhar de famílias. Nas próximas décadas, enquanto diferentes regiões enfrentam a falta de água – porque as chuvas se vão tornando cada vez mais escassas – outras vão ver repetidos trágicas inundações.
Na Oceânia, mormente na Austrália, o aumento das temperaturas irá provocar o aumento das tempestades e as consequentes inundações. “Segundo o Instituto Potsdam de Pesquisa sobre o Impacto Climático; o aumento das temperaturas faz com que haja maior acúmulo de energia em maiores distâncias nos oceanos, favorecendo a ocorrência de furacões, também chamados de ciclones tropicais, até mesmo em áreas que antes não eram tão afectadas.”
Escassez de água
PUBA escassez pluviométrica motivada pelo aumento das temperaturas, vai reduzindo, aos poucos, os recursos hídricos, fazendo com que vastas regiões, outrora de culturas verdejantes e prósperas entrem em seca severa ou mesmo extrema, com consequências dramáticas inclusive no que toca às necessidades dos animais e à produção de toda a sorte de bens alimentares destinados às populações.
Não bastando já os que se vão registando por outras razões, onde falta a água sempre estarão potenciadas condições para que se gerem mais conflitos.
A saúde humana
Segundo especialistas, as mudanças climáticas são, sem sombra de dúvida, directamente responsáveis pelo aparecimento de novas doenças e pelo agravamento de outras. Os eventos extremos e as sucessivas ondas de calor são factores propiciadores da degradação da saúde em largas camadas das populações em todo o mundo. Os exemplos do que está a acontecer em matéria de mortes em todos os continentes, motivadas pelos acontecimentos extremos descritos, são disso exemplo.
O que está a acontecer em Portugal
Pela natureza da sua geografia, Portugal está entre os países europeus mais expostos ao impacto das alterações climáticas. Trata-se de uma zona geográfica onde já se registam secas preocupantes, múltiplos e persistentes fogos florestais, e uma significativa erosão da linha de costa devido à significativa subida do nível médio do Atlântico.
Portugal e Espanha são, portanto, das regiões europeias mais afectadas pelas alterações climáticas, e têm vindo a enfrentar ameaças climatéricas cada vez mais preocupantes.