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Romaria d’Agonia arrancou com programa inédito de 9 dias e procura sem precedentes

A edição da Romaria d’Agonia de 2023 arrancou em Viana do Castelo, estreando um modelo de nove dias de festa que recupera antigas tradições e que a associa aos tempos atuais, como a cidade europeia do Desporto, entre uma procura sem precedentes para participar nos desfiles e cortejos.

No primeiro dia começou a funcionar a Praça da Música, em que a Orquestra Sopro de Cordas, Contraponto e Orquestra de Baile Maestro José Pedro actuaram na Praça da Liberdade, recuperando uma antiga tradição associada à festa.

“Desafia o público a retomar e recriar o baile à moda antiga, com música e trajes das décadas de 20, 30 e 40 do século passado. Era algo com muito impacto na cidade e na sociedade vianense”, explica António Cruz, membro da VianaFestas, promotora das festas da cidade.

Num ano em que Viana do Castelo foi escolhida com Cidade Europeia do Desporto, recebendo dezenas de eventos nacionais, a Praça da República, um dos pontos centrais da festa, transformou-se na quarta-feira, 16 de agosto, na “Praça do Desporto na Romaria”, associando a prática de hóquei em patins, basquetebol, ténis de mesa, teqball e futebol de mesa, entre outras modalidades, com centenas de atletas.

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Nesta edição será ainda recuperada a tradição do “fogo preso” na avenida marginal, pelas 24:00 desta sexta-feira, 18 de agosto, logo após centenas de elementos de nove grupos do concelho subirem ao palco da Praça da Liberdade para o Festival de Folclore.

“Temos igualmente a tradicional Festa do Traje, no Centro Cultural, na quarta-feira à noite, com cerca de 200 participantes, dedicação às memórias do povo, com destaque para ‘O Traje e os Ofícios’. Além disso, paralelamente, e porque o traje é componente essencial da festa, está patente uma exposição fotográfica ao longo do jardim marginal, que explica cada uma destas peças ao pormenor”, recorda António Cruz.

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O emblemático Desfile da Mordomia, destaque maior do dia de quinta-feira, 17 de agosto, saíu às ruas da cidade às 16:00 com o maior número de sempre de mulheres vianenses devidamente trajadas e ouradas.

“Serão 906 mordomas a desfilar, algo nunca visto, num ano de festa que tem a particularidade de distribuir o programa por mais dias. Isso permite ter um grande momento da festa em cada dia e não um programa tão apertado”, explica António Cruz, recordando a Romaria vai decorrer até 22 de agosto.

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O típico cortejo histórico-etnográfico volta a sair à rua, como manda a tradição, às 16:00 de sábado, 19 de agosto, prolongando-se por várias horas desde a Alameda 5 de Outubro até à Alameda do Campo d’Agonia, que vai recordar o 100.º aniversário da abertura do primeiro museu em Viana do Castelo e da cerâmica no concelho.

“Tivemos a maior procura de sempre de pessoas para participar no cortejo. Serão mais de 3000 figurantes que vão participar nos vários quadros que compõe o cortejo deste ano”, sublinha igualmente António Cruz, membro da VianaFestas.

Ainda no sábado, mas à noite, os moradores da Ribeira de Viana do Castelo vão para a rua preparar os tradicionais tapetes – este ano com 40 toneladas de sal – que no dia seguinte serão percorridos pelos andores no regresso da imagem da Senhora d’Agonia, padroeira dos pescadores, no regresso da procissão ao mar e ao rio, com dezenas de embarcações de pesca envolvidas.

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A festa volta a fazer-se alvoradas festivas, revistas de gigantones e cabeçudos concertos musicais pela cidade, quase diários, com os principais eventos a poderem ser acompanhados em directo através dos órgãos locais e nas páginas da Romaria nas redes sociais.

A festa tem ainda a particularidade de contar pela primeira vez com uma aplicação informática, denominada “Romaria n’Algibeira”, que permitirá acompanhar a evolução da festa, com informação em tempo real sobre a cidade.

“Estamos a falar de um modelo de festa de nove dias, nunca feito antes, mas ao mesmo tempo com um nível de interesse para participações sem paralelo. Por isso será muito útil o inquérito de satisfação da festa de 2023, tal como aconteceu em 2022, numa iniciativa do município”, destaca António Cruz.

O programa da festa deste ano, que só fecha na terça-feira, ainda inclui o “Arraial da Romaria”, durante a madrugada, junto ao forte de Santiago da Barra, o ‘peddy paper’ – “À descoberta na Romaria” pela cidade e concertos de Sons do Minho (17 de agosto), Augusto Canário e Amigos (18 de agosto) e de Paulo Baixinho, no encerramento.

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Programa: https://festasdagonia.com/

Fogo de artifício da Romaria d’Agonia promete novidades e 100 mil disparos em quatro espectáculos

O fogo de artifício da Romaria d’Agonia de 2023 vai envolver de 100 mil disparos, em quatro espetáculos diferentes, com o habitual destaque para a serenata de domingo, no rio Lima e na ponte Eiffel, trabalho este ano a cargo da premiada empresa Macedos Pirotecnia.

“A Romaria da Senhora d’Agonia é icónica. Qualquer empresa gostaria de trabalhar para os seus romeiros, desta vez seremos nós a mostrar a nossa arte”, explica Fernando Macedo, diretor comercial e de qualidade e de projetos daquela pirotecnia, da Lixa, que já tinha concorrido à festa vianense, sendo escolhida este ano pela primeira vez.

“O maior desafio é sempre fazer o melhor design para Serenata, pois aí é que teremos todos os romeiros para ver o fogo de artificio à beira-rio. E depois é um espetáculo emblemático, é necessário sempre inovar, temos consciência disso e tentamos fazer o melhor para os melhores”, sublinha.

A Macedos Pirotecnia vai assim assegurar os espetáculos de fogo de artifício nas noites de 17 a 20 de agosto, que incluem o tradicional “Fogo Preso” na sexta-feira e o “Fogo do Meio ou da Santa” no sábado, além da serenata no domingo.

“A serenata terá uma interação mais próxima do público e faremos uma apresentação emblemática da Senhora d’Agonia, que creio que ficará na memória, mas não posso dizer muito mais, senão deixa de ser novidade”, brinca.

No caso do espectáculo de fogo preso, na marginal, que no passado era tradicional nas romarias minhotas, serão representados “elementos que se usavam no passado”, aliados “com alguma tecnologia do presente”.

Tudo somado, reconhece Fernando Macedo, serão quatro dias de uma “cadência muito elevada de disparos pirotécnicos”, sobretudo nos quatro espetáculos principais.

“Teremos à volta de 100 mil disparos de tiros e descargas pirotécnicas”, avança o responsável da empresa, que recorrentemente, entre outros espetáculos, tem assegurado o fogo de artifício da passagem de ano no Funchal, ilha da Madeira.

“Todos os espectáculos de pirotecnia são únicos e praticamente quase irrepetíveis, cada localização é única e tem de ser enquadrados no espaço, para as Festas da Agonia com o peso que tem na tradição e visibilidade”, reconhece ainda.

Entre vários outros prémios nacionais e internacionais, a Macedos Pirotecnia recebeu já este mês, em Montreal, Canadá, o “Júpiter de Bronze” e uma distinção na 37.ª edição do “Montreal International Fireworks Competition”, como menção honrosa, “pelas suas iniciativas em contribuir para a projeção ambiental bem como para o desenvolvimento de tecnologias verdes”.

Sobre o fogo de artifício da Romaria d’Agonia de 2023, Fernando Macedo prefere não comparar com os anos anteriores: “Só final de cada espectáculo é que conseguimos saber se essa mensagem passou para o publico ou não, e isso identifica-se na reação do público”.

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