17 de março – No Dia Mundial do Teatro…

Viva o Teatro!

Assisti há pouco a uma peça de teatro. É algo bem diferente de um filme, e muito mais intimo do que outro qualquer similar tipo de performance artística, algo que nos faz sentir próximos dos actores e dos sentimentos que o autor neles pretendeu incutir ao revelar publicamente a sua obra. Daí, a empatia que sentimos, talvez porque durante aquela hora e meia nos vamos deixando penetrar de um estranho prazer que gostaríamos de prolongar em nós. É como que o assumir de um secreto desejo de sermos alguém diferente, ainda que por breve período de tempo, a sensação de experimentarmos emoções como as que vimos externadas nas expressões e atitudes dos actores e actrizes na peça que estamos vendo, enquanto interiorizamos o seu enredo. E, depois, gera-se em nós aquele sentido de impunidade, que vai aligeirar a nossa auto-censura por uma ou outra mais arrojada fantasia, nesse despojar de preconceitos e de defesas. E a certeza de que ao cerrar das cortinas aquela gostosa ilusão será sentida como que um “crime sem pecado”, pois dela não haverá registo palpável, a não ser o do prazer experimentado, cuja memória ficará connosco, só para nós.

Eugénio de Sá

 

Máscaras

 

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Tiramos uma logo outra se forma

Neste deambular quotidiano.

 

Máscaras que criamos, ocultações do cerne

Cobertura de dores e frustrações

Que usamos como adorno multicolor,

Pintadas de sorrisos brincalhões,

Reflectindo simpatia e amor,

Mas na aspereza do avesso, rasgam-nos a carne!

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