“Operação Alçapão”: 370 quilos de cocaína estavam escondidos em fundo falso de um contentor numa empresa importadora de fruta tropical de Vila Nova de Muía, em Ponte da Barca. A Polícia Judiciária estava a monitorizar o trailer e os traficantes desde o porto de mar de Setúbal onde a mercadoria chegou proveniente da América do Sul. De registar que há uns anos para cá, uma das rotas internacionais tem por ponto principal com destino europeu a partir do porto de Santos, no Brasil.
No entanto, este transporte de cocaína não foi a estreia desta rede internacional da qual há referências portuguesas.
O primeiro contentor chegou ao porto de Leixões no ano passado. Tinha 170 quilos da droga e foi o ponto de partida para a investigação.
PUBNa ‘Operação Alçapão’, a segunda tentativa, culminou na quarta-feira, com seis detidos: o empresário português residente em Vila Verde, Manuel Sousa, um espanhol, dois colombianos e dois indivíduos da República Dominicana, com idades compreendidas entre os 38 e os 54 anos. Foram todos apanhados em flagrante no armazém da zona industrial de Vila Nova de Muía, Ponte da Barca, quando se preparavam para retirar os 370 quilos de dois fundos falsos do contentor normalmente utilizado para o transporte de fruta importada.
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A “Operação Alçapão” foi da responsabilidade da UNCTE da PJ (Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estpefacientes) e contou com o apoio da Diretoria do Norte, do Departamento de Investigação Criminal de Braga e da Autoridade Tributária e Aduaneira.
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CABECILHAPORTUGUÊS
De mecânico a proprietário de uma lavandaria em Prado, Manuel Sousa passou a empresário de ‘outros negócios’ e é um velho conhecido da PJ de Braga onde tem antecedentes policiais. Embora residente em Vila Verde, o ‘capo’ minhoto possuía como ‘recuo’ uma casa em Braga, local aliás que foi alvo de busca e onde se encontraram evidências de que ali tinham estado alojados os dois colombianos. Por outros lado, os dois narcotraficantes da República Dominicana e o espanhol estavam hospedados num hotel, também em Braga.
De referir, ainda, que o proprietário do armazém é de um próspero empresário natural do Lindoso, mas a viver noutra freguesia do concelho. Ignora-se, de momento, se a referida ‘nave industrial’ terá sido cedida – e em caso afirmativo em que circunstâncias -, alugada ou numa qualquer outra condição.
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