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AIESEC leva jovens a arriscar e ajudar no Brasil

Voluntárias e alunos da biblioteca

Com o lema “Live the Experience”, a AIESEC é uma organização global, não-governamental sem fins lucrativos, gerida por estudantes de instituições de Ensino Superior, que pretende desenvolver em jovens capacidades de liderança e de comunicação, criar cidadãos globais conscientes do que se passa no mundo, com a habilidade de pensar “fora da caixa”.

Presente em mais de 120 países, a AIESEC providencia voluntariados e estágios globais. As experiências de voluntariado internacionais estão inseridas no projeto Youth 4 Global Goals, onde a organização apela à ajuda dos jovens para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030. Estes englobam-se em erradicar a pobreza extrema, reduzir as desigualdades e ação climática.

Muitos jovens trocam o conforto das suas casas e o descanso das suas férias e arriscam partir para outro país com a vontade de impactar o mundo, acreditando que o seu trabalho unido ao de tantos outros voluntários fará a diferença.

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No Brasil, várias Organizações Não-Governamentais (ONG’s) recebem jovens de todo o mundo, que chegam para fazer trabalho voluntário. A Biblioteca Amigos da Leitura, em Recife, é exemplo disso, e este verão recebeu, por seis semanas, quatro voluntários que viajaram do México, Canadá e Portugal, concelho de Arcos de Valdevez. Uns tinham a missão de ensinar inglês às crianças e outros de alertá-las para a importância da preservação do meio ambiente.

Por vezes, o dia era passado por inteiro na biblioteca, onde as crianças vinham e iam conforme a escola lhes permitia. Nesses dias havia, então, tempo para também ajudar com os trabalhos da escola, participar no espaço de leitura e nos jogos didáticos organizados pela ONG e, claro, ir para a quadra jogar à bola.

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A amizade entre voluntários e alunos torna-se muito forte e verdadeira, os forasteiros são acolhidos por toda a comunidade como família, mas principalmente pelas crianças que quebram as barreiras da comunicação e sem dificuldades criam laços.

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São evidentes as dificuldades financeiras vividas por algumas famílias, mas ainda assim a felicidade sentida naquela favela é contagiante. Não tem preço ver o sorriso e ouvir o ‘obrigado’ de uma criança quando recebe uma simples peça de fruta ou um picolé. As crianças partilham o pouco que têm e brincam muitas vezes com brinquedos que as próprias fazem, com materiais que iriam para o lixo ou que encontram já jogados no chão.

Os primeiro impacto das diferenças culturais é enorme, ainda mais quando se trabalha com crianças e se vê as condições em que vivem e o historial de violência e ilegalidades que conhecem e não estranham, pois convivem com essa realidade no seu dia a dia, tendo alguns já assistido a episódios que aconteceram na sua comunidade.

Aqueles que vão para ensinar acabam por muito aprender, pois aprendem com as crianças a ser felizes com pouco e a agradecer e valorizar as pequenas coisas.

Durante as seis semanas há ainda tempo para o lazer, os voluntários da AIESEC vindos de todo o mundo juntam-se nos fins de semana para ir a locais turísticos escolhidos pelos próprios para visitar e ficar a conhecer o máximo possível do estado de Pernambuco.

Desta forma, é não só possível absorver a cultura brasileira, como a cultura de vários países representados lá por jovens com força e garra e que querem ver mudança no mundo a acontecer. Esta partilha de experiência acaba também por criar fortes amizades, os voluntários longe de casa acabam por ver nos colegas uma família, pois é nestes também que vão buscar o suporto e ajuda nos momentos menos bons, e com quem se partilham os momentos de alegria e diversão.

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