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Apreensão de ‘voadoras’ em Vila Nova de Cerveira revela a «preocupante intensificação» de operações de narcotráfico

O Comando Territorial de Viana do Castelo, através do Posto Territorial de Vila Nova de Cerveira, 4ª feira, dia 12 de abril, apreendeu oito embarcações de alta velocidade (EAV) semirrígidas, uma totalmente operacional para navegar e sete em fase avançada de construção, e seis moldes de embarcações, no concelho de Vila Nova de Cerveira, mais precisamente num armazém dissimulado em Reborada.

No seguimento de uma denúncia por movimentações suspeitas no interior de um armazém, os militares da Guarda deslocaram-se ao local, tendo constatado que três homens se encontravam no seu interior. Quando se aperceberem das presenças dos militares, os suspeitos bloquearam a porta de entrada e esconderam-se nas referidas instalações.

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No decurso das diligências policiais, foi possível apurar que se tratava de um armazém adaptado para a construção e reparação de EAV (Embarcações de Alta Velocidade), de forma dissimulada. Este tipo de embarcações são normalmente usadas para o transporte de produto estupefaciente por via marítima.

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Atendendo às características do material detectado e à reacção estranha, foram identificados os suspeitos de nacionalidade espanhola, três homens com idades compreendidas entre os 40 e 46 anos e o material apreendido como medida cautelar. Os indivíduos são Oscar Perez Doural (Mondariz, Pontevedra), Francisco Javier Pacheco Sanchez (Málaga) e Augustin Abreu Doval (Vigo), todos eles com antecedentes criminais, segundo fonte da PJ para quem, a partir desta fase, passou a investigação.

Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Viana do Castelo e à Polícia Judiciária.

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A acção contou com o reforço dos Postos Territoriais de Caminha e Valença e da estrutura de Investigação Criminal do Comando Territorial de Viana do Castelo da GNR.

O MD apurou junto de fontes policiais que foi criado há uns meses um grupo para transpor e adaptar a legislação do país vizinho que limita a construção em termos de tamanho deste tipo de embarcações, afunilando as suas capacidades operativas no transporte de droga por via marítima.

AUMENTO “ASSUSTADOR” DO NARCOTRÁFICO NAS COSTAS PORTUGUESAS

“Nos últimos meses tem havido um aumento assustador e nunca assinalado de operações de narcotráfico”. A declaração é de um investigador. ” Rara é a semana em que não há uma apreensão, registando-se uma nunca vista e crescente agressividade quando abordados em alto mar”. 

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Há cerca de uma semana foram apreendidos 1600 quilos de cocaína e uma lancha ‘voadora’ na praia do Baleal, em Peniche. Dias antes deste desembarque, apurou o MD, as autoridades referenciaram e identificaram em Peniche um italiano, um colombiano e três galegos, nomeadamente Juan Emanuel Sotelo Vazquez (Vila Nova de Arosa), Valentin Remus Stoica (San Leandro) e David Lage Fuente (Coruña), todos sobre investigação policial desde 2018, estando o primeiro referenciado como pertencente à rede dos Piturros (Cambados).

Há pouco mais de um mês, em águas galegas, foi detectado à deriva um submarino com 3 toneladas de cocaína, proveniente da América do Sul, sendo a segunda embarcação deste tipo apreendida neste últimos anos no país vizinho. A tripulação não foi detectada, pelo que se presume tenha desconfiado de que estariam a ser monitorizados pelas autoridades galegas e optaram por fugir.

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DESMANTELADO O MAIOR LABORATÓRIO DE COCAÍNA DA EUROPA

As autoridades da Espanha comunicaram que o maior laboratório clandestino da Europa para processamento de pasta de cocaína foi desmantelado nas últimas semanas na cidade de Cerdedo-Cotobade, situada na província espanhola de Pontevedra, na Galícia. O local funcionava 24 horas por dia e tinha capacidade para produzir 200 quilos diários de cocaína.

Na operação participaram, além das autoridades espanholas, a Polícia Judiciária portuguesa e a Direção de AntiNarcóticos da Colômbia. “Parte da pasta de cocaína chegou ao laboratório através de Portugal, escondida numa máquina de triturar pedra vinda num contentor”, revelaram as autoridades do país vizinho que apontam para o porto de Leixões. Na operação foram detidas 18 pessoas em diferentes localidades da Espanha e todas elas faziam parte de uma organização controlada por narcotraficantes do México e da Colômbia, sendo encarregadas de transformar a pasta base em cloridrato de cocaína pronta para consumo.

De acordo com o comissário-chefe da Brigada Central de Narcóticos da Espanha, António Duarte, esta importantíssima operação permitiu a maior apreensão de pasta base da Europa e da maior quantidade de cocaína fora dos seus territórios de produção, além de abortar a chegada no mercado de grandes quantidades de drogas. Também devido a esta operação, os investigadores constataram uma nova tendência no narcotráfico, em que a substância é exportada sem ter passado pelo processo químico para sua transformação em laboratórios localizados na Europa, o que ainda facilita aos cartéis poupar nos custos da droga.

Apesar de estar instalado em Pontevedra, o laboratório não era dirigido por nenhum grupo da Galícia de narcotraficantes, mas sim por cidadãos mexicanos, colombianos e das Ilhas Canárias, todos conhecidos das forças de segurança por tráfico de drogas. A presença de colombianos na Galiza não é nova, mas de há 1 ano para cá começaram a ser referenciados mexicanos relacionados ao Cartel do Golfo, actualmente a mais potente rede criminosa internacional de narcotráfico.

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