Bicadas do Meu Aparo: Portugal, cansado de esperar

 

 

 

Escritor d’ Aldeia

 

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“Não te escuses de pensar. Pensar é rigorosamente exercício físico. Agindo sem pensar pode ser roncar. E roncar é próprio de malformados, pelo que, deves utilizar antes uma gaita-de-foles ou a flauta. Estes sons são harmoniosos”. (In Pensamentos do meu arquivo, de A.S.)

Sabe-se que, praticamente, mais de 95% dos países no mundo, vivem em permanente crise. E tais crises, umas verdadeiras e outras inventadas/programadas, criaram-se em todos os sectores da sociedade: por incompetências, ganâncias, pobreza e riquismo extremos, guerra, injustiças etc., onde todas elas tiveram como parteiras a falta de cultura, de educação cívica e, principalmente, a falta de liberdade dos povos.

Portugal, como não podia deixar de ser, está revestido de toda essa imundície.

Ainda pensei que o título desta crónica podia ser outro. Como “A multidão cansada”; “A pensar é que o povo evita muita merda”. Mas optei pela clareza e pelo respeito pelos leitores, pelas suas ideias ou convicções, uma vez que gosto de que comigo usem a mesma tabela.

Gosto de pensar, de analisar, de entrar no miolo dos problemas e só mais tarde de cabeça fria e segundo a capacidade que Deus me deu, é que me pronuncio: combato ideias que me possam agredir, mas nunca combato o homem, o autor das ideias ou dos caminhos seguidos, porque tenho o direito de me defender, tenho o direito de opinião.

Aliás, todo o homem tem o direito de opinião, de se defender de setas que sub-repticiamente lhe são infligidas… desde que apresente argumentos de força e com a força da razão, isto é, argumentos minimamente evidentes. Não sendo assim, qualquer argumento como “disseram”, “não concordo”, “é assim que pensam”, foi assim que fizeram” etc., não passa de atitudes que roncam, atitudes que não elevam ninguém.

Portugal, está cansado de esperar, como o título do texto afirma. E este fraquito colaborador do jornal Minho Digital, nunca se cansou de pensar, de analisar, como dizia o outro – “De como vai este país”.

Sou do tempo das “vacas magras”. Nasci – durante a II guerra – em lençóis de serapilheira. Alimentei-me da fome e das migalhas que desejava. Brinquei nas bouças e nos caminhos pedregosos e tinha como agasalhos o sol que despontava e como calçado, papéis velhos, se, estivesse parado.

Logo, pouco tenho para aprender, pois embora não tenha passado pelas salas de aulas de Coimbra, tenho tarimba, que é muito, mesmo muito!

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Pouco para aprender, digo eu, pela tarimba e pela idade. Mas não me comem!

Estes anjinhos, netos e filhos de Abril/74, herdeiros das boas intenções de um punhado de bravos militares que nos devolveram a democracia, são a incompetência real para servir o povo, são os verdadeiros madraços que o povo suporta, são os chulos que semeiam a pobreza e a quem roubam diariamente: dinheiro indevido, stresse permanente, o desanimo individual e colectivo, a fuga e o medo.

Podemos dizer que este país, como muitos outros, é uma merda?

Sócrates, levou o país à banca rota e continua livremente pelas ruas e praças da cidade, sem que haja “meios técnicos” pata o julgar; este chefe do Governo, António Costa, ainda não devolveu aos aposentados do Estado, os saques que lhes foram feitos nos vencimentos, por Sócrates e Pedro Passos Coelho, desde 2011 até à presente data.

O país vive crescendo em pobreza. Os ricos engordam, pois não pagam IRC; as greves são uma constante em qualquer canto profissional; médicos para os hospitais falham; fecham-se serviços de urgência e outras especialidades e não há médico de família para todos. A educação é uma selvajaria devidamente organizada: os alunos até aos dez anos não sabem fazer contas de somar e não sabem ler, e os alunos universitários dão erros de português e têm dificuldades em fazer um texto sobre qualquer tema.

Portugal é um país cansado de esperar. Com as devidas excepções, safam-se os medíocres, os rapaces, os políticos em funções e o povo, Senhor… recorre aos psicólogos, aos psiquiatras, aos assaltos, à violência por sob as telhas.

Este Governo PS de António Costa, banha-se no fecal, na mentira, na maioria absoluta. No fecal, porque o cheiro político que irradiam é nauseabundo; na mentira, porque ao diminuírem as taxas em certas portagens, pretendem cobrar quase o triplo, aos carros anteriores a 2007; na maioria absoluta, porque não tendo oposição capaz, utilizam o quero, posso e mando.

Políticos de esquerda e de direita, contestam este assassinar de viaturas anteriores a 2007, em prejuízo dos que não podem mudar para máquina nova. Até deputados do próprio PS e uma ex-ministra PS, se juntaram aos políticos contra esta medida injusta, desumana, selvagem.

Assim, caro leitor, não se escuse de pensar, pois Portugal está cansado de esperar.

* O autor não segue o acordo ortográfico de 1990

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