Bicadas do Meu Aparo: A voz dos ridículos

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Artur Soares

Escritor d’ Aldeia *

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Em 1958, havia na cidade do Porto uma Rádio que semanalmente apresentava um programa humorístico e se chamava “A voz dos Ridículos”.

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O referido programa iniciava humoristicamente: “A voz dos ridículos fala e o mundo acredita e ri que nem um louco”. Por isso, atente-se ao intróito e vamos ao texto.

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Continua o país envolto em fogos infernais com mais de 105 mil hectares de terreno queimado, com o reboliço sobejamente conhecido, com desesperos sobre-humanos, terror permanente, onde pessoas, principalmente das zonas rurais, definham, se estupfactizam. O Povo que vive na pele a presença dos fogos, sente-se impotente, paupérrimo sem seus haveres. O país, como de costume, é neste verão de 2022 um barrote queimado.

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A Serra da Estrela é a grande realidade desta desgraça – como já foram Pedrógão-Grande e o Pinhal de Leiria – com fogos de mãos criminosas: é o triste cenário de tudo o que não se previu, do que muito pouco se fez perante tantas desgraças. Portugal arde!

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Perante tal cenário, terrenos e madeiras queimadas, uma “voz” – que não sei se “a voz dos ridículos” deste inconsciente socialismo – ao analisar as tragédias de norte a sul do país pelos fogos, afirmou que era “espectável que os fogos fossem superiores em mais de 30% em relação ao verificado”.

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Outra “voz” – que não sei se “voz dos ridículos” deste Governo Costista – prometeu ao povo “que acredita e ri que nem um louco”, que iria haver um “futuro melhor para a Serra da Estrela”, pelo inferno sofrido. Este Governo, estas “vozes”, nada mais fazem que chamarem parvos aos portugueses e, por isso mesmo, enterram a cabeça na sua incompetência, deixando que o povo rumine, que “ria ou chore como um louco”.

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Centenas de famílias perderam bens, como sempre, nestes fogos de 2022. Os milhões gastos pelo Estado no combate é assustador e a “voz dos ridículos” deste século, afirma que depois de tanta desgraça desgraçada “o futuro será melhor”, porque “o povo acredita e ri que nem um louco”.

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As promessas deste primeiro-ministro, António Costa, feitas (então) em prol de Pedrógão e do Pinhal de Leiria, terá o mesmo tratamento a Serra da Estrela: a continuação da incompetência e a política do deixa correr, uma vez que “o povo acredita que nem um louco”.

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Neste verão de 2022, criminosos – que aumentaram em 40% em relação ao ano anterior – têm sido apanhados a atear o fogo onde querem. Sabe-se que houve fogos que se iniciaram às três e às sete da madrugada. Há mais de cem incendiários detidos, e outros com vigilância electrónica. Esta gente não podem ser todos doentes, pirómanos comprovados. Esta gente é, com certeza, paga para dar lucros a criminosos, a gente que vive do saque e que deve obediência ao demo. Sendo assim, onde está a Justiça e as leis para abalroarem os facínoras identificados?

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Portugal tem – desde o 25/A/74 – cursos superiores para todos os gostos e modas. É um “fartar vilanagem” de universitários formados em cursos de caca que ninguém entende e que não têm onde exercer a doutorice. Mas um curso superior devia o ministro socialista oficializar e aplicar. Um curso superior de Pirologia, para pirómanos ou não.

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Há necessidade de licenciar incendiários e devidamente estagiados, profissionais de fogo posto. Seleccionavam-se alunos bem constituídos e que fossem sobretudo invejosos. Há que ter em conta os foguetes da pirotecnia, os lixos das bouças que o Estado e os privados não limpam, as morracas deixadas e outras lançadas do alto e a ganância dos mafiosos públicos e privados. Os incêndios desorganizados podem existir e há que organizá-los com esmero, com cagança, pois claro.

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Assim, os doutores de Pirologia, evitavam infernais labaredas, evitavam piquetes de vigia, de observatórios, de aviões e helicópteros. A doutorice de Pirologia, que programava a tempo e horas fogos a darem lucros ao Estado, seriam todos funcionários públicos e sob tutela das Forças Armadas que, por sua vez, faziam patrulhas, emboscadas e golpes-de-mão a possíveis aventureiros da floresta, pois também desse modo justificavam o Pré, o Salário e o Vencimento, ao povo.

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Não sendo assim, não havendo curso superior de Pirologia, com sindicato e horários devidamente justos e programados, as vozes dos ridículos falam e nada fazem, e o povo, evidentemente, terá de aceitar e rir perdidamente, da incompetência de quem governa e nos maltrata sem travões e sem carácter político.

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* O autor não segue o acordo ortográfico de 1990.

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