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Carta Aberta ao Presidente da República Portuguesa

Mapa com os dez Municípios do Alto Minho

Transcrevemos na íntegra uma “Carta Aberta ao Presidente da República Portuguesa” assinada por César Augusto Serrano Ferreira (as fotos são da nossa responsabilidade).

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O subscritor é do trabalhador português a viver um drama no Qatar https://www.bitchute.com/video/kp8EL7Px7ySp/ e que está impedido de abandonar aquele país e que se sente abandonado pelas nossas entidades oficiais, não só pela Embaixada na capital Doha, como pelos governantes em Lisboa. Tal como o MINHO DIGITAL tem alertado desde a primeira hora https://www.minhodigital.com/news/qatar-embaixador-exonerado

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(César Ferreira vive num contentor junto à Embaixada de Portugal)

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

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Professor Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa

Excelentíssimo Senhor Presidente,

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Estou há sete meses, refém de um regime opressivo, acusado sem qualquer evidência a comprovar o mesmo, sujeito a um resgate que não consigo e mesmo que tivesse meios para o pagar, recusaria qualquer rendição à injustiça a ser perpetrada, mês após mês, sem fim.

O pagamento de resgates, mesmo se tivesse meios para o fazer, não garante pôr fim a esta tortura, como evidenciado por outras vítimas no Catar, como em outros regimes autoritários no Golfo Árabe.

 

Continuo há quatro meses, sujeito a um tratamento desumano pela Embaixada Portuguesa no Catar, que continua a ignorar o meu pedido de ajuda.

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Desde o dia 20 de Abril que estou sob a protecção do Estado Português, através da nossa missão diplomática no Catar.

Sem qualquer meios para sobreviver, sujeito a um tratamento desumano, degradante e a ser constantemente desprezado, ignorado pelos representantes da República Portuguesa.

Todos os membros da Assembleia da República, Governo e Presidência da República, já foram elucidados sobre o comportamento indecente de alguns indivíduos na Embaixada de Portugal em Doha, partilhado com a imprensa em Portugal, que tem vindo a emitir ao público as circunstâncias inerentes.

 

Quanto mais terei de esperar para tomarem as devidas acções?

Será que necessitam de outro caso, como ocorrido a Marc Bennett, ex-Director na Qatar Airways?

Marc Bennett, também foi vitima de falsas acusações e perdeu a vida antes de conseguir sair do Catar…

 

O Senhor António Samuel, Chefe de Serviços Consulares em função do seu exonerado Embaixador António Carvalho, alega impotência por não ter autorização para se envolver a meu favor.

Enquanto no meu caso, alguns indivíduos da Embaixada de Portugal, têm se envolvido no processo judicial, para me prejudicar…

O funcionário deste Consulado, Sami Al Soufani, acompanhou-me no dia 26 de Maio e dia 16 de Junho ao tribunal no Catar, dialogou com duas assistentes do juiz no meu caso, em língua Árabe, não partilhou comigo na totalidade o que foi declarado nessas conversas, unicamente resumindo alguns pontos.

 

Fui dissuadido pelo Sami, quando eu quis submeter o meu apelo contra a decisão no dia 16 de Junho, dando a sua palavra de honra que a 19 de Junho, voltaria comigo para completar o mesmo.

 

O Sami, não cumpriu a sua promessa e não justificou o motivo, sendo mais outro caso entre as inúmeras vezes, que tenho sido enganado por alguns membros desta Embaixada de Portugal no Catar, incluindo o Senhor Samuel.

Agora tenho estado diariamente a tentar assegurar o mesmo por escrito, sem qualquer resposta do tribunal em questão e sem qualquer apoio da Embaixada de Portugal no Catar.

 

Acrescento que a Embaixada de Portugal no Catar, tem vindo a restringir a minha facilidade em comunicar, cortando por completo, dia 7 de Julho, o meu acesso à rede. Tenho estado desde esse dia a pedir ao público que visita esta Embaixada por ajuda, com um acesso temporário, para conseguir receber e emitir correspondência electrónica.

 

Em vez de me dificultarem as condições, já sendo as mesmas prolongadas, de um carácter ignominioso e cruel, os nossos diplomatas Portugueses no Catar não têm a coragem ou pior, a decência em corrigir este tratamento, que mais esperaria de um povo bárbaro e nunca da minha Pátria bem amada.

 

Este espaço onde tenho sobrevivido, com cerca de um metro quadrado disponível, onde nem uma cama existe, sem privacidade, mesmo à porta de entrada da Embaixada Portuguesa. O público está constantemente a tentar abrir a porta deste cubículo de madeira, a espreitar para dentro e a bater à janela… há quatro meses que estou como um animal em exposição, em condições degradantes e humilhantes…

 

O que pensará o mundo, ao verem o Governo de Portugal a tratar os seus cidadãos desta forma deplorável?

 

Nenhum diplomata ou governo estrangeiro terá respeito nem admiração por uma diplomacia Portugueza, a desprezar e ameaçar os seus próprios compatriotas a favor de um regime que já tem sido acusado, por vários Estados democráticos, de ser um patrocinador do terrorismo.

 

Sendo que a Embaixada, onde ninguém vive, é um edifício enorme, com dois pisos, piscina, mas os cidadãos Portugueses sustentam tudo, até à exoneração do Embaixador, este diplomata esteve sempre ausente ou a viver na sua vivenda de luxo no bairro mais exclusivo do Catar (The Pearl).

 

Será que o Estado Português concorda com o desempenho do exonerado Embaixador Carvalho, do seu subalterno António Samuel e do Sami Al Soufani?

 

Reitero a Convenção de Viena de 1961, que governa as nossas relações diplomáticas.

As funções de uma missão diplomática consistem, nomeadamente, em:

a) Representar o Estado acreditante perante o Estado acreditador;

b) Proteger no Estado acreditador os interesses do Estado acreditante e de seus nacionais, dentro dos limites estabelecidos pelo direito internacional; 

Excelentíssimo Senhor Presidente, ao serviço da Nação, eu sou um Português, jamais iram quebrar o meu espirito indomável, lutarei pela justiça com orgulho na minha Lusitanidade.

Os poucos elementos que desapontam, ao traírem os nobres valores que a nossa República representa e que a nossa história gloriosa nos legou, continuam a fazer uma parte integrante do corpo desta nação.

Não os deixem constituir o padrão deste nosso povo, Portugal merece do melhor que a civilização Europeia consegue gerar.

 

Ajude-me, imploro que seja solidário, com sinceridade, demonstre ao mundo que somos uma Nação soberana e que nenhuma tirania se pode aproveitar da nossa franca amizade ou abusar os direitos humanos de um único cidadão Português.

 

Aguardo de Vossa Excelência, a sua prezada resposta, e a sua mais importante actuação em apoio à minha convocatória.

 

Pelo bem da Nação Portuguesa,

César Augusto Serrano Ferreira

26 de Agosto MMXXII

 

PS: Correspondência anterior, em referência infra.

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Exmo. Sr. Primeiro Ministro,

Exmo. Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros,

Exmos. Senhores Deputados da Assembleia da República Portuguesa,

 

Eu, César Ferreira, cidadão da República Portuguesa, 

Venho por este meio apresentar o meu recurso urgente ao apoio diplomático e partilhar com Vossas Excelências a minha recente experiência com os serviços prestados pelo nosso corpo diplomático e consular no Estado do Catar.

 

O Sr. Dr. António Manuel Pires Gomes Samuel, Encarregado da Secção Consular, foi informado, por telefone, da minha situação no dia 2 de Fevereiro de 2022, seis dias após a minha detenção. Perguntou-me o que é que eu queria que fizessem.

 

Respondi que precisava de ajuda, estava a ser detido sem acusações legítimas e não tinha quem me pudesse ajudar.

 

Os guardas prisionais perguntavam-me, onde é que andava a Embaixada Portuguesa, se não queriam saber do seu concidadão.

 

Os representantes do Catar gozavam comigo, ao dizer que a minha embaixada, a quem eu teria exigido constantemente, das autoridades, que me permitissem contacto desde o dia 28 de Janeiro, mas a que fui negado durante os primeiros seis dias, era mais parecida com as representações do terceiro mundo, que nunca prestam auxilio aos seus compatriotas.

 

Dizia o comandante da esquadra, Capitão Al Qathani, que a Embaixada de Portugal no Catar, não agia como um posto diplomático da União Europeia.

 

Todas as semanas, dezenas de empregados da Qatar Airways são colocados em prisão no Catar, conheci um colega meu que esteve detido e ainda estava quando eu saí, não estava relacionado com o meu caso… o nome dele é Mostafa Taisir Mohamad Katanani responsável por “Product Development & Quality Control Specialist”.

 

Este colega contou-me que tinha entregue a sua demissão à empresa em Janeiro deste ano, quando uns dias a seguir foi chamado ao gabinete do administrador da empresa, Akbar Al Baker, na presença dos directores, saiu de lá algemado pela policia e colocado na prisão…

 

Partilhou comigo o que teria acontecido ao anterior encarregado do nosso departamento, um sujeito Britânico, era muito popular e querido com os seus colegas e a sua equipa, também demitiu-se por não concordar com a forma de gestão exigida pelo Al Baker.

 

No dia antes da sua partida do Catar, foi encontrado morto no quarto do seu hotel… 

O actual “Senior Vice President” que o substitui chama-se Steven Michael Reynolds, Australiano, que por sua vez, tinha elogiado por escrito o meu desempenho, perante o desagrado do meu gerente… cinco dias após esse elogio, fui despedido, iniciando esta perseguição que tenho vivido nos últimos sete meses.

 

Só no dia 2 de Março, 34 dias após a minha detenção, é que recebi a primeira visita de um representante do Consulado Português, o Dr. Samuel.

 

Neste primeiro encontro com o Encarregado da Secção Consular, o Dr. Samuel, declarou conhecer pessoalmente o administrador da Qatar Airways, Akbar Al Baker. Mas a 19 de Abril desmentiu o mesmo e disse que não era ele que o conhecia mas era o Embaixador Alves de Carvalho. 

António Samuel alega o motivo de eu ter sido detido, foi que durante o meu apelo contra o despedimento, o Akbar Al Baker não gostou da forma transparente, sincera e honesta que partilhei com os meus colegas, recursos humanos e administradores, os procedimentos caóticos e desonestos a que fui sujeito dentro da Qatar Airways.

 

Sendo o Al Baker um individuo de grande influência no Catar, detém significante poder em subordinar os órgãos de estado no seu país e facilmente, com frequência, utiliza o ministério do interior do seu governo para intimidar os seus empregados, colocando os seus colaboradores em prisão, com frequência… 

Na tarde de 29 de Março, quando fui libertado às 16:30, pedi ao António Samuel por ajuda em encontrar alojamento, estava sem dinheiro e todos os meus pertences tinham ficado retidos pelas autoridades do Catar noutra localidade, o Snr. Samuel respondeu, que deveria procurar um local para os sem-abrigo.

No Catar, não existe qualquer apoio de esse género e mesmo que houvesse, eu não tinha dinheiro comigo, para procurar ou deslocar-me de qualquer forma… 

Depois de quase cinco horas a suplicar por ajuda, ao Encarregado de Serviços Consulares, que me facultasse pelo menos um táxi, permitindo me deslocar ao recinto da polícia, onde conseguiria, tentar reaver os meus pertences. 

Acabou por finalmente, conceder-me uma viagem de Uber e cheguei à outra esquadra por volta das 22:00, fiquei essa noite e o dia inteiro de 30 de Março, na recepção da polícia, sem dormir por mais de 36 horas, a tentar reaver das autoridades no Catar a carteira, telemóvel entre outros pertences, sem qualquer apoio da Embaixada Portuguesa.

 

Devolveram-me a carteira com o pouco dinheiro que me restava, mas não me deram o meu telemóvel.

 Essa noite fiquei alojado num hotel e desloquei-me no dia seguinte à Embaixada de Portugal em Doha, todos os dias, durante a primeira semana, esperava na recepção de manhã até escurecer, a pedir que me ajudassem a reaver o telemóvel, as malas que ficaram retidas no aeroporto e que obtivessem das autoridades no Catar, a garantia que eu não seria impedido de entrar em tribunal, pois não tinha o aplicativo digital obrigatório e que por consequência, tinha sido impedido de entrar na procuradoria por varias tentativas que fiz. 

Um dos funcionários do Consulado, o Sami Alsoufani, tinha me sugerido esperar por ele na manhã de quatro de Abril, entre as 10:30 e 11:00 à porta da procuradoria, e que ele iria tentar me ajudar na entrada.

Fiquei à espera dele durante quatro horas, ao calor insuportável, nunca apareceu, nem nunca justificou o motivo.

Não consegui qualquer apoio do Dr. Samuel, mais, quando lhe disse que estava a ficar sem meios para me sustentar, informou me que não me podia ajudar mais, que teria de sobreviver com o que tinha financeiramente, até se esgotar, que seria preferível que tivesse ficado detido… 

Fui informado pelo funcionário do Snr. Samuel, o Sami Al Soufani, para não regressar à Embaixada, que seria contactado no hotel onde estive alojado, na semana seguinte, para saberem de mim e darem o ponto de situação sobre o apoio solicitado diariamente em presença na Embaixada.

 

Não recebi qualquer contacto ou resposta às múltiplas missivas enviadas durante duas semanas. Regressei dia 20 de Abril para a Embaixada e voltei a pedir ajuda, tinha-se esgotado o pouco dinheiro que me restava e como anteriormente, passei o dia inteiro na recepção até as 19:00.

 

Apareceu o Snr. Samuel com o Sami Al Soufani, que poucos minutos antes, tinha conversado comigo de forma correcta e com respeito, mas agora ao lado do seu encarregado, começou aos gritos, com o Snr. Samuel a perguntar, porque estava na recepção do Consulado.

 

Respondi que já não tinha forma de sobreviver e que tinha alertado da aproximação do mesmo em conversa e por múltiplas missivas não respondidas nem acusadas por parte da Embaixada.

 

O Snr. Samuel pegou na mochila que tinha comigo e colocou-a fora da porta da Embaixada, ameaçando chamar a polícia e a ver me novamente em prisão.

 

Pedi que me ajudassem e que não me abandonassem na rua, sem abrigo e sem sustento. O Dr. Samuel chegou a dizer que nada podiam fazer, que eu agora pertencia ao Catar.

Eu respondi que sou Português e não pertenço ao Catar, estou impedido de sair do Catar e proibido de arranjar emprego…

 

Fiquei quatro horas, essa noite, à espera, em pé, à porta da Embaixada pelo Sami Alsoufani, tinha me dito que iria regressar para me levar a um abrigo.

Não conseguimos encontrar um abrigo, porque não existe no Catar.

Eram cerca de uma da manhã e fui levado ao mesmo hotel onde tinha ficado alojado a semana anterior e passei a noite sentado na recepção do hotel.

 

Na manhã de 21 de Abril, regressei para a Embaixada às 09:00 e passei, como anteriormente, o dia inteiro até as 18:00 na recepção do Consulado, estava exausto, mal conseguia ficar acordado e por volta das 14:00 a Senhora Dona Alexandra Esteves, teve a amabilidade de me oferecer uma refeição, sopa quente e frango com pão. 

Às 18:00, o Sami Al Soufani deixou-me no parque de estacionamento de um recinto comercial, pois não tendo o aplicativo digital Ehteraz, não estou permitido a entrar em centros comerciais.

Só me veio buscar às duas da manhã, fiquei oito horas em pé, exposto aos elementos, e com as costas em dor tremenda.

 

Levou me a um hotel, no caminho todo, a perguntar quanto dinheiro é que eu tinha, não sendo a primeira vez que o faz. A questionar e a passar julgamento sobre o meu caso e os eventos que o levaram a este ponto, insultando a minha inteligência e a culpar-me por estar na situação em que me encontro…

 

Fiquei quatro noites alojado num hotel.

Regressei na manhã de 26 de Abril às 09:00 para a Embaixada, passei, como sempre, o dia inteiro na recepção.

Ao final do dia, por volta das 19:00 fui colocado dentro da estrutura de vigilância à porta da Embaixada, onde tenho vivido, de forma indigna, estes últimos três meses.

 

Estou muito agradecido à Ana Cláudia Rica de Sousa Gomes Dias Pereira, Assistente Administrativa da Secção Consular no Catar e seu marido, Vasco, por terem me trazido durante quatro dias, pão e café quente, produtos de higiene e dezenas de artigos de qualidade para comer e beber antes de partirem de férias no dia 30 de Abril. Juntamente com os artigos que a Alexandra Esteves, Adida Cultural na Embaixada, me ofereceu, consegui sustentar-me bem durante duas semanas.

 

Depois de ter exposto formalmente, a 16 de Maio, o meu desagrado sobre o desrespeito que continuava a receber por parte do Sami Al Soufani, com as suas mentiras, o seu gozo com o meu desespero e a falta de profissionalismo prestado, quando solicitava ajuda em salvaguardar as minhas malas.

Estavam em risco de serem perdidas e os serviços de bagagem no aeroporto em Doha já teriam avisado múltiplas vezes, que não garantiam custódia segura após os 90 dias…

Fui então informado, a 17 de Maio, pelo motorista do Embaixador, o Snr. Rajith Vengakandi, que a partir de esse dia, só teria direito a uma refeição por dia.

 

Mesmo a não necessitar, durante as primeiras duas semanas, as três refeições que me eram inicialmente oferecidas.

Dispensei por não querer gastar o dinheiro de quem tem sido tão carinhoso para comigo, os artigos da Ana Cláudia e a Alexandra já se esgotaram à muito tempo e sinceramente, tenho dias em que passo fome.

 

Apesar da forma desrespeitosa que o Sami Al Soufani tem vindo a ter comigo ultimamente, é mais uma reflexão da atitude na sua chefia, a começar com o Embaixador, António José Alves de Carvalho, que está através da sua “diplomacia económica”, directamente ligado à Qatar Airways e ao seu administrador, o infame Akbar Al Baker.

 

Não quero culpar o Sami por inteiro, pois o seu chefe, António Manuel Pires Gomes Samuel, Encarregado da Secção Consular, tem colocado demasiada, injusta pressão e responsabilidade em cima dele, sem o compensá-lo por todos os custos pessoais que ele teve de suportar, para me ajudar com os esforços anteriormente referidos.

 

Consegui que finalmente, a 19 de Maio, ajudassem me a recuperar as duas malas.

Resta-me só reaver o meu telemóvel, sair desta terra e avisar a todos os nossos compatriotas, Portugueses por este mundo fora, o perigo que pode ocorrer ao entrarem na jurisdição de um país como o Catar.

 

Solicito a Vossas Excelências, que me ajudem a pressionar as autoridades no Estado do Catar a fazerem justiça com celeridade, devolverem o restante dos meus pertences e que seja compensado pelos danos causados durante estes últimos cinco meses.

 

Com fé no melhor desempenho do vosso mandato e crente nos altos valores que a República Portuguesa representa, para a os seus cidadãos e no âmbito da comunidade global.

 

A bem da Nação,

César Ferreira

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