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Sindicato dos Enfermeiros acusa ARS do Norte de bloquear progressão de 500 enfermeiros


Estrutura sindical teme que enfermeiros percam os direitos com passagem para o modelo de Unidade Local de Saúde a partir de 2024.

O Sindicato dos Enfermeiros – SE acusa a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS do Norte) de estar a bloquear, propositadamente, a progressão de cerca de meio milhar de enfermeiros da região.

Em causa está a correta aplicação do Decreto-lei n.º 80-B/2022, que veio descongelar a avaliação do desempenho dos enfermeiros. “Os colegas temem que, com a passagem para o modelo de Unidade Local de Saúde, em janeiro de 2024, percam os direitos que têm vindo a ser sucessivamente sonegados na ARS do Norte”, frisa o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE.

“Custa-nos a acreditar que isto seja mera incompetência profissional”, refere Pedro Costa que explica que “o departamento jurídico do SE tem vindo a enviar comunicações sucessivas para a ARS do Norte, sem obter qualquer resposta”. Em causa, frisa, está a contagem de pontos e a respetiva progressão na carreira. Se a situação já era complexa antes – Pedro Costa salienta que “há colegas que tentam assegurar a progressão na carreira há vários anos” –, mais complicada ficou com a entrada em vigor do diploma que estabelece os termos da contagem de pontos em sede de avaliação do desempenho dos enfermeiros.

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Pedro Costa explica que “há cerca de 500 enfermeiros que deviam ter subido pelo menos um escalão com a entrada em vigor do DL 80-B/2022, mas que têm o processo parado na ARS do Norte”. “O Sindicato dos Enfermeiros – SE tem procurado desbloquear esta situação, mas os nossos ofícios são sucessivamente ignorados por um funcionário que, antes, exigia os mais variados documentos aos enfermeiros e que, depois, com a intervenção do nosso departamento jurídico, simplesmente deixou de dar qualquer resposta”. O SE diz não perceber “como isto é possível num estado democrático, custa-nos a acreditar neste estado de impunidade e cremos que este ato atentatório não terá a concordância da Direção da ARS do Norte, depois de ser tornar público”.

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“Os colegas começam a ficar preocupados porque vai entrar em funcionamento o novo modelo de organização hospitalar e, com a passagem para ULS, temem perder o direito à progressão e respetivo enquadramento salarial”, adverte Pedro Costa.

O presidente do SE lamenta este tipo de situações, “que apenas contribuem para desmotivar ainda mais os colegas”. É certo que, acrescenta Pedro Costa, as administrações regionais de Saúde, com a criação da Direção Executiva do SNS, “ficaram praticamente vazias de poder”. “Mas acredito que havia formas mais produtivas de mostrar a sua mais-valia no novo modelo de organização do SNS sem ser com o sucessivo bloqueio da vida das pessoas”, acrescenta.

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Pedro Costa apela à intervenção directa do presidente da ARS do Norte, Carlos Nunes, para desbloquear a situação. “Não estamos a reivindicar nada que não seja o cumprimento dos direitos dos enfermeiros”, conclui o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, que espera que “seja possível resolver a situação deste meio milhar de enfermeiros”. Adicionalmente, o Sindicato dos Enfermeiros – SE está “a ultimar um pedido de intervenção da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e, em último recurso, se nada for feito iremos para tribunal”.

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