Manso Preto
Director / Editor
Mais do que a perda de tempo para os empreendedores, o impacto das disfunções burocráticas na economia é muito maior do que sequer imaginamos.
E quando isso envolve a saúde pública, como foi o caso da Unidade de Hemodiálise de Carreço, num edifício criado de raiz pela empresa concessionária e que apenas ao fim de quase 3 anos conseguiu que as teias burocráticas tenham dado o aval, é dramático.
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A burocracia por parte do Estado, nomeadamente os seus agentes, é, quase imediatamente associado à ideia de ineficiência, incompetência, insensibilidade.
Ela remete-nos também, em geral, a algo incómodo, que me abstenho de caracterizar…
Revela um quadro impressionante das enormes dificuldades que, além da crónica lentidão, leva os empreendedores ao desespero e que são, normalmente os menos culpados e que têm de dar a cara, todos os dias, perante aqueles (no caso doentes) que sofrem com enormes sacrifícios pela incompetência de quem deveria ser humano, célere e responsável em prol da comunidade.
3 anos é muito tempo!
Para a região, o resultado é o atraso, a descrença no sistema de saúde – além da má imagem junto à comunidade científica e simples contribuintes.
Casos como os denunciados pelo MINHO DIGITAL constituem um vexame num Estado supostamente de Direito em que o direito à saúde está Constitucionalmente garantido – e que, na prática, não está.
Não podemos acreditar que a Constituição Portuguesa possa ser equiparada a uma espécie de leitura de cordel que cada vez se lê menos, e cada vez se acreditou mais…