Lendas e Mitos do Brasil: Sarandi, Estado do Paraná (9)

SARANDI

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Sarandi é um município brasileiro do Estado do Paraná, situado na Mesorregião Norte Central Paranaense. A população, de acordo com o censo do IBGE feito em 2022, é de 118.455 habitantes.

História

Sarandi foi colonizada pela Companhia de Melhoramentos do Norte do Paraná em 1947. Era o início da venda de lotes urbanos na região, que viria a constituir a localidade e que serviria de “centro de abastecimento” da ferrovia da Rede de Viação Paraná/Santa Catarina.
Entretanto, documentos e depoimentos relacionados à posse de terras evidenciam a presença de famílias na área rural desde a década de 1930, vindo a aumentar consideravelmente na década seguinte.
As primeiras famílias desbravaram a terra, abriram clareiras e formaram as primeiras lavouras de café. Muitos destes pioneiros, anos depois, foram os primeiros moradores, também na área urbana, contribuindo para o desenvolvimento da localidade. Eram, em sua maioria, imigrantes vindos do Estado de São Paulo e da região Nordeste brasileira, sonhando com as riquezas do Norte do Paraná. Eles adquiriram suas terras, abrindo a mata e formando grandes lotes rurais. Assim começava o plantio de café.
Na área urbana, em 1974, as loteadoras iniciaram a venda de terrenos, porém, a explosão imobiliária ocorreu em 1976. Na ocasião, um grande número de famílias deixou o campo por força da geada que dizimou os cafezais.
O sucesso na venda de terrenos urbanos viabilizou à abertura de novos loteamentos. O acentuado crescimento econômico, a expansão da área urbana e o aumento na arrecadação de impostos impulsionam a eclosão de um movimento popular pedindo a emancipação política da localidade, que na época pertencia à Marialva. Um plebiscito popular em 1981 aprovou a criação do Município de Sarandi, de acordo com a Lei 7052/1982.

Economia

Na economia, é impulsionado pela construção civil e pelo comércio. Dezenas de loteamentos, condomínios e apartamentos têm expandido os limites geográficos da cidade.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Indústrias e Comércio

Encontram-se instaladas em Sarandi dezenas de indústrias de pequeno, médio e grande porte, que geram empregos para toda a região. Destacam-se, entre elas, a NOMA do Brasil, uma das maiores empresas do ramo de carrocerias da América Latina. E a CPA Trading, empresa de armazenamento de Etanol.


O comércio de Sarandi, embora desfavorecido pela proximidade com a cidade polo Maringá, é forte e está em constante crescimento.

A empresa que tem como razão social CPA Trading S.A. foi fundada em 29/07/2002 e está cadastrada na Solutudo no segmento de Comércio Atacadista – Produtos Diversos com o CNPJ 05.203.519/0001-90. No mercado, a empresa está localizada na Avenida Castelo Branco, Nº 800 – Sala 01 Lote 199-A no bairro Gleba Ribeirão Aquidabam em Sarandi – PR, CEP 87111-760. Está cadastrada na Receita Federal sob o CNAE 4693-1/00 com atividade fim de Comércio Atacadista De Mercadorias. Em geral, tem predominância de alimentos ou de insumos agropecuários.

A Lenda das Encantadas: Uma das mais antigas do Paraná


Gruta das Encantadas na Ilha do Mel

A sereia ou sirena é uma figura da mitologia universal, presente em diversas lendas ao redor do mundo e serviram para personificar aspectos do mar ou os perigos que ele representa.
Essa representação feminina que enfeitiça os homens até se afogarem está presente na Lenda das Encantadas, talvez uma das mais antigas do Paraná.

Contam os Caigangues do Paraná que há muito tempo atrás, na Praia das Conchas, ao sul da Ilha do Mel, na gruta das Encantadas, viviam lindas mulheres que bailavam e cantavam ao nascer do Sol e ao crepúsculo.
O canto delas era inebriante, dormente e perigoso para qualquer mortal. Se um pescador as escutasse, por certo perderia o rumo de sua embarcação, indo bater nas rochas e naufragar.

Certa vez um índio corajoso e destemido aventurou-se a tentar se aproximar delas. Colocou-se à espreita no alto do rochedo. Quando os primeiros raios multicoloridos de luz despontavam ao leste, o jovem começou a ouvir a suave e doce melodia proveniente do interior da gruta.

Mulheres nuas, desenhadas nas sombras, foram surgindo. À medida que as bailarinas alcançavam a boca da gruta, o canto tomava mais ênfase, mais intensidade.
O canto dizia: “Passe com cuidado a ponte. Viva bem com os outros; assim como eles vivem bem, você também pode viver. Lá você há de ver muita coisa que já viu aqui em minha terra, assim como o gavião. Teus parentes hão de vir te encontrar na ponte e te levarão com eles para tua morada”.
Estranhamente o índio não adormeceu e, pelo contrário, não desgrudou o olho do belo ritual.
As misteriosas moças eram dotadas de tão rara beleza, nuas e com longos cabelos de algas, que o intruso acabou fascinado por uma das dançarinas, a que tinha os olhos cor de esmeralda.

Tal era o seu fascínio, que despencou do rochedo, ganhou aos trambolhões a prainha, metendo-se de permeio na farândola, acabando de mãos dadas com a sua escolhida. Declarou-se apaixonado por ela, e confiou-lhe o seu desejo de permanecer a seu lado por toda a eternidade. Ela disse que para os dois ficarem juntos, ele teria que morrer. O índio aceitou.

PUB

Mãos entrelaçadas, ao canto fúnebre das dançarinas, os jovens entraram na água, e quando desapareceram, já o sol era vitorioso.
As Encantadas sumiram nas águas profundas, para nunca mais aparecer. E desde então a gruta está solitária, e nela ecoam e se quebram os ecos dolentes e eternos do mar.

Antônio J. C. da Cunha

  • Naturalidade Portuguesa
  • Nacionalidade Brasileira – Ministério da Justiça do Brasil
  • Cidadão Duquecaxiense – Câmara Municipal Duque de Caxias
  • Academia Duquecaxiense de Letras e Artes
  • Associado do Rotary Club Duque de Caxias – Distrito 4571
  • Coordenador do Banco de Cadeiras de Rodas do RC Duque de Caxias
  • Membro do Conselho Central da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade
  • Cavaleiro Comendador da Ordem dos Cavaleiros de Santo André
  • Diretor Proprietário da Distribuidora de Material Escolar Caxias Ltda. – Papelaria MEC
  Partilhar este artigo

1 comentário

  1. Leitura agradável. Traz a medida que mostra a grande distância entre a pureza e a inocência do passado e a impureza e malícia do presente.
    Estamos evoluindo?

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *