Lendas e Mitos do Brasil: Tijucas do Sul no Estado do Paraná (8)

Tijucas do Sul

(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).

Tijucas do Sul é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população estimada em 2010 era de 14.526 habitantes, conforme dados do IBGE.

 

Etimologia

Sua origem geográfica, provém dos depósitos de argila de coloração cinzaescura, pegajosa e popularmente chamada de “tijuco“, sendo encontrada em grande escala no território do município. O termo do “do Sul” foi acrescentado para diferenciá-la do município homônimo existente no Estado de Santa Catarina.

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História

Em 1541, o solo do que hoje é o território do município de Tijucas do Sul, foi pisado por Dom Alvãr Nuñez Cabeza de Vaca, que havia desembarcado na Ilha de Santa Catarina e se destinava ao Paraguai, seguindo caminho por terra. Este homem foi o primeiro adelantado (governador) do Paraguai, sendo que neste período, as terras hoje paranaenses, pertenciam à Espanha, por força do Tratado de Tordesilhas, assinado no ano de 1494, por Portugal e Espanha. Cabeza de Vaca estava acompanhado por 250 homens, 36 cavalos (da região de Andaluzia, e que deu origem ao cavalo pantaneiro), e de um grupo de silvícolas amistosos, que acompanhou a comitiva até determinada altura, para lhes ensinar a cortar o imenso sertão através de um ramo do Caminho do Peabiru.

Seguindo a milenar trilha utilizada pelo desbravador espanhol, muitas outras expedições rasgaram o chão tijucano.

A preia do gentio e a cata do ouro se constituiu em bom motivo, que se prolongou por muitos anos. A abertura da Estrada do Mota, mais tarde Estrada da Mata, também contribuiu para que o sudeste paranaense tivesse melhor sorte.

Numerosos fatores fazem de Tijucas do Sul uma cidade marcada por acontecimentos históricos, sendo que um deles é especialmente triste à lembrança do povo do lugar, a Revolução Federalista de 1893.

De um lado estavam os insurretos federalistas, baseados nos pampas, sendo que depois sua luta foi disseminada Brasil afora, e do outro lado as forças legalistas, que apoiavam o governo do Marechal Floriano Peixoto.

No Paraná a maioria era florianista, e quando espalhou-se a notícia de uma possível invasão das tropas federadas na região fronteiriça com Santa Catarina, armou-se um aparato militar, visando defender o território.

O ataque dos gaúchos se fez de maneira organizada e cadenciada, foram simultaneamente atacadas as guarnições de Paranaguá, Lapa e Tijucas do Sul. Em Tijucas a primeira batalha se deu no dia 11 de janeiro de 1894, de forma ininterrupta até o dia 19 do mesmo mês. O que ocorreu naquele quadrilátero é digno de muitas páginas, mas o resultado final foi a rendição dos bravos defensores do solo tijucano, ante a supremacia bélica e numérica do oponente e principalmente pela notícia de que Paranaguá e Curitiba já estavam tomadas e a Lapa sitiada.

Nada restava fazer, senão contar os mortos, que foram em número de dezessete, e dezenas de feridos. Um triste episódio se deu no hospital de campanha da Cruz Vermelha. Ali estavam a cuidar dos feridos os médicos dr. Brazílio Luz, que era militar, o dr. Jorge Meyer e mais dois enfermeiros. De chofre, o local foi alvo de descarga de artilharia pesada, atingindo aos dois enfermeiros, sendo que um deles mortalmente.

Não obstante toda esta movimentação, e apesar de se constituir região povoada, a Vila de Tijucas só foi elevada à categoria de município emancipado no dia 14 de novembro de 1951, através da Lei Estadual n° 790, sancionada pelo governador Bento Munhoz da Rocha Netto. O território foi desmembrado do município de São José dos Pinhais e a instalação oficial deu-se no dia 14 de dezembro de 1952.

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Em 1956 o prefeito municipal de Tijucas do Sul era o sr. Nir M. de Oliveira e a Câmara Municipal) tinha a seguinte composição: João Claudino Machado, João Boniecki, Osório Nestor da Rocha, Francisco C. de Lima, Loracy Bonato, Alfredo Caetano dos Santos, Manoel da Cruz, Alcides de L. Maoski e Francisco Ribeiro.

Turismo

A cidade é famosa pelos haras e pelas pousadas que atraem turistas durante todo o ano.

 

LENDAS E MITOS

(Foto: Sandra Denicievicz)

 

Conta-se que há muito tempo, lá pelas tantas do século XIX, durante a Revolução Federalista, uma cidadezinha no interior do Paraná foi palco de um assassinato que rende muita especulação e boatos até hoje nas rodas de chimarrão da comunidade.

Entre tantos monumentos de Guarapuava, um se destaca pela sua simplicidade e história. A Capela do Degolado abriga crendices populares, súplica e, dizem as línguas contadoras de causos, que nos seus arredores é possível ver uma figura vagando, vagando, vagando… um fantasma, sem cabeça.

Tudo começou em 1894 quando o Paraná foi invadido por revolucionários gaúchos, intitulados Maragatos. Os responsáveis por defenderem essas terras eram os militares de Floriano Peixoto, os pica-paus. Como se a história já não estivesse bastante complicada, existia uma figura que sonhava em separar o Sul do resto do país, o capitão Juca Tigre.

E, foram justamente dois dos seus soldados desertores que protagonizaram a história que ecoa depois de tanto tempo no imaginário guarapuavano. Os soldados se aproximaram de um sítio da cidade na esperança de conseguir comida, mas acabaram por assustar as moças que estavam por lá.

Desesperadas, e pensando que eram estupradores, gritaram até que o pai delas ouvisse e viesse salvá-las. Um deles conseguiu escapar, já o outro teve sua cabeça decapitada pela espada do pai furioso. Dizem ainda que antes de morrer, o soldado foi obrigado a cavar a própria cova no local em que hoje há a Capela do Degolado.

Onde o soldado sem cabeça foi enterrado começaram a surgir milagres, isso sem contar as pessoas que juram de pés juntos terem avistado o corpo sem cabeça vagando por lá. Depois disso, devotos construíram a Igreja do Degolado, onde todos os santos que são deixados naquelas paredes perdem a cabeça de forma misteriosa.

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CONTA A LENDA…

Conta a lenda…

Que aqui é uma passagem

Que é preciso aproveitar

 

Conta a lenda…

Que o sonho é uma viagem

Que é preciso desfrutar

 

Que a vida é curta

Que é preciso então viver

Se não a gente surta

Em todo este querer

 

Que tudo é passageiro

Então que se aprenda

Tem que viver o tempo inteiro

Conta a lenda…

 

Que quem planta

Colhe

Que quem perdoa

É perdoado

A vida mais encanta

Quem escolhe

O coração que se doa

É abençoado

 

Conta a lenda…

Que deve ser assim

Bom pra você

Bom pra mim.

KRainho

 

Antônio J. C. da Cunha

  • Naturalidade Portuguesa
  • Nacionalidade Brasileira – Ministério da Justiça do Brasil
  • Cidadão Duquecaxiense – Câmara Municipal Duque de Caxias
  • Academia Duquecaxiense de Letras e Artes
  • Associado do Rotary Club Duque de Caxias – Distrito 4571
  • Coordenador do Banco de Cadeiras de Rodas do RC Duque de Caxias
  • Membro do Conselho Central da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade
  • Cavaleiro Comendador da Ordem dos Cavaleiros de Santo André
  • Diretor Proprietário da Distribuidora de Material Escolar Caxias Ltda. – Papelaria MEC
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