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Medidas simples mas com eficácia em Ponte da Barca podem servir de modelo para outras Câmaras Municipais

O novo executivo barquense, liderado pelo social democrata Augusto Marinho, em funções apenas desde o dia 16 de outubro de 2017, tem vindo a desenvolver uma série de medidas que a nível económico – e mediático – não tem produzido o eco esperado na população, mas demonstra que o caminho para a mudança se inicia, muitas vezes, pelas coisas mais simples. E, por ventura, numa apreciação ‘a quente’ de quem não está por dentro das coisas, podem dar lugar a apreciações injustas por infundamentadas.

Em Ponte da Barca, à semelhança de outras tantas vilas minhotas, o problema de encontrar onde estacionar os veículos para fazer diligências chegou a ser motivo, para muitos, de deixar de frequentar a vila. “Era recorrente ver, nesta rua que é uma das principais, carros estacionados em segunda fila enquanto iam às finanças ou, simplesmente, faziam as compras da semana. Existiam poucos lugares onde estacionar e à quarta-feira, por exemplo, quando a vila fica cheia de gente, era de todo impossível circular”, explica um empresário do ramo pasteleiro da vila. Para tentar colmatar a falta de estacionamento nas ruas principais da vila, o executivo decidiu abrir para o púbico geral o estacionamento da Praça Fernão Magalhães, frente ao Tribunal.

Este parque de estacionamento já existia, há pelos menos três anos, mas só era aberto na altura das festas do concelho e em épocas festivas, como o Natal e a Páscoa. Servia, ainda, como cenário para ali colocar trabalhos manuais feitos pelas IPSS´s e escolas do Concelho, mas desde fins do mês de outubro do ano passado este parque, que conta com uma capacidade para aproximadamente uma centena de carros, tem vindo a cobrir as deficiências a nível de estacionamento e organização na vila.

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Para Marta Gonçalves, de 45 anos, residente numa aldeia perto da vila, e mãe de dois filhos “terem aberto este parque foi uma das melhores coisas que aconteceu em muito tempo na vila. Já não temos de estacionar longe quando temos de ir ao Centro de Saúde, por exemplo. Até agora ou estacionávamos em segunda fila, ou então tínhamos de estacionar no parque subterrâneo que, apesar de ter muitos lugares de vago, estavam todos reservados com matrículas particulares e acabávamos por ter só cinco ou seis lugares disponíveis e, ainda por cima, pagávamos” – responde visivelmente satisfeita.

Para Maria, outra comerciante da vila “a decisão de terem aberto este parque foi muito bom para nós, comerciantes. As pessoas agora estacionam cá. Andam a pé, visitam-nos… Já fui à Câmara agradecer pessoalmente esta iniciativa. São pequenos gestos que nos ajudam e fazem que o negócio cá na Vila fique mais próspero. Eu estou encantada”.

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À semelhança do que aconteceu com a abertura do parque de estacionamento na Praça Fernão Magalhães, o executivo também disponibilizou mais lugares de estacionamento à frente da autarquia, para o público geral, mobilizando os lugares que antes eram exclusivos para o Presidente ou Vereadores, recolocando estes lugares dos autarcas por trás do edifício municipal  e, desta maneira, deixar à disponibilidade dos Barquenses mais uma fila de lugares vagos para estacionar.

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Outra das medidas implementadas pelo executivo, e segundo informação à qual o MD  teve acesso, tem a ver com o controlo de assiduidade dos funcionários públicos, tenham eles – ou não – isenção de horário. É uma medida recente que permite o controlo de acesso ao edifício por parte dos funcionários e permite, de igual forma, uma melhor gestão do tempo em funções de cada um dos elementos que incorporam a estrutura autárquica. 

A contenção de custos e a política para minimizar os gastos desnecessários na autarquia barquense faz com que existam medidas que até podem não ser vistas pelo comum dos habitantes e visitantes da vila, mas são medidas inteligentes, altamente frutíferas, que visam rentabilizar os recursos, canalizando-os de uma forma assertiva e funcional. 

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Ao contrário do que não raramente acontece quando as autarquias ‘mudam de cor’, em que por vezes num funcionário ‘pesam’ mais as suas opções ideológicas que o espírito de missão e lealdade enquanto funcionário municipal, gerando um clima difícil na fronteira da conflitualidade, Augusto Marinho «tem conseguido transmitir uma imagem de simpatia, de diálogo, o que a todos nós tranquiliza» – confidenciou ao MD uma pessoa que é funcionária da autarquia e que «está completamente à vontade» porque até «votei noutra pessoa».

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