Névoa espessa

Aqui temos mais um momento de poesia vindo da Galiza, do nosso colaborador José Verde Pardo.

Névoa espessa

Névoa espessa.

Névoa cinzenta e grosseira,

que emaranha os galhos das árvores,

tecendo entre eles,

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

fios de luzes e sombras.

 

Você está atrás e muito longe.

 

E não, eu sou,

Mas isso é

meu desejo, aquele que te persegue,

nomeia você

 

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Eu prefiro a luz do sol,

e você ao meu lado,

andando

Comigo,

devagar,

de mãos dadas.

 

Não sei

Sinto muito sua falta,

estes dias cinzentos,

bem fechado,

arrastando a vida na solidão,

e cuidar

para não machucar ninguém,

nem para mim mesmo,

me machuque.

 

de não sentir

o sabor dos seus beijos,

quando me levanto,

andando como

um zumbi,

da minha cama,

até meu banheiro.

 

Névoa espessa.

Estrada longa e tortuosa,

entre o amor caloroso,

e a decepção gelada.

 

Névoa espessa,

paradigma do desgosto.

vazio inexpugnável,

entre a Terra mensurável,

e o céu infinito

Névoa.

Névoa.

Névoa espessa.

Uma página cinzenta,

emulando a escuridão.

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