A obra vencedora, “Profundo sem nome”, é um conto.
Destaca-se “pelo seu caracter inovador que consiste na introdução de uma nova realidade, virtual, que confere uma existência potencial em mundos paralelos, onde a consciência do mundo real, ou físico, se contamina, sempre em torno da reconstituição de um passado, visto no presente, a partir do diálogo entre um filho e o seu pai morto, estabelecido através da aparentemente omnipresente realidade virtual”, pode-se ler na ata do júri, que acrescenta, “mestria do autor na construção da narrativa, o bom ritmo, linguagem e estilo, onde a nostalgia por um tempo perdido, na sequência de uma morte familiar, capturam a atenção do leitor do início ao fim”.
Nortear é uma iniciativa conjunta da Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal, da Consellería de Cultura, Educación, Formación Profesional e Universidades da Xunta de Galicia e da Direção Regional de Cultura do Norte de Portugal.
Tem uma dotação financeira de 3.000 € e a publicação da obra vencedora em português e galego e em e-book.
PUBO vencedor da Edição de 2023 do Prémio Literário Nortear de relato curto para jovens da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal, é o escritor e filólogo galego, Vicente Vázquez Vidal (currículo em anexo), com o conto “Profundo sem nome”.
Vázquez Vidal, de 31 anos, natural de Melide (Corunha), recebeu a notícia “com emoção e surpresa, não esperava ganhar”, explica. Confessa-se “duplamente feliz, porque a obra é uma homenagem ao meu pai, falecido. Foi ele o que me inspirou”, afirma. O escritor obteve em 2015 o accessit do Certame de Poesia Francisco Añón com o Ani(vers)ario (Micromundos, 2017) e tem outra obra Os afluentes (Tulipa, 2018) publicada em francês e galego.
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40 jovens escritores da Eurorregião apresentaram obras nesta 9ª Edição do Prémio Literário Nortear, uma iniciativa conjunta do AECT da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal, da Consellería de Cultura, Educación, Formación Profesional e Universidades da Xunta de Galicia e da Direção Regional de Cultura do Norte de Portugal.
O prémio conta com uma dotação financeira de 3.000 Euros e a publicação da obra em português e em galego e num E-Book.
PUBO júri da edição 2023 do Prémio Nortear foi presidido por Gonzalo Constela, escritor e director da Escola Oficial de Línguas de Santiago, Eva Mejuto, escritora, editora e jornalista, Ramón Nicolás, crítico literário e professor da Universidade de Compostela e Ana Araújo, professora do Ensino Secundário e Técnica Superior da Direção Regional de Cultura do Norte de Portugal. Todos eles destacam “a mestria do autor na construção da narrativa, em todas as suas categorias, uma vez que o conto possui bom ritmo, linguagem e estilo, que acompanham toda a estrutura interna da narrativa, conferindo-lhe um caracter muito emotivo, onde a nostalgia por um tempo perdido, na sequência de uma morte familiar, capturam a atenção do leitor do início ao fim”. Para o júri, “as temáticas abordadas retratam uma realidade actual, quer na Galiza, quer no Norte de Portugal, onde o conflito intergeracional, entre pais e filhos permanece na sociedade retratada. o carácter inovador de “Profundo sem Nome” consiste na introdução de uma nova realidade, virtual, que confere uma existência potencial em mundos paralelos, onde a consciência do mundo real, ou físico, se contamina, sempre em torno da reconstituição de um passado, a partir do diálogo entre um filho e o seu pai morto”.
O Prémio Nortear é um exemplo destacado de espaço cultural único e partilhado na Eurorregião, conta com 9 edições de sucesso e tem 370 obras apresentadas a concurso, por jovens escritores, entre os 16 e 36, anos dos dois territórios. Os oito vencedores das anteriores edições do prémio Nortear foram: Lara Dopazo Ruibal, Rui Cerqueira Coelho, Cecília Santomé, Sara Brandão, Sabela Varela, Célia Fraga, Pedro Rodríguez Villar e Marta Pais de Oliveira.
Nortear é um polo cultural de referência na Europa no âmbito da cooperação transfronteiriça. É co-financiado pelo Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriça Espanha – Portugal (POCTEP).
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