Poesia e Leonardo Da Vinci

VENTOS E BRISAS

 

Foi um lamento do vento que passou

O que se ouviu gemer pla ramaria

Contando de um amor que então morria

Chorando nessa dor quem mais amou

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

 

Que sempre o vento leva e traz consigo

Os sentimentos da gente que o escuta

Sejam os brados de um povo que luta

Sejam ternas palavras de um amigo

 

E quando a tempestade nos assola

E o turbilhão d’Eolo é pavoroso

Mais ao abrigo a gente se consola

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Mas se o dia é de paz e o tempo airoso

C’o a fresca brisa até um amor rola

Que o coração está morno e generoso!

 

LEONARDO DA VINCI

UM GÉNIO UNIVERSAL

 

Nasceu em 1452, em  Florença, Itália  –  morreu em 1519, em Emboise, Reino de França

Cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquitecto, botânico, poeta e músico. É ainda conhecido como o percursor da aviação e da balística.

Leonardo é frequentemente descrito como o arquétipo do homem do Renascimento. Ele é reverenciado pela sua engenhosidade tecnológica; concebeu ideias muito à frente de seu tempo, como um protótipo de helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações, e uma teoria rudimentar das placas tectónicas.

Como cientista, foi responsável por grande avanço do conhecimento nos campos da anatomia, da engenharia civil,  da óptica e da hidrodinâmica.

Pintor e escultor citado como o maior génio da história, as suas obras povoam os templos religiosos de Itália e estão representadas nos mais importantes museus do mundo.

As sua obras mais notáveis:  MONALISA – A ÚLTIMA CEIA – A VIRGEM DAS ROCHAS – O HOMEM VITURIANO – PIETÁ

 

As suas invenções

https://www.google.pt/search?q=leonardo+da+vinci+inven%C3%A7%C3%B5es&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwiUq7__qeXUAhUHXhoKHQDlBnwQ_AUIBigB&biw=1366&bih=611

 

As suas obras de arte

https://www.google.pt/?gfe_rd=cr&ei=MGeLWJ-eJ4-t8wfv-qXgCQ#q=leonardo+da+vinci+obras

 

“Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena.”

( FERNANDO PESSOA )

 

«Embora a maior parte da sua vida decorra no século XV, Leonardo (1452-1519) é, contudo, o homem típico do Renascimento, pela genialidade dos projectos em que se empenhou, pela diversidade das suas áreas de interesse, pela sua personalidade multifacetada. Esta caracteriza-se pela inquietude e irrequietude que o levam a mudar continuamente de projectos (tantos e diversos são os seus interesses e a sua ânsia do novo), a deixá-los inacabados, e, enfim, pela sua exigência, senão mesmo obsessão, de perfeição.

Leonardo da Vinci foi, sobretudo, um homem radicalmente interessado em todos os campos do saber e do conhecimento. E se fundamentalmente é conhecido como pintor – um dos maiores pintores de todos os tempos – e, por isso, tem um lugar garantido e de destaque numa história de arte – é igualmente verdade que, neste campo, também se dedicou à escultura (embora muitas das suas esculturas se tenham perdido) e à arquitectura.

Igualmente se interessou pela engenharia, designadamente pela engenharia militar, campo no qual inventou uma enorme quantidade de maquinaria, desde as famosas máquinas voadoras, cujos desenhos todos conhecemos, aos carros de assalto e aos submersíveis.

A sua obra científica é espantosa e imensa. Fez estudos de matemática, de física – sobretudo nas áreas da hidráulica e da óptica – e de anatomia, cujos desenhos são famosos e revelam conhecimentos com um século de avanço.

Ainda hoje, as suas notas, desenhos e ilustrações nestes domínios podem ser consultados no chamado Codex Atlanticus na Biblioteca Ambrosiana de Milão.

O seu interesse vital parece ter sido, portanto, a investigação científica. Por esta diversificação de áreas de interesse e pela sua genialidade em todas elas, Leonardo transcende em muito os limites de uma história da arte para poder ser considerado uma figura pertencente à história da cultura, à história do espírito humano e das suas realizações ou, pelo menos, das suas ambições . »

 

LEONARDO E O SEU TEMPO

 

” Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo…

Porque conhecer é como nunca Ter visto pela primeira vez,

E nunca Ter visto pela primeira vez é só Ter ouvido contar”

( Alberto  Caeiro )

 

Leonardo vive um tempo histórico que se define a si mesmo como um tempo de Renascimento. E entende Renascimento, no seu significado literal, como renascença do homem, nascimento, outra vez, do homem, de um homem novo e renovado (por oposição ao homem medieval). Nascimento ou, mais precisamente, renascimento do homem para o homem, para uma vida autenticamente humana, porque fundada naquilo que o homem tem de mais seu: as artes, a instrução, a investigação, e que fazem dele um ser diferente de todos os outros. Enfim, regresso do homem a si mesmo, regresso do homem à sua dimensão humana. Para que o homem se possa reencontrar a si mesmo como homem, o renascimento aponta como caminho o “regresso às origens”, o “regresso às fontes”. As fontes originais encontram-se na Antiguidade Clássica e nas suas produções culturais. O que devia renascer eram, portanto, a arte e a cultura clássicas e, através delas, o homem.

A Idade Média aparece, aos olhos dos renascentistas, apenas como “uma longa noite de mil anos”, uma época de trevas e de obscurantismo, um tempo em que o homem, totalmente esquecido de si, morre para fazer viver Deus e, por isso, uma época a esquecer, um interregno na vida do homem – eis porque lhe chamaram Idade Média, isto é, uma idade que medeia, que está entre parêntesis e que é um parêntesis na vida e na história do homem, época de sono em que o homem adormeceu.

Após a longa Idade Média trata-se, agora, de recordar o homem, de recomeçar a partir do ponto em que a vida foi interrompida pelo sono, de renascer. E esse ponto original, brutalmente interrompido pela medievalidade, essas fontes esquecidas, encontram-se na clara luminosidade da época clássica, na Antiguidade grega e latina, sobretudo nos textos que produziu. Conhecer em primeira mão os textos clássicos e os autores clássicos, ler, no original, – em grego e em latim – os textos que esses autores escreveram, beber a cultura original. Exige-se, pois, uma leitura directa dos grandes autores clássicos, recusando os processos medievais do conhecimento através de comentários e de comentários de comentários… E eis o traço mais característico do Renascimento: o Humanismo.

O humanismo renascentista é também um humanismo muito mais individualista que o da época clássica. Não somos apenas homens, com algo comum a todos os homens, somos também indivíduos, com algo único. Esta ideia deu origem, no Renascimento, a uma veneração do génio. O ideal de homem, e todas as épocas o têm, é precisamente aquilo a que hoje chamamos o homem Renascentista, isto é, um homem que se ocupa e se interessa por todos os domínios da vida, da arte e da ciência, um homem a que nada do que é humano pode ser alheio. E, neste aspecto, Leonardo da Vinci, é o homem típico do Renascimento porque, mais que em nenhuma outra personalidade, nele se realiza esse ideal.

Naturalidade do homem e do mundo, confiança na razão, permitem ao homem do Renascimento considerar que pode conhecer a natureza com as forças da sua própria razão. O resultado último do naturalismo do Renascimento é, pois, a ciência.

Fontes: Internet (SIC)

 

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1 comentário

  1. BOA NOITE AMIGO! “VENTOS E BRISAS” que soneto mais lindo usando duas expressões distintas de um dos elementos da Natureza que eu gosto muito de exaltar dependendo do tema que escrevo! A brisa é suave, acalentadora e o vento é mensageiro, é assim que eu sinto!
    Um imenso abraço.
    BEM VINDO FEVEREIRO
    02/02/2024

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