As forças de segurança vão operar 36 drones a partir de 2018. Os aparelhos foram adquiridos pelo Exército para vigilância e sinalização precoce de incêndios florestais, entre outras missões.
O uso de aeronaves não tripuladas, vulgarmente conhecidas como drones, na proteção da natureza e prevenção de incêndios, foi apresentado, como projeto pioneiro, em outubro de 2014, no Centro de Meios Aéreos de Arcos de Valdevez (em Tabaçô/Souto).
Na prometedora fase de testes, ficou demonstrado que o drone era um aparelho autónomo e com capacidade para monitorizar, fazendo o ponto de situação várias vezes ao dia, além do efeito dissuasor que encerrava. Nessa altura, foi adiantado que a máquina deveria entrar em funcionamento em 2016.
Só que a aplicação desta tecnologia não teve desenvolvimentos práticos e, desde então, muita coisa mudou. Os governantes que tutelam a área são outros e o major-general Rui Moura, à data comandante operacional da GNR (e um dos maiores entusiastas da iniciativa), demitiu-se do cargo no início de 2017.
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Entretanto, na sequência de meses terríficos em matéria de incêndios (mais de cem vidas humanas “ceifadas” de junho a outubro), 2017 está a provar, se dúvidas houvesse, que as corporações de bombeiros e o dispositivo da Proteção Civil nacional necessitam de meios tecnológicos sofisticados para vigilância, controlo, defesa da floresta e prevenção de incêndios.
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Os drones, segundo os peritos, fazem parte deste equipamento inovador e serão, em 2018, um importante meio (militar) de apoio à decisão dos comandantes nas fases de combate a incêndios, rescaldo e pós-rescaldo. Para lá disso, nas situações de vigilância, por comparação com as patrulhas terrestres, estas aeronaves desempenham missões de modo muito mais eficaz, rápido, barato e ágil.
No essencial, com base em experiências reais (nos Estados Unidos, por exemplo), o drone ajuda a localizar os incêndios e a avaliar a respetiva progressão, permitindo identificar as áreas de maior perigo para os operacionais, assim como a existência de civis em situação de risco.
PUBFoto: Global Imagens