Bicadas do Meu Aparo: O homem e as atitudes

 

 

 

Escritor d’ Aldeia

 

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Há muitos anos li, não recordo de quem, que Deus terá dito: “Como não era conhecido e, para o ser, criei o homem”.

É evidente que a humanidade não tem acesso à vontade real de Deus, em ter criado o homem. Mas o homem crente em Deus, no Seu amor, por vezes, em coisas e casos, pode-se aperceber ou o sentir da Sua vontade.

O meu cristianismo ensina-me que o homem foi criado por Deus e pelo Seu amor. Isso diz-nos a Bíblia. Todavia uma verdade existe: o homem é um ser misterioso, todos diferentes, e o povo o diz: “não há dois homens iguais”. Assim, podemos afirmar que todo o homem tem a sua maneira de ser, de estar e de agir.

Todo o ser humano possui um mundo a ser descoberto. A pessoa mais insignificante pode possuir uma brilhante história. Só não vê isso aquele que observa o mundo somente com os olhos. E há homens das altas classes sociais e profissionais que são estorvo, maus até, pelas acções que praticam.

Outros, não praticando casos graves, são tão maus ou tão baixos como os primeiros: censuram, invejam e apunhalam os outros a qualquer hora do dia. Só que Deus, o Criador (por amor) do homem, conhece a todos com perfeita certeza. Ele criou-o por conhece-lo. Ele reconhece-os perfeitamente.

E quando os homens não se reconhecem uns aos outros, não O reconhecem a Ele. Porque o homem, embora tenha aprendido bastante, vai voando como os pássaros, aprendeu a nadar como os peixes, mas ainda não aprendeu a conviver – uns com os outros – como irmãos e como Deus pretende.

São de sempre as injustiças praticadas pelo homem. A violência de todas as espécies, como a guerra, a fome, os armamentos, a ganância, a rapacidade, as más e perversas cobiças, etc., sempre fizeram do homem o homem/força que, desde os primeiros tempos do homem parecem vir a querer, como os peixes, comerem-se uns aos outros.

Aprendi a viver e a engolir na guerra, a violência do homem, a coragem e o atrevimento dos corruptos, dos desonestos em pleno convívio colectivo, toda a espécie de falta de ética, a ausência real da solidariedade e da verdade. Mas o que mais me indignou, me feriu, me ia destruindo, foi assistir ao silêncio daqueles que podiam modificar a velhacaria e, força ou vontade, nunca a testemunharam.

Pelo que se afirma, pelo que se pensa do homem neste século XXI, concluiu-se que o homem tem a sua vida pública: comporta-se bem ou mal e, mais ou menos, perante os outros. Sorri ou não, é simpático ou não, convive ou evita os outros, etc. Tem o mesmo homem a sua vida privada, aquela a que o povo chama de escondida sob o tecto que o agasalha, vida que só transpira para o exterior a vida que lhe dá jeito.

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Finalmente tem o mesmo homem a vida secreta: aquela que só ele vive, alimenta ou destrói. Vida que nem os seus familiares ou amigos jamais terão acesso. A tal vida secreta, por vezes surpreende a sociedade ao ter de se dizer: “quem havia de dizer que ele era assim, ou actuava assim”?

O presente texto devia ter como subtítulo não o que tem, mas sim o subtítulo de Força e Vontade. Quem não admira e reflecte em todos os textos falados e escritos do nosso muito amado Papa Francisco!? Revoluciona, actualiza, denuncia, prega o amor, é verdadeiramente o Pai da Cristandade que, com a sua Força e Vontade procura acolher todo o homem, recordando os ensinamentos de Cristo e a vontade de Deus. E pensando no homem, denunciando a vida pública de tantos homens, escreveu:

“O ser humano é estranho… Briga com os vivos, e leva flores para os mortos; lança os vivos na sargeta, e pede um “bom lugar para os mortos”; afasta-se dos vivos, e agarra-se desesperado quando estes morrem; fica anos sem conversar com um vivo, e desculpa-se, faz homenagens, quando este morre; não tem tempo de visitar o vivo, mas tem o dia todo para ir ao velório do morto; critica, fala mal, ofende o vivo, mas santifica-o quando este morre; não liga, não abraça, não se importam com os vivos, mas autoflagelam-se quando estes morrem…”

“Aos olhos cegos do homem, o valor do ser humano está na morte, e não na sua vida. É bom repensarmos isto, enquanto estamos vivos”.

É correcto, pois, pensar-se que o homem sensato, é aquele que procura saber o que não deve fazer, porque no último dia, não lhe será perguntado o que sabe, mas o que fez.

 

(O autor não segue o acordo ortográfico de 1990).

* O autor não segue o acordo ortográfico de 1990

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