Joaquim Letria
Professor Universitário
A dificuldade de comunicação interprofissional no seio do sistema de saúde é preocupante. Os serviços partilhados do Ministério da Saúde, departamento-chave daquele ministério, tem dezenas de aplicações específicas para diversos profissionais dispostos à telemedicina.
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É incompreensível que perante o actual grau de desenvolvimento das farmácias relativamente às tecnologias de comunicação e informação, capazes de utilizarem aplicações com a prescrição desmaterializada, não exista uma aplicação que ligue em tempo real as farmácias com os médicos dos centros de saúde e com as farmácias e médicos dos hospitais.
Embora a as novas formas de contacto com os pacientes estejam em franco desenvolvimento, cada vez mais desenvolvidas, aperfeiçoadas e eficazes, não podemos deixar de ter presente que a comunicação presencial entre médico, farmacêutico e doente é insubstituível e futuramente será prevalente.
A situação actual desta pandemia vem chamar-nos a atenção para ameaças que muito rapidamente se podem converter em globais. A resposta a crises como esta e outras que enfrentaremos têm de ser integradas e envolver solidária e profissionalmente todos os países atingidos.
Nos países desenvolvidos enfrentamos a falta de vacinas e de antibióticos resistentes e eficazes, tal como nos países menos desenvolvidos não há antibióticos, antivírus e vacinas para numerosas epidemias.
A malária continua a matar milhões de pessoas, o Ébola está longe de ter sido dominado e a SIDA tem tratamento mas até hoje não teve uma vacina. A verdade tem que ser reconhecida: é preocupante a demora nas investigações e na produção de vacinas, e é triste assistirmos a este atraso lamentável e ao descuido imperdoável com a investigação e produção de tecnologias de saúde destinadas a combater as doenças infecciosas que afectam todo o mundo e matam milhões de seres humanos.