Novos protagonistas. Novos desafios.
As eleições legislativas de 4 de Outubro ditaram a derrota do Partido Socialista que somente mereceu cerca de 32,5 % dos votos dos eleitores, os quais dessa forma expressaram a sua vontade de nos atribuir a tarefa de principal partido da oposição durante a próxima legislatura.
No nosso distrito de Viana do Castelo, onde praticamente 50% dos eleitores inscritos não participaram na votação, os resultados foram ainda mais penalizadores para o PS. Ficamos aquém dos 30% (29,82%). Impõem-se por isso cumprimentar democraticamente os vencedores deste ato eleitoral.
Depois de 4 anos de severa austeridade imposta aos Portugueses pelo PSD e pelo CDS-PP e apesar dos cortes nos salários e pensões, do brutal aumento de impostos, do desemprego, da emigração dos jovens qualificados, do aumento da pobreza, do agravamento da dívida pública, das privatizações, dos ataques à escola pública e ao serviço nacional de saúde, apesar de tudo isto, inexplicavelmente ou talvez não, os Portugueses decidiram “ beneficiar o infrator” dando novamente a vitória à coligação de direita que, talvez alguns nem se tenham apercebido, continua formada pelos mesmos que tanto nos sacrificaram nos últimos 4 anos.
A nível nacional e no plano distrital faremos certamente a análise cuidada destes resultados. Devemos interpretar as mensagens políticas que os mesmos nos transmitem e particularmente deles extrair as ilações e conclusões adequadas que permitam atribuir e distribuir as responsabilidades políticas aos vários intervenientes, mas sobretudo corrigir erros cometidos na estratégia e nos procedimentos, fazendo um exigente exercício de auto crítica dos nossos desempenhos políticos neste processo eleitoral.
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Os resultados distritais destas eleições determinam a manutenção de dois Deputados atribuídos ao Partido Socialista, agora com novos protagonistas nesta representação parlamentar de Viana do Castelo na Assembleia da República.
Termino por isso o exercício das minhas funções de Deputado, mandato que exerci com muita honra e procurei desempenhar com dedicação, responsabilidade e constante preocupação em dignificar o Parlamento e o cargo, respeitar o PS, defender o Alto Minho e servir o País.
No balanço que faço do meu exercício sinto e reafirmo que não fiz mais do que era minha obrigação e muito menos do que aquilo que deveria ter realizado e dos resultados que deveria ter alcançado.
Também na vida política as nossas prestações devem ser um processo de melhoria contínua do trabalho e dos resultados. É esse o desafio que também se coloca aos que agora nos substituem e a quem desejo o maior sucesso.
Quero, por último, aqui deixar o registo público do meu reconhecimento pela forma como sempre fui acolhido nas muitas Instituições, Coletividades, Empresas e Associações que contactei nos dez concelhos do distrito e um cordial agradecimento pela atenção que me dispensaram Autarcas e outros responsáveis institucionais, dirigentes associativos, profissionais da comunicação social, empresários e, de forma geral os Cidadãos alto minhotos quase sem exceção.
Caminha, 11 de Outubro de 2015
Jorge Fão