Editorial

MEDICAMENTOS PARA O TRATAMENTO DA COVID-19 E SUAS VARIANTES
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Jorge VER de Melo

Jorge VER de Melo

Professor Universitário

(Aposentado)

 

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Estamos todos muito interessados e ansiosos devido às vacinas e suas variantes contra a COVID-19.

É compreensível que assim aconteça, mas enquanto não existirem certezas absolutas nem a indispensável produção conveniente para todos, não se compreende por que razão os laboratórios se preocupam tão pouco em divulgar no mercado os medicamentos que já foram descobertos e alguns que até estão à venda.

A última informação data de 2021/02/03, mas existem muitas outras, no mínimo desde junho de 2020, embora já anteriormente tenham sido noticiadas experiências e misturas de medicamentos ditos eficientes como o que tratou Donald Trump, ex-Presidente dos EUA, em tão pouco tempo.

Já agora podemos conhecer alguns dos farmacos mais conhecidos:

  • Tapsigargina – É talvez o mais recente e potencialmente o mais promissor;
  • Ivermectina – É um antiparasitário aplicado muito em medicina veterinária mas está considerado eficiente no tratamento de doentes com COVID-19. Entre outros, é produzido pela farmacêutica portuguesa Hovione e mais económico;
  • Dermametasona – Descoberta em 1957. É uma corticosteroide anti-inflamatória de resposta imunológica e está a ser aplicada nos nossos hospitais;
  • Allocetra – Investigação israelita. Com bons resultados em casos severos e graves;
  •  Exo-CD24 – Última investigação de Israel. Aplicada por inalação elimina as citocinas pulmonares provocadas pela infeção do CORONAVÍRUS.

A Tapsigargina é um medicamento estudado pela Universidade de Norttingham cujas experiências ainda estão na fase inicial com aplicações em animais. Em publicação na revista científica Viruses, os cientistas liderados por Kin-Chow Chang, apresentam-no sendo a grande descoberta para controlar futuras epidemias e pandemias como a covid-19 originada pelo SARS-CoV-2. O seu espetro pode atacar diferentes vírus em simultâneo o que resulta no controlo da infeção ativa e sua disseminação. Por isso é também contra o vírus da gripe comum, o vírus Sincicial respiratório (VSR) e o vírus Influenza A.

Trata-se de um consorcio de especialistas não só desta universidade, mas também de peritos da Agência de Saúde Vegetal e Animal (AFHA) do Reino Unido, da Universidade Agrícola da China e do Instituto Pirbright britânico de virologia.

Por curiosidade ficam a saber que a planta original deste medicamento, a “Tapsia garganica”, existe no mato das zonas do interior centro e do sul de Portugal.

Ivermectina. Medicamento produzido também em Portugal pela Hovione com valor económico muito baixo. Já foi utilizada in vitro por investigadores australianos que em 48 horas conseguiram eliminar o novo CORONAVIRUS. Já existem pedidos dos médicos americanos ao Senado e de portugueses a vários responsáveis do Governo para poderem aplicar este fármaco como profilaxia e tratamento precoce da COVID-19 mas sem respostas cá em Portugal.

Dexametasona. Descoberta no anos 50, bastante conhecida e existente no mercado. É apresentada como redutora da mortalidade nos casos mais graves mas menos eficiente nos mais leves. Já experimentados e comprovados pelos cientistas da Recoveri em milhares de pacientes do COVID-19 no Reino Unido. Este medicamento foi aprovado pela Organiação Mundial de Saúde e é aplicado neste momento em Portugal. Mas os médicos afirmam que por ser um corticoide “é preciso levar em conta que eles têm riscos”.

Allocetra e Exo-CD24. Israel apresenta dois medicamentos para o tratamento da pandemia o primeiro ainda está no início das experiências práticas mas o segundo já vai em faze conclusiva e com provas bastante animadoras relativamente à aplicação, (por inalação), e quanto aos resultados, nos casos mais graves resolve com relativa facilidade os problemas pulmonares. A grande novidade está na recuperação dos pacientes de três a cinco dias com menos casos para fisioterapia.

Como se devem ter apercebido, quem tem responsabilidade nestes assuntos parece estar adormecido quanto aos tratamentos e condições para tal.

Ou serão os laboratórios que não estão muito interessados?

Talvez negócios com menor valor económico?

Eles lá sabem!…

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